sábado, 17 de abril de 2010

Um deputado da nossa Freguesia preocupado com os nossos problemas!

Atlantic Ferries, S.A.


Entrave à produtividade e ao
desenvolvimento regional.

A empresa Atlantic Ferries, S.A. é hoje a actual concessionária
da travessia do Sado, esta empresa tem vindo desde
o inicio da sua actividade, a isolar a margem sul do Sado.
Começou com a deslocação do cais dos Ferries de Tróia
para Soltróia aumentado assim por sua livre vontade a
distância a percorrer, o que aliado ao elevado investimento
em imobilizado corpóreo se traduziu em um aumento dos
preços praticados superiores a 60% na classe A (de 5.60€
para 9.50€); de 100% (de 1.00€ para 2.00€) nos passageiros;
e assim sucessivamente nas outras classes.
Continuando a senda a empresa decide cortar o numero de
ligações diárias e aumentar o período de paragem nocturna
que passou de duas horas de tempo máximo sem ferries
nos cais para quatro horas e vinte cinco minutos fora do
verão e de três horas e quinze minutos durante o verão,
sendo actualmente a primeira ligação Soltroia-Setúbal às
6:50, com o argumento de que a península de Tróia não é
uma ilha.

Também não preocupada em assegurar a totalidade das
ligações assumidas no horário dos Ferries, que é de 35
minutos no período diurno e de 70 no período nocturno a
empresa optou por só comprar dois ferries. E sempre que
um dos Ferries avaria ou pára para as reparações periódicas
a que estão sujeitos, a ligação passa a ser sempre de 70 em
70 minutos, sendo que o utente menos frequente arrisca-se
a não passar no tempo em que decorrem os avisos e chegar
lá e não haver o Ferrie que convinha à sua vida pessoal ou
profissional.

Finalmente a empresa ainda sob o argumento da península
não ser uma ilha, a empresa já anunciou que vai cortar
mais ligações já a partir do dia 12-04-2010, sendo que a
primeira ligação via Ferrie Soltróia-Setúbal ocorrerá às
08:05,e a ultima às 22:25; no sentido Setúbal-Soltroia a
primeira será as 07:30 e a ultima às 21:50.

Existem empresas de diversos sectores (panificação, pescado,
construção, distribuição…) que utilizam esta ligação
de forma estratégica para o desenvolvimento da sua actividade,
que decorre nas duas margens do Sado, e que agora
não conseguirão sem dar a volta por Alcácer de Sal chegar
a Setúbal antes das 08:40.

Será aceitável este aumento do isolamento a que os habitantes
e as empresas da margem sul do Sado estão sujeitas?
Num tempo em que informação e comunicação são os
maiores motores da economia mundial temos que continuar
a lutar contra os velhos fantasmas de um passado que
se quer longínquo? Um português que durma em Almada e
vá trabalhar de carro para Lisboa paga 1.35€ de portagens
para atravessar o Tejo (Ida e Volta), o do Montijo paga
2.35€,e o de “Tróia” paga 19.00€ mais 4.00€ por ocupante.

Numa época em que se fala de descentralização e de combate
à idiossincrasia Lisboa – Resto do Pais, não será altura
de darmos as mãos e dizermos que queremos melhor?
Cada um de nós pode dar o seu contributo mas todos juntos
podemos gerar sinergias. Seria isto possível no Porto? Não
creio, e cá só será se deixarmos. Não nos podem afastar da
nossa capital de distrito e do resto do país. As alternativas
são insuficientes, a estrada que liga Alcácer do Sal a Setúbal
tem muito movimento e pouca segurança, precisamos
de melhores e mais baratas ligações ao outro lado do rio. E
temos legitimidade para tal, porque ao contrário do que nos
tem feito parecer somos cidadãos de primeira.

in: Litoral Alentejano(15 de Abril) 
Gonçalo Nunes
(Deputado à Assembleia de Freguesia da Comporta)

12 comentários:

José Mestre disse...

Estou espantado! Se estou certo, o autor desse texto é Deputado na Assembleia de Freguesia pelo ...PS!
O mesmo PS que tem vindo a apoiar a situação que é denunciada!
Será que o autor do Texto, deputado pelo PS na Assembleia de Freguesia, teve consciência que está a atacar a política do seu próprio partido?!
Se assim é, parabens pela Coragem!
E claro, sê coerente!
Bem sei, é coisa que muito escasseia nos xuchalistas!

PM disse...

Ó Pina, santos da casa ? Se fosse um santo estrangeiro tinha muito a aprender.

“A Praga”

A Praga foram e com Praga no coração voltaram, mas essa até nem é a principal questão, aquilo que nos deve alegrar a todos é que de Praga trouxeram a ideia do século, aquela que pode voltar a colocar o nosso país de novo nas bocas do mundo e o facto de tudo ter resultado de um simples acaso, mas é quase sempre assim com as ideias geniais.

Depois do ex-economista chefe do FMI ter dito “vai chegar a altura em que os mercados financeiros se vão recusar pura e simplesmente a financiar este esquema”, referindo-se ao nosso país e quando tudo parecia perdido eis que o presidente da República Checa diz estar “muito surpreendido por Portugal não estar nervoso por ter uma previsão de défice de 8 por cento” e daqui nasce a ideia genial.

Até porque a princípio a nossa comitiva não percebeu bem a perplexidade do presidente checo e de facto ninguém ali nem no país estava nervoso, eu até tenho um primo que quando não tem dívidas até nem dorme bem e para voltar a ter noites descansadas trata logo de se endividar e connosco provavelmente à custa de muita dificuldade e endividamento passa-se o mesmo e já teremos certamente criado anticorpos para lidar com estas situações.

Bom mas passando adiante, o que nasceu logo ali nas cabeças dos nossos responsáveis ? o óbvio claro, criar um instituto de altos estudos governamentais, dedicado apenas a estadistas estrangeiros, com cursos de curta duração mas onde poderão comprovar, com base na nossa longa experiência como não sentir nervosismo e ultrapassar estas situações de crise de forma optimista.

Consta já por aí o sucesso desta iniciativa que irá recentrar-nos no papel de país que mostra novos mundos a este mundo perplexo e nervoso, isto a julgar pelo número de inscrições já registadas no primeiro curso que decorrerá na época estival, também conhecida por “sealy season” que é precisamente quanto esta gente tem mais disponibilidade, já me constou inclusivamente que o ex-economista chefe virá fazer uma pós-graduação, o presidente checo será o aluno número um, isto por sem querer ter dado o mote à ideia e surpresa das surpresas o meu primo terá sido convidado para leccionar uma das cadeiras.

PM disse...

Ó Pina é só poeira.

“A nuvem do sul”

A nuvem do norte anda a dar cabo daquilo que ainda resta da já débil economia desta nossa Europa, acontece que esta é proveniente da erupção do vulcão Eyjafjallajokull, situado na Islândia, país recentemente falido e cujos parceiros, amigos da onça, se recusaram a ajudar, pois bem agora aí temos nós a resposta dos islândeses.

Acontece também que andam agora por aí uns economistas, agências de rating e um sem número de outros especuladores a tentar chatear-nos, dizendo eles que a seguir aos gregos seremos nós e os espanhóis os próximos a afundar-nos no meio desta barafunda em que as economias da zona euro estão mergulhadas.

Os gregos já conseguiram ver aprovada uma boa maquia para os ajudar a sair desta trapalhada, com o generoso contributo dos parceiros europeus incluindo o nosso, pois as consequências do exemplo islândes impressionaram os demais e segundo consta à boca pequena os gregos terão mesmo ameaçado com os deuses do Olimpo caso não vissem satisfeitas as suas pretensões.

Quanto a nuestros hermanos nunca foram de meias tintas e quando toca a defender a sua dama saem a terreiro com todas as suas armas, consta que o Rei já telefonou ao nosso primeiro a propor uma estratégia ibérica, estando na disposição de incluir nela o valente touro osborne, ícone da valentia espanhola e que não consta tenha sido alguma vez derrotado, é um argumento de peso que estava guardado para uma ocasião especial e impressionará sem dúvida os parceiros.

Já o nosso primeiro terá dito ao Rei que iria pensar na proposta, mas os economistas chefes e os demais que se cuidassem pois nós temos o vulcão dos Capelinhos e não tarda nada se não parassem de nos chatear ainda se veriam a braços com mais uma nuvem de poeiras vulcânicas, desta feita vinda de sul.

Anónimo disse...

Amigos, deixem de olhar só para o nosso quintal. O mundo é enorme e, efetivamente, o bater de asas de uma borboleta na China afeta a Europa. Seja PS, PSD, BE, PCP ou qualquer outro partido fantoche a governar, nada muda para as massas. Só para os privilegiados poderosos. A Europa é dominada pelo BCE, os EUA pelo FED. É nestas duas instituições que está quase todo o poder da sociedade. Depois, há outras que vão fingindo fazer algo, mas esse algo não passa de maquilhagem: FMI, Banco Mundial, OMS...
Vejam o Zeitgeist Addendum, informem-se.
Uma sociedade diferente é possível: THEVENUSPROJECT.COM

zeitgeistportugal, em 2010-04-20 14:06:18

PM disse...

Ó Pina de faraó e de louco todos temos um pouco.

“A partida dos novos faraós”

Os novos faraós, tais como os de então são os régios e divinos administradores máximos desta nossa pobre existência, só a eles está reservado o direito de manter na ignorância e pagos por parcos soldos legiões inteiras de cidadãos, são os escravos da actualidade pagos pelos salários mínimos do nosso descontentamento, enquanto eles acumulam riqueza e benesses inerentes ao seu estatuto de poderio absoluto.

Os novos faraós, já não mandam construir pirâmides mas compram ilhas e grandes propriedades em paraísos isolados, onde mandam erigir mansões com três pisos acima do solo e cinco abaixo, tal como as de então servem para resguardar a sua integridade em caso de extrema necessidade e para guardar os objectos de culto da actualidade.

Os novos faraós, já não mandam sacrificar uma virgem no Nilo, mas advogam-se no direito de sacrificar países e continentes para satisfazer a sua exacerbada ganância, possuem dezenas de funcionários de luxo bem colocados nas hierarquias dos governos e instituições financeiras de que são “donos”, para bem poderem controlar os fluxos financeiros e os grandes negócios desenhados a pedido.

Os novos faraós são poucos mas bons, pelo menos a julgar pelo estado a que isto chegou, para eles tudo certamente não passa de um jogo de vaidades em que o nosso mundo é um tabuleiro de xadrez onde movimentam as peças que finalmente os levarão à glória de partir numa barca de oiro, carregada de tesouros, na viagem para o outro lado e que ajudarão a franquear as portas de éden, só é pena que a esperança média de vida destes faraós não seja a mesma que a dos faraós de outrora pois assim poderíamos vê-los partir bem mais cedo.

Anónimo disse...

Não é verdade

Cai, como antigamente, das estrelas
um frio que se espalha na cidade.
Não é noite nem dia, é o tempo ardente
da memória das coisas sem idade.

O que sonhei cabe nas tuas mãos
gastas a tecer melancolia:
um país crescendo em liberdade,
entre medas de trigo e alegria.

Porém a morte passeia nos quartos,
ronda as esquinas, entra nos navios,
o seu olhar é verde, o seu vestido branco,
cheiram a cinza os seus dedos frios.

Entre um céu sem cor e montes de carvão
o ardor das estações cai apodrecido;
os mastros e as casas escorrem sombra,
só o sangue brilha endurecido.

Não é verdade tanta loja de perfumes,
não é verdade tanta rosa decepada,
tanta ponte de fumo, tanta roupa escura,
tanto relógio, tanta pomba assassinada.

Não quero para mim tanto veneno,
tanta madrugada varrida pelo gelo,
nem olhos pintados onde morre o dia,
nem beijos de lágrimas no meu cabelo.

Amanhece.
Um galo risca o silêncio
desenhando o teu rosto nos telhados.
Eu falo do jardim onde começa
um dia claro de amantes enlaçados.

Categora: As Palavras Interditas (1951), Eugénio de Andrade e POESIA

http://saldalingua.wordpress.com/2009/03/13/nao-e-verdade/

Anónimo disse...

Ainda se esqueceram de falar na dificuldade em que temos quando não queremos passar o carro, ou quando queremos simplesmente ir deixar um passageiro com bagagem em que muitas vezes ate se trata de idosos, e que têm de percorrer uma grande distancia a pé. Pensem um pouco nisso, pois acho que querem unica e exclusivamente correr com o povo e deixar tudo disponivel para os turistas e jetsets.

Anónimo disse...

Projecto Venus

O Projecto Vênus foi fundado na ideia de que a pobreza, o crime, a corrupção e a guerra são causadas pelas neuroses e escassez criadas pelo sistema económico vigente, que é orientado ao lucro e que reprime o progresso de tecnologias benéficas à sociedade. Fresco teoriza que a progressão da tecnologia, se esta fosse continuada para além do limite do que é lucrativo, fará com que mais recursos estejam disponíveis para mais pessoas, produzindo uma abundância de produtos e materiais. Esta abundância reduziria a tendência humana actual para a independência, corrupção e ganância, dando alas para as pessoas se ajudarem entre si. Fresco acredita que o sistema monetário e os processos associados a ele, tal como a venda do próprio trabalho e a competição, são danosas à sociedade e limitam o verdadeiro potencial da maioria das pessoas. Ele diz que as suas ideias beneficiarão um número máximo de pessoas. Ele afirma que as suas ideias originaram-se nos seus anos de formação que foram durante a Grande Depressão.

Fundamental para o projecto é a eliminação da economia vigente baseada em dinheiro, em favor de uma economia baseada em recursos.

Jacque Fresco

Jacque Fresco é um autodidata, projetista industrial, um engenheiro social, um escritor, um professor, um futurologista, um inventor, e trabalhou como um projectista e inventor numa grande variedade de áreas desde inovações bio-médicas a sistemas sociais totalmente integrados. Ele acredita que suas idéias irão beneficiar o maior número de pessoas e diz que algumas de suas ideias vem dos anos de sua formação durante a Grande Depressão.

Movimento Zeitgeist

O Movimento Zeitgeist trabalha com o Projecto Vênus como uma rede activista, que permite aos membros comunicar e trabalhar em projectos dentro do movimento.

O Projecto Vênus aparece no filme Zeitgeist: Addendum(em inglês), e em Zeitgeist Movement Orientation Presentation, como uma possível solução para os problemas descritos no filme.

http://thevenusproject.com/

PM disse...

Ó Pina... os nossos problemas!

“Baltasar”

A verdade é redonda, parece consensual no meio jurídico, até recentemente numa formação uma advogada a propósito da responsabilidade civil e criminal por incumprimento das regras de segurança, não se cansou de o repetir, e porquê esta forma para a verdade, na verdade é porque assim se dá de comer a um milhão de portugueses, os que fazem as leis, os que aprovam as leis, os que estudam as leis, os que manipulam as leis, os que alteram as leis, os que aplicam as leis, ufa que cansaço.

Para além disso é senso comum que a culpa morre sempre solteira, são quase constantes os exemplos sabidos pela comunicação social e que nas mãos da justiça levam anos até que a decisão de arquivamento surja, e porquê esta forma de gerir, na verdade é porque assim se proporciona distracção a um milhão de portugueses, os que vêm as notícias, os que ouvem as notícias, os que lêem as notícias, os que discutem as notícias, os que comentam as notícias, os que esquecem as notícias, ufa que cansaço.

E também todos sabemos que o símbolo da justiça é a balança, serve para pesar os argumentos de cada uma das partes, é muito conhecida a história do arguido que havia prometido umas galinhas ao senhor doutor juiz e perdeu o caso, ao questioná-lo, ele que havia recebido porcos da outra parte terá respondido ao primeiro, “o senhor trouxe testemunhas de cá-rá-cá-cá, o outro trouxe testemunhas de revolver a terra” e assim para alimentar o sistema se mantém a trabalhar um milhão de portugueses, os que têm que pagar a justiça, os que usam a justiça, os que levam com a justiça, os que fogem à justiça, os que manipulam a justiça, ufa que cansaço.

Mas até aqui tudo bem pois os portugueses têm direito a comer, distrair-se e também trabalhar, o que não é admissível é que tenham morrido duas crianças numa lagoa artificial que toda gente sabia existir no local há mais de dois anos, a autoridade municipal tenha notificado o proprietário vai para quinze dias, ambos devessem ter sido constituídos arguidos um por dolo, outro por negligência e o meu senso comum me diga que no final quando ambas as verdades redondas forem colocadas sobre os pratos da balança haja apenas culpas solteiras e a vida continue como habitualmente, excepção feita aos dois infelizes, enquanto assim for não podemos descansar.

Baltasar volta, Garzón estás perdoado.

PM disse...

Ó Pina, um ex-presidente preocupado.

“O contágio”

Jorge Sampaio em boa hora afirmou
Má qualidade da nossa democracia
Parece ser coisa que não se sabia
Mas de imediato outros contagiou

E num repente o debate animou
Surge a mudança da noite p’ro dia
E se enganado estiver todavia
Se não foi contágio e só inflamou

Sirva o exemplo p’ra encontrar a cura
Dos males maiores desta sociedade
Enquanto alguma saúde inda perdura

Antes que seja apenas promiscuidade
Para que não soframos a imensa agrura
De vê-la morrer e só restar a saudade.

Anónimo disse...

Fernando Nobre em discurso directo
23 de Abril de 2010, 09:51

A menos de um ano das eleições presidenciais, Fernando Nobre dá uma entrevista exclusiva ao SAPO. A partir das 11h30, veja aqui o que o único candidato assumido à Presidência da República tem a dizer sobre os grandes temas da actualidade e participe, sugerindo perguntas a fazer.

Alexandra

Obrigado pela coragem por acreditar num País, que já ninguem acredita. Tem o meu voto, apesar do meu partido, BE apoiar outro candidato. Gostaria muito de o ouvir falar dos problemas reais dos País, sem apelo nem agravo, sem soluções fáceis. Você é um homem do Mundo, sabe que caminhamos a passos largos para um buraco, se não mudarmos o rumo e as politicas actuais. Conto com a sua frontalidade e transparência, e pode contar com o meu total apoio. Acredito que vai ser bem sucedido no seu objectivo. Um bem haja.

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1060240.html

PM disse...

Ó Pina nem tudo o que luz é ouro.

“Golden Boys”

SCUT, vias sem custos para o utilizador, pura ilusão, a sua designação deveria ser estradas com custos para o utilizador e para o não utilizador, pois todos nós já contribuímos com os nossos impostos para a sua construção, contribuímos regularmente para a sua manutenção e no final se as portagens forem implementadas, aí irão ser pagas pelo utilizador uma segunda vez.

Os primeiros custos derivam do facto de haver uma decisão de administração do território que justificará a sua existência, para nosso conforto, os segundos custos resultam de uma decisão política tendo em conta a necessidade de mais receita para o estado, é para isto que elegemos os políticos e lhes pagamos, para tomarem as boas e as más decisões.

Todos estes custos resultam da governação legitimada por todos nós, embora possam ser suportados como se viu em boas ou más decisões, mas quem nunca errou que atire a primeira pedra, eu não o farei certamente, agora quando se trata de outros custos “ilegítimos” que somos obrigados a suportar aí por vezes já sinto a vontade de atirar com uns blocos de granito, embora até agora tenha conseguido controlar-me.

Estes casos recentes têm ajudado a tornar transparentes uma série de situações de que todos já suspeitávamos, em primeira análise a tradicional derrapagem nas obras públicas, que vai servindo para alimentar os pagamentos, lembra-me agora a letra de Ney Matogrosso, É por debaixo dos pano, Prá ninguém saber, É por debaixo dos pano, O que a gente faz, É por debaixo dos pano, Prá ninguém saber, É por debaixo dos pano, Se eu ganho mais, e mais não canto.

E estão também a tornar-se transparentes os custos com a atribuição dos luxuosos prémios de gestão que saem do nosso bolso a troco das golden shares que o estado mantem numas quantas empresas, para poder fomentar a prática, agora muito mais transparente, da dança das cadeiras que serve para rodar os altos quadros, que pululam de governação para administração e de administração para governação, pagos a peso de ouro, os famosos golden boys.