domingo, 30 de maio de 2010

O ring? Parece que não estão para aí virados...


O ring foi uma obra bastante interessante, podemos até dizer importante.
Miúdos e graúdos, quando o tempo o permite, juntam-se para fazer algo construtivo. Construtivo para o seu bem estar, para a saúde e como prevenção para outros tipos de comportamento que os coloquem em risco.
Quem é a mãe ou o pai e não prefere saber que o filho está a praticar desporto, perto de casa, e junto com outros?
Permite o convívo, quebra o isolamento e ainda faz bem para a saúde!
Pena temos que a degradação seja uma problemática que se está a instalar, quer no ring, quer no campo de futebol.
Ainda há poucos anos, quando voltou a haver uma equipa de futebol na Comporta, as pessoas aderiam, participavam, saiam de casa para apoiar os amigos ou familiares.
O que temos agora? Nada. Cada vez menos...
Bailes? É essa a grande aposta da Junta de Freguesia?
E o teatro? O cinema? O desporto? Para nós, que devemos ser alienados, bailes não é cultura!
Que  fique claro que não temos nada contra os bailes, temos muita pena da perda da tradição do São João da Comporta. A festa que movia a terra e arredores.
Somos sim, contra o facto de não apostarem noutro tipo de actividades. Somos contra o facto de deixarem degradar o que já existe! Somos contra ao facto da Comporta estar a ficar à parte de todo o Concelho,  ser uma localidade cada vez mais deprimente, degradada e menos convidativa para as pessoas que cá vivem.


6 comentários:

PM disse...

Ó Pina melhor que isso, vamos ter feriado ibérico amanhã.

“Feriado Ibérico”

Acontecimento improvável, não o do feriado, mas o facto de o nosso pais possuir neste momento o melhor jogador e o melhor treinador do mundo, já pensaram bem num país desta dimensão, a probabilidades de tal acontecimento é talvez a mesma de que a mim me possa sair o euromilhões.

O melhor então é ir pondo as barbas de molho, pois se isto aconteceu ao nosso país deve querer dizer que o euromilhões vem a caminho, mas acontecimento igualmente improvável era o de estes dois craques planetários se juntarem num mesmo clube e logo aqui ao lado na capital Madrid, mas não é que aconteceu, já me cheira a euromilhões.

Euromilhões senão para mim, pelo menos para eles dois, mas se pensarmos bem a probabilidade de tudo isto se conjugar nos dois países que no passado dividiram entre eles o nosso mundo, ou pelo menos o mundo conhecido à época, bem menos provável seria, mas o que é facto é que aconteceu mesmo.

Tanta improbabilidade junta a acontecer só pode ser o prenúncio de que algo está mesmo a mudar neste nosso mundo e se todas estas mudanças aconteceram nesta última semana, isto só vem contrariar todos aqueles que recentemente afirmaram não poder o mundo mudar em três semanas, não era provável no passado, mas o passado foi lá atrás.

Pelo contrário é antes de mais uma prova de que o mundo está a mudar e muda cada vez mais rapidamente, pois de três passámos a uma semana e não é mais improvável que a mudança possa começar a surgir a cada dia, a cada hora, a cada minuto, é pois bom que nos habituemos a este ritmo de mudança se queremos atravessar a ponte para o futuro próximo, mais próximo que aquilo que alguma vez pensámos, há que pensar cada vez mais rápido.

Por isso já esta segunda-feira, dia da apresentação do novo treinador em Madrid, devia ser consagrada como o primeiro feriado ibérico, de muitos que se hão-de seguir, improvável dirão, não creio, e era bom que se começasse desde já a escrever o manual com a nova teoria das probabilidades, pois está visto que a velha teoria já não serve.

PM disse...

Ó Pina não te esqueças, lava o dentinhos todos os dias.

“Cuidar da dentadura”

O auto-proclamado “O Melhor Partido”, fundado pelo comediante islandês Jon Gnarr, venceu com 34,7% dos votos as eleições autárquicas de Reykjavik, capital da ilha, ficando à frente do institucional Partido da Independência, conquistou o eleitorado com propostas como a construção de uma Disneylândia na ilha, a compra de um urso polar para o zoo de Reykjavik e a distribuição gratuita de toalhas, “Vamos prometer o dobro dos outros partidos e cumprir o mesmo: nada!”, declarou Gnarr durante a campanha.

Por cá bastava que o Ricardo Araújo Pereira formasse o partido da higiene oral e oferecesse uma pasta medicinal couto, aquela que assim ficou conhecida embora já não seja medicinal, seria o bastante para ganhar também as eleições, só que entretanto coisas muito mais interessantes se têm estado a passar, a ministra do trabalho acaba de afirmar “que necessitamos de consertação em vez de contestação”, merece a nossa atenção.

Merece a nossa e já fez eco desde os ministérios, passando pelo parlamento nacional e chegando até ao parlamento europeu, pois todos eles se estão já a consertar, os orçamentos ministeriais já foram incrementados entre 14 e 22 %, enquanto isso no nosso parlamento as despesas para viagens e de representação também já foram consertadas a contento de todos, por fim no parlamento europeu parece que cada um vai ter uma boa maquia extra e poderá duplicar o número de assistentes, avariados é que eles não podiam ficar, consertam-se logo a valer, é o expoente máximo da consertação.

Enquanto isso e lá por fora o nosso primeiríssimo conseguiu contratos milionários com nuestros hermanos da Venezuela, essa dinheirama toda a juntar àquela que irá conseguir juntar por cá, após nos ter convencido a todos a pagar mais 1% no IVA e entre 1% e 1,5 % no IRS, vão seguramente ser suficientes para conseguirmos fintar a crise e poder prosseguir com o nível de investimento público desde sempre prometido, pelo menos assim pensam os nossos responsáveis.

Pensam eles mas não pensamos nós, e se na Islândia imperou o sentido e humor, por cá deverá imperar um misto de humor e pragmatismo, daí que o partido da higiene oral deva mesmo avançar e oferecer-nos a prometida pasta medicinal, pois nesta altura será mesmo necessário cuidar muito bem da dentadura, pois eu tenho cá a ligeira impressão que isto tudo ainda irá terminar à dentada.

Anónimo disse...

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

JOSÉ RÉGIO, Soneto escrito em 1969 no dia de uma reunião de antigos alunos, tão actual então, como hoje...

Anónimo disse...

Alcunha, 31/05/10 22:57

O que verdadeiramente mata não é o sistema capitalista . É a incompetência , a estupidez , a ganância .estes nossos governantes são incompetentes , estúpidos e gananciosos. Dizem que são socialistas mas isso é só alcunha.

http://economico.sapo.pt/noticias/hospital-de-braga-dispensa-20-medicos-das-urgencias-a-meianoite_91115.html

PM disse...

Ó Pina essa zona é arenosa, talvez dê jeito uns camelos.

“Travessia do deserto”

Certo dia um conhecido milionário decide fazer uma travessia pelo deserto, planeou tudo, comprou os melhores camelos, contratou os melhores guias, equiparam-se e lá partiram, só que não contavam com uma tempestade de areia fortíssima que a certa altura os deixou apeados e já em estado de alucinação, conta-se que o dito milionário terá a dada altura prometido o seu reino por um camelo, mas nada a fazer, existem ocasiões em que milhões ou tostões resolvem o mesmo.

Hoje em dia nós desconhecidos contribuintes estávamos a fazer uma imposta travessia do deserto, não estava planeada mas aconteceu, não tínhamos os melhores contabilistas, não nos equipámos previamente mas cá íamos andando, só que não contávamos com um potente tornado vindo dos mercados financeiros norte americanos e já em estado de quase subnutrição, veio a solução, juntar todos os nossos tostões, perfazendo milhões para conseguir devolver a sanidade ao orçamento do reino.

Como se vê as travessias do deserto, sendo estas voluntárias ou impostas, planeadas ou não, acarretam sempre situações imprevistas de risco elevado que podem comprometer de forma mais ou menos irreversível, todo um reino, um ou outro milionário, uns bons milhões, uns bons magotes de ilustres desconhecidos e seus tostões e não há muita coisa a fazer pois o ser humano é mesmo assim, só se lembra de Santa Bárbara quando troveja e no meio da tempestade a pobre não tem mãos a medir, tantas as solicitações.

Certo dia um ilustre visionário decide ir passear ao deserto, comprou a passagem aérea, instalou-se num hotel de luxo à beira do deserto, rodeado dos mais iluminados homens de negócios e com os camelos que tinham ficado no reino em mente, precavendo o tempo que todos antecipavam longo até à chegada da bonança, decide aplicar uns milhões na aquisição de camelos de raça mais apurada e treinados com vista a dotar os camelos do reino de melhores meios com vista à próxima travessia do deserto.

PM disse...

Ó Pina comporta ou semporta tanto faz, os vegetais não têm pernas.

“Vegeto-retroactivos”

Não há que ter muitas preocupações, nós todos somos um pouco assim e agora com o evoluir da nossa sociedade, para uma sociedade coisistica e estética ainda menos temos que nos preocupar com este tipo de questões, pois logo à nascença hipotecamos todo o nosso futuro em função da esperança média de vida, com a vantagem de à medida que a esperança média de vida é actualizada podemos acrescentar um pouco à hipoteca.

Senão vejamos, nascemos e os nossos pais fazem-nos uma conta poupança até à maioridade, para a qual o estado também contribui, o exercício é simples colocamo-nos vinte e um anos à frente e planeamos desse ponto para trás uma expectativa ao chegar lá, já com a compra da habitação é a mesma coisa colocamo-nos sessenta anos à frente e retroactivamente a partir desse ponto gastamos tudo numa bela mansão, mais uns trocos para a piscina e o carro.

Com os países e os governos é a mesma coisa, com a vantagem de não sabermos bem a esperança média de vida de um país e assim podermos antecipá-la enorme, colocamo-nos nesse ponto bem lá à frente e planeamos o gasto que retroactivamente podemos realizar, já se aperceberam bem a quantidade de massa que isso coloca à nossa disposição, se calhar nem todos, mas alguns seguramente já.

Daí que no limite seja fácil à humanidade e a partir de um ponto no infinito planear retroactivamente gastos também infinitos, a saldar em suaves prestações até esse instante, lá bem longe, logo e para quem já se apercebeu desta possibilidade real, seja possível planear e realizar por exemplo o TGV Caia, Poceirão, Faro, Marrakech, Cidade do Cabo e quem sabe num dos próximos campeonatos do mundo a realizar em Luanda a selecção já se desloque de comboio.

Mas como nem tudo são rosas existe um pequenino reverso da medalha que é o facto de comprometermos desta forma os rendimentos da humanidade por um período alargado, o que na sociedade das coisas dir-se-ia até nem é um grande problema, pois estamos a investir precisamente em coisas, restamos nós que com este evoluir nos tornamos uma espécie ornamental tão necessária nesta sociedade também da estética, seremos portanto os futuros vegetais e poderá pensar-se que estamos a actuar vegeto-retroactivamente.