É já a 30 de Novembro que se celebra os 75 anos sobre a morte de Fernando Pessoa. A data é pretexto para o Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, receber, com pompa e circunstância, o novo filme de João Botelho, a partir de ‘Livro do Desassossego’. Esta confirmação surge apenas uma semana depois da estreia do filme.
Site oficial do filme: http://www.ardefilmes.org/filmedodesassossegopt.html
Ó Pina porque não experimentas a velocidade da luz ?
“Dívidas e dúvidas”
Tenho um amigo que costumava dizer, quando menos bebo mais bêbado fico, e assim era de facto pois a menor quantidade de álcool que progressivamente ingeria ia juntar-se ao anterior agravando o seu estado, assim estamos nós com as dívidas que contraímos, vamos pedindo só mais um bocadinho, mas ficamos cada vez mais endividados, agravando assim o tamanho do buraco em que estamos enfiados.
Esta é a parte das dívidas e quanto às dúvidas, a primeira que nos assalta tem a ver com aquela que já assaltou o filósofo da “ética e infinito”, em que o humano desinteressado parece ter um papel fundamental e que muito provavelmente abre a porta ao humano esperto para se aproveitar deste estado de coisas em proveito próprio, alargando cada vez mais o tamanho do buraco e contribuindo para que nos nossos dias a ética só exista mesmo no infinito.
Outra dúvida que nos assalta tem a ver com as nossas escolhas para gestores da nossa coisa, da coisa pública, pois mesmo sabendo que os humanos espertos sempre existiram e aproveitaram o desinteresse dos outros humanos para bem se tratarem, parecem agora ser mais, digamos que a esperteza prolifera, perante a impunidade e a passividade daqueles que teriam por missão zelar para que o tamanho do buraco fosse diminuindo, somos levados a pensar que nos nossos dias o serviço da causa pública também só existe no infinito.
E até já duvidamos da capacidade que aqueles gestores têm de gerir criteriosamente as verbas cada vez mais avultadas com que somos taxados, é caso para desconfiar também que a boa capacidade de gestão já só existe no infinito, e se é de infinito e de buraco que falamos será caso para pensar que estamos é todos cada vez mais enfiados num imenso buraco negro.
E é chegados aqui e fazendo uso do saber do historiador que nos diz, “se não esperares o que não se espera, não encontrarás o inesperado” e juntamente com as propriedades do campo gravitacional do buraco negro, que como sabem nos pode acelerar à velocidade da luz, que seremos transportados de forma inesperada até ao infinito num abrir e fechar de olhos, onde iremos assim reencontrar-nos com a capacidade de bem gerir a coisa pública e a ética perdida; dúvidas ?
5 comentários:
Como eu gostava que eles não tivesse razão!
Mas..aqui no Monte recusamo-nos a entregar a República aos Bananas!
Ó Pina até dia 15 ainda há bananas.
"República das bananas"
Na República das bananas
Muito macaco engordou
Mas só tu é que abanas
Com a banana que tardou
Com quinze dias por mês
Ainda te conseguias aguentar
Mas o Teixeira contas fez
E diz que precisas poupar
Poupas tu no seu mealheiro
Que a crise veio p’ra ficar
Em bananas vai muito dinheiro
Qu’o défice tem que diminuir
P’ra tanto macaco engordar
Ficas meio mês a carpir.
Ó Pina eles gritam e nós calamos.
"Grito mudo"
Eu não consigo estar calado
E é por isso que não falo
Mas se falo assim ó falo
É porque consigo calá-lo
E tu que me ouves gritar
É porque não consigo calar
Mas se o falo está calado
É porque não consegue gritar
Mas de tanto estar calado
E de tanto não conseguir gritar
Falo fala, falo grita
E já não consigo calar.
São Carlos em ‘Desassossego’
É já a 30 de Novembro que se celebra os 75 anos sobre a morte de Fernando Pessoa. A data é pretexto para o Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, receber, com pompa e circunstância, o novo filme de João Botelho, a partir de ‘Livro do Desassossego’. Esta confirmação surge apenas uma semana depois da estreia do filme.
Site oficial do filme: http://www.ardefilmes.org/filmedodesassossegopt.html
Ó Pina porque não experimentas a velocidade da luz ?
“Dívidas e dúvidas”
Tenho um amigo que costumava dizer, quando menos bebo mais bêbado fico, e assim era de facto pois a menor quantidade de álcool que progressivamente ingeria ia juntar-se ao anterior agravando o seu estado, assim estamos nós com as dívidas que contraímos, vamos pedindo só mais um bocadinho, mas ficamos cada vez mais endividados, agravando assim o tamanho do buraco em que estamos enfiados.
Esta é a parte das dívidas e quanto às dúvidas, a primeira que nos assalta tem a ver com aquela que já assaltou o filósofo da “ética e infinito”, em que o humano desinteressado parece ter um papel fundamental e que muito provavelmente abre a porta ao humano esperto para se aproveitar deste estado de coisas em proveito próprio, alargando cada vez mais o tamanho do buraco e contribuindo para que nos nossos dias a ética só exista mesmo no infinito.
Outra dúvida que nos assalta tem a ver com as nossas escolhas para gestores da nossa coisa, da coisa pública, pois mesmo sabendo que os humanos espertos sempre existiram e aproveitaram o desinteresse dos outros humanos para bem se tratarem, parecem agora ser mais, digamos que a esperteza prolifera, perante a impunidade e a passividade daqueles que teriam por missão zelar para que o tamanho do buraco fosse diminuindo, somos levados a pensar que nos nossos dias o serviço da causa pública também só existe no infinito.
E até já duvidamos da capacidade que aqueles gestores têm de gerir criteriosamente as verbas cada vez mais avultadas com que somos taxados, é caso para desconfiar também que a boa capacidade de gestão já só existe no infinito, e se é de infinito e de buraco que falamos será caso para pensar que estamos é todos cada vez mais enfiados num imenso buraco negro.
E é chegados aqui e fazendo uso do saber do historiador que nos diz, “se não esperares o que não se espera, não encontrarás o inesperado” e juntamente com as propriedades do campo gravitacional do buraco negro, que como sabem nos pode acelerar à velocidade da luz, que seremos transportados de forma inesperada até ao infinito num abrir e fechar de olhos, onde iremos assim reencontrar-nos com a capacidade de bem gerir a coisa pública e a ética perdida; dúvidas ?
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