Ó Pina eles tratam-te da saúde.“Médico por medida”Sem o médico de famíliaEstão de nós, meio milhãoSão os que nunca adoecerãoNão há pois lugar a quezíliaJá os que mais adoecemTêm o médico de prontidãoEste é o sistema de gestãoQue os serviços oferecemÉ um serviço por medidaEm função da tua doençaUma gestão bem sucedidaNunca antes experimentadaPor cá não há quem a vençaTua maleita será bem tratada.
É hoje, quinta-feira, o lançamento de Almocreve das Palavras de Hennrique Segurado. No Grémio Literário, às 18:30h. Apresentação, leitura de poemas, concerto de piano (João Aboim), cocktail.
Ó Pina porque será?“Causa raíz”Está a morrer muita genteQue nunca tinha morridoJá antes teria acontecido?Ficou a dúvida prementeJuntou-se grupo de peritosPara o assunto escalpelizarConclusão havia de chegarMas ainda se viram aflitosEstudaram até à exaustãoUma amostra da populaçãoConsultaram alguns arquivosApós tratar toda a informaçãoChegaram a uma conclusãoAcontece porque estão vivos.
Ó Pina I like realidade virtual very much.“Papoulas”Realidade que hoje se viveFaz parte da realidade virtualNa que era designada de realHoje já ninguém sobreviveAntes no campo passeavasRamo de papoulas colhiasDepois com elas produziasO pó branco que snifavasAntes uns anos trabalhavasE poupavas para comprarHoje mesmo sem trabalharJá consegues tudo juntarAntes tinhas em que pensarHoje são uma vidas vagas.
Ó Pina desassossega-te.“Pessoa sempre”Indisciplinadores de almasSão actores fundamentaisCom as almas todas iguaisAs sociedades são calmasDá tua alma à indisciplinaNeste mundo conturbadoNão chegarás a muito ladoCom uma alma pequeninaPessoa foi mestre na arteDas almas desassossegarMas outros deves procurarPois não deves quedar-tePor uma forma de pensarTenta a tua alma alargar.
Ó Pina lavar é que está a dar.“Lavagem”Carrilho está zangadoCavaco anda ressabiadoTeixeira descontroladoO Sócrates é apupadoLuis Amado descontentePereira mostar o denteA Ana Jorge está doenteHelena André vai em frenteA situação é deprimenteNem Davos deu resultadoNão há dinheiro suficienteO povo anda amarguradoA menos que o existentePossa vir a ser lavado.
Ó Pina viste-o por aí?“Tarzan”Nosso herói permanenteNão vai deixá-los entrarEles bem se podem lixarNão metem medo à gentePor este herói defendidosA fraca gente se faz forteNem que faça vento norteNunca seremos tolhidosÉ por isso que esta criseNão entra aqui nem pintadaAinda há gente que ironizeTudo não passa de ironia vãNão entram nem à porradaTemos cá o nosso Tarzan.
Ó Pina já sabias?“Tóxicos e marados”O presidente e banqueirosNuma amena cavaqueiraDebatem situação financeiraE deram uns tiros certeirosAcertaram mesmo em cheioNo diagnóstico da situaçãoSe não nos deitam a mãoIsto aqui fica mesmo feioComo homens informadosAli a solução encontraramPara não serem lixadosOs mercados informaramActivos tóxicos e maradosNunca por aqui passaram.
Ó Pina vês a luz?“O farol”Hoje tanto sobe o juroJá amanhã o juro desceQue a gente até esqueceSe é mau ou bom auguroHoje vai entrar o FMIJá amanhã o FMI não vemA gente ouve com desdémNotícias que andam por aíÉ como do farol a luzQue ora agora não se vêE logo a seguir reluzSão sinais intermitentesDão indicações a quem vêDe quais os perigos latentes.
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9 comentários:
Ó Pina eles tratam-te da saúde.
“Médico por medida”
Sem o médico de família
Estão de nós, meio milhão
São os que nunca adoecerão
Não há pois lugar a quezília
Já os que mais adoecem
Têm o médico de prontidão
Este é o sistema de gestão
Que os serviços oferecem
É um serviço por medida
Em função da tua doença
Uma gestão bem sucedida
Nunca antes experimentada
Por cá não há quem a vença
Tua maleita será bem tratada.
É hoje, quinta-feira, o lançamento de Almocreve das Palavras de Hennrique Segurado. No Grémio Literário, às 18:30h. Apresentação, leitura de poemas, concerto de piano (João Aboim), cocktail.
Ó Pina porque será?
“Causa raíz”
Está a morrer muita gente
Que nunca tinha morrido
Já antes teria acontecido?
Ficou a dúvida premente
Juntou-se grupo de peritos
Para o assunto escalpelizar
Conclusão havia de chegar
Mas ainda se viram aflitos
Estudaram até à exaustão
Uma amostra da população
Consultaram alguns arquivos
Após tratar toda a informação
Chegaram a uma conclusão
Acontece porque estão vivos.
Ó Pina I like realidade virtual very much.
“Papoulas”
Realidade que hoje se vive
Faz parte da realidade virtual
Na que era designada de real
Hoje já ninguém sobrevive
Antes no campo passeavas
Ramo de papoulas colhias
Depois com elas produzias
O pó branco que snifavas
Antes uns anos trabalhavas
E poupavas para comprar
Hoje mesmo sem trabalhar
Já consegues tudo juntar
Antes tinhas em que pensar
Hoje são uma vidas vagas.
Ó Pina desassossega-te.
“Pessoa sempre”
Indisciplinadores de almas
São actores fundamentais
Com as almas todas iguais
As sociedades são calmas
Dá tua alma à indisciplina
Neste mundo conturbado
Não chegarás a muito lado
Com uma alma pequenina
Pessoa foi mestre na arte
Das almas desassossegar
Mas outros deves procurar
Pois não deves quedar-te
Por uma forma de pensar
Tenta a tua alma alargar.
Ó Pina lavar é que está a dar.
“Lavagem”
Carrilho está zangado
Cavaco anda ressabiado
Teixeira descontrolado
O Sócrates é apupado
Luis Amado descontente
Pereira mostar o dente
A Ana Jorge está doente
Helena André vai em frente
A situação é deprimente
Nem Davos deu resultado
Não há dinheiro suficiente
O povo anda amargurado
A menos que o existente
Possa vir a ser lavado.
Ó Pina viste-o por aí?
“Tarzan”
Nosso herói permanente
Não vai deixá-los entrar
Eles bem se podem lixar
Não metem medo à gente
Por este herói defendidos
A fraca gente se faz forte
Nem que faça vento norte
Nunca seremos tolhidos
É por isso que esta crise
Não entra aqui nem pintada
Ainda há gente que ironize
Tudo não passa de ironia vã
Não entram nem à porrada
Temos cá o nosso Tarzan.
Ó Pina já sabias?
“Tóxicos e marados”
O presidente e banqueiros
Numa amena cavaqueira
Debatem situação financeira
E deram uns tiros certeiros
Acertaram mesmo em cheio
No diagnóstico da situação
Se não nos deitam a mão
Isto aqui fica mesmo feio
Como homens informados
Ali a solução encontraram
Para não serem lixados
Os mercados informaram
Activos tóxicos e marados
Nunca por aqui passaram.
Ó Pina vês a luz?
“O farol”
Hoje tanto sobe o juro
Já amanhã o juro desce
Que a gente até esquece
Se é mau ou bom auguro
Hoje vai entrar o FMI
Já amanhã o FMI não vem
A gente ouve com desdém
Notícias que andam por aí
É como do farol a luz
Que ora agora não se vê
E logo a seguir reluz
São sinais intermitentes
Dão indicações a quem vê
De quais os perigos latentes.
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