Sou da geração sem remuneração e não me incomoda esta condição. Que parva que eu sou! Porque isto está mal e vai continuar, já é uma sorte eu poder estagiar. Que parva que eu sou! E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’, se já tenho tudo, pra quê querer mais? Que parva que eu sou Filhos, maridos, estou sempre a adiar e ainda me falta o carro pagar Que parva que eu sou! E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’ Há alguém bem pior do que eu na TV. Que parva que eu sou! Sou da geração ‘eu já não posso mais!’ que esta situação dura há tempo demais E parva não sou! E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.
9 comentários:
Cuidado!
Suspeito que, desta vez, estão protegidos pelo... Espírito Santo!
Ó Pina olhó dragão.
“Rocinante Tour”
No caminho do Atlantic Tour
Avisto ao longe Dom Quixote
Mão na lança noutra o archote
Atrás segue-se-lhe o Rei Artur
Sancho Pança fiel companheiro
Com montada veloz a seu lado
Nunca o deixa desacompanhado
Mesmo que não chegue primeiro
Ao longe um moinho cospe fogo
Não era moinho era um dragão
E logo Rocinante entra em jogo
Da batalha sai ferido numa mão
Brilhante vitória dá-lhe desafogo
Para prosseguir com a alucinação.
Ó Pina d espoja-te.
“Tronos de veludo”
O nada que possas dar
Se é tudo o que possuis
Dá pois não te diminuis
E alguém estás a ajudar
Quem tudo tem e nada dá
Tudo o que tem conservará
Mas diminuído se sentirá
Pois ninguém nunca ajudará
Guardando tudo sobra nada
Dando do nada se faz tudo
Mas a vida desapaixonada
Só pode ser por ti praticada
Se deixares o trono de veludo
E procurares vida despojada.
Ó Pina viste o bicho?
“O pirum”
O cérebro é coisa magnífica
Todos deveriam possuir um
Todos à excepção do pirum
É pá hoje ganhou o Benfica
O C130 já aterrou no Montijo
Vêm notícias de Nova Iorque
No Cairo andam com amoque
Meu cérebro está a ficar rijo
Os deputados não vão reduzir
Ouro negro já roçou nos cem
Notícias boas pr’a me afligir
Eu prefiro ser como o pirum
A minha tola não é armazém
Prefiro ter cérebro nenhum.
Parva que sou - Deolinda
Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
http://videos.sapo.pt/cZa4nTi1Ts2rLIpRbz3C
Ó Pina compra o camelo.
“Miragem”
Com toda a pompa e circunstância
Ministro da presidência anunciou
Logo que o conselho terminou
Após Maio regressa a abundância
Duas vezes por semana podes jogar
No concurso que te dará milhões
É muito acima das tuas previsões
Desta feita milhões não te vão faltar
Muito obrigado oh senhor ministro
Por se envolver pessoalmente nisto
Que não seja apenas impostos cobrar
Mostram que ainda sabem governar
Vou já comprar camelo e equipagem
Para poder correr atrás desta miragem.
Ó Pina tens o copo vazio?
“Vazio”
Por haver imensa pobreza
Justificada está tanta riqueza
A dúvida justifica a certeza
Tu horror justificas a beleza
A sujidade justifica o sabão
Só um deus justifica o diabo
A batata justificará o nabo?
Não me apertes mais a mão
Loucura justifica sanidade
Não me olhes mais assim
Um louco tem impunidade
Só a morte justifica a vida
Só um não justifica um sim
Só um copo vazio a bebida.
Ó Pina vai uma injeçãozinha?
“Botox”
Linda Martini é uma bebida
Madness estado de demência
É preciso imensa paciência
Para a vida levar de vencida
Mas a idade conta muito mais
E a vida acaba por nos vencer
Não importa o que se escrever
Nem o caminho por onde vais
O botox ajuda-nos a disfarçar
Aquilo que é indisfarçável
E se o verniz começa a estalar
Ficas com um aspecto execrável
Muito mais te vale a vida gozar
Sem esse betume irrecusável.
Ó Pina que esperta que eu sou.
“Deolinda plus”
O FMI sei já não vem
Que parva que eu sou
Vivo em casa do avô
E os meus pais também
Estou grávida do João
Já daqui não me vou
Vai viver com o bisavô
Pagará a alimentação
Somos felizes assim
Aqui no nosso tê dois
Com o bisavô Joaquim
Já conclui o mestrado
O emprego veio depois
Caixa de supermercado.
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