Ó Pina e os milhões?“Comam bolos”Com oito letrinhas apenasEscrevo a palavra PortugalSão oito séculos de historialO pior são as últimas cenasDa CEE vieram uns milhõesChegou a crise internacionalOnde está o dinheiro afinal?Aplicado na terra de CamõesEm betão e em belas estradasAlgumas já estão esburacadasPescar e semear é pr’os tolos Não há peixe, comam empadasCom o chá em vez de torradasSe não há trigo, comam bolos.
Ó Pina como está o rating da Comporta?“No more rating”As agências estão tramadasCom este país à beira marJá não têm por onde cortarFim da escala está a chegarVão pensar muito atarantadasO que poderá ter corrido malPorque não vergam PortugalE falharam os planos afinal ?Mas a malta aqui não dobraPodem meter as violas no sacosPor sorte temos socas e cavacosConhecem bem essa manobraVão tocar pr’a outras bandasQue por cá não fazem ondas.
Ó Pina eu prometo um verão quente.“Pura ilusão”Baralha, parte e dá de novoElege quem te irá governarPor nas promessas acreditarÉ mesmo crédulo este povoNão temos qualquer remédioPor isso remediados estamosTanto que nem estranhamosEsta alternância e o assédioBué de empregos prometemosOs impostos nunca subiremosE jamais vos desiludiremosO vosso voto será valorizadoNa casa de penhores colocadoEm dívida pública transformado.
Ó Pina és mais um tijolo no muro.“Escaqueirados”Precisam-se mentiras novasQue as actuais já não colamGrande o rol que desenrolamÉ muita prosa e pouca provasReinventem já o nosso futuroAprendam a mentir de novoCo’as velhas não me comovoSou só mais um tijolo no muroAbaixo o estado mesmo rascaEm que cada um se desenrascaÀ custa de sangrar o seu povoInvente-se a mentira supremaSem que constitua um dilemaO sangue derramado de novo.
Ó Pina e viva o exterior.“O carpinteiro”Isto está a meter muita águaRatazanas andam assustadasNão querem ficar molhadasVi passar duas numa tábuaVão pedir ajuda ao exteriorPara consertar esta desgraçaQualquer dia já não se passaPorque o buraco fica maiorFelizmente veio o carpinteiroÉ diplomado no estrangeiroNem cobrou muito dinheiroAlgumas tábuas novas arranjouCom quarenta pregos as pregouE todas as ratazanas ele safou.
Ó Pina festa até ao S.João.“Santos populares”Hoje é um dia especialEstamos a ser ajudadosEstávamos preocupadosQu’isto podia correr malAssim há dinheiro vivoEm múltiplos do milhãoE já chega até ao VerãoSistema foi compreensivoHá pilim para a sardinhaE pr’o cheiroso manjericoEm casa é que eu não ficoVenha por sugestão minhaAquele economista baixinhoPrá sardinha e pr’ó tintinho.
Ó Pina já estão renovados.“Portugal dos pequeninos”São do arco da governaçãoOs que nos têm governadoO país está todo encravadoCulpados é que eles não sãoMorrerá solteira a malvadaCom ela ninguém quer casarVamos ter que nos aguentarSem haver culpados de nadaNo horizonte estão alinhadosCom suas almas abençoadasTodas as culpas expurgadasCaras novas, outras renovadasAssumirão de novo os destinosCá do Portugal dos pequeninos.
Ó Pina é aproveitar enquanto dura.“Encerrado”Engenheiro ou doutorCapitão ou marinheiroMondina ou salineiroTimoneiro ou remadorEstudante ou professorSoldador ou ferreiroVendedor ou sapateiroFazendeiro ou agricultorNa horta ou no lameiroNo teatro ou no barreiroNo cinema ou no areeiroMostra a tua indignaçãoAssina derradeira petiçãoPara encerrar esta nação.
Ó Pina isto está bom é prá múmia.“A múmia”Esta crise mundialÉ uma crise moralPrimeiro foi virtualDepois passou a realNasce na imoralidadeFruto da humanidadeQue desde tenra idadeProcura a eternidadeJá no Egipto ancestralCom as jóias viajavamAssim longe chegavamNeste tempo actualLevam o ouro no sacoSão jogados num buraco.
Francisco José - Canta Guitarra Toca Baixinho http://www.youtube.com/watch?v=DjuvAU0dnv8
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10 comentários:
Ó Pina e os milhões?
“Comam bolos”
Com oito letrinhas apenas
Escrevo a palavra Portugal
São oito séculos de historial
O pior são as últimas cenas
Da CEE vieram uns milhões
Chegou a crise internacional
Onde está o dinheiro afinal?
Aplicado na terra de Camões
Em betão e em belas estradas
Algumas já estão esburacadas
Pescar e semear é pr’os tolos
Não há peixe, comam empadas
Com o chá em vez de torradas
Se não há trigo, comam bolos.
Ó Pina como está o rating da Comporta?
“No more rating”
As agências estão tramadas
Com este país à beira mar
Já não têm por onde cortar
Fim da escala está a chegar
Vão pensar muito atarantadas
O que poderá ter corrido mal
Porque não vergam Portugal
E falharam os planos afinal ?
Mas a malta aqui não dobra
Podem meter as violas no sacos
Por sorte temos socas e cavacos
Conhecem bem essa manobra
Vão tocar pr’a outras bandas
Que por cá não fazem ondas.
Ó Pina eu prometo um verão quente.
“Pura ilusão”
Baralha, parte e dá de novo
Elege quem te irá governar
Por nas promessas acreditar
É mesmo crédulo este povo
Não temos qualquer remédio
Por isso remediados estamos
Tanto que nem estranhamos
Esta alternância e o assédio
Bué de empregos prometemos
Os impostos nunca subiremos
E jamais vos desiludiremos
O vosso voto será valorizado
Na casa de penhores colocado
Em dívida pública transformado.
Ó Pina és mais um tijolo no muro.
“Escaqueirados”
Precisam-se mentiras novas
Que as actuais já não colam
Grande o rol que desenrolam
É muita prosa e pouca provas
Reinventem já o nosso futuro
Aprendam a mentir de novo
Co’as velhas não me comovo
Sou só mais um tijolo no muro
Abaixo o estado mesmo rasca
Em que cada um se desenrasca
À custa de sangrar o seu povo
Invente-se a mentira suprema
Sem que constitua um dilema
O sangue derramado de novo.
Ó Pina e viva o exterior.
“O carpinteiro”
Isto está a meter muita água
Ratazanas andam assustadas
Não querem ficar molhadas
Vi passar duas numa tábua
Vão pedir ajuda ao exterior
Para consertar esta desgraça
Qualquer dia já não se passa
Porque o buraco fica maior
Felizmente veio o carpinteiro
É diplomado no estrangeiro
Nem cobrou muito dinheiro
Algumas tábuas novas arranjou
Com quarenta pregos as pregou
E todas as ratazanas ele safou.
Ó Pina festa até ao S.João.
“Santos populares”
Hoje é um dia especial
Estamos a ser ajudados
Estávamos preocupados
Qu’isto podia correr mal
Assim há dinheiro vivo
Em múltiplos do milhão
E já chega até ao Verão
Sistema foi compreensivo
Há pilim para a sardinha
E pr’o cheiroso manjerico
Em casa é que eu não fico
Venha por sugestão minha
Aquele economista baixinho
Prá sardinha e pr’ó tintinho.
Ó Pina já estão renovados.
“Portugal dos pequeninos”
São do arco da governação
Os que nos têm governado
O país está todo encravado
Culpados é que eles não são
Morrerá solteira a malvada
Com ela ninguém quer casar
Vamos ter que nos aguentar
Sem haver culpados de nada
No horizonte estão alinhados
Com suas almas abençoadas
Todas as culpas expurgadas
Caras novas, outras renovadas
Assumirão de novo os destinos
Cá do Portugal dos pequeninos.
Ó Pina é aproveitar enquanto dura.
“Encerrado”
Engenheiro ou doutor
Capitão ou marinheiro
Mondina ou salineiro
Timoneiro ou remador
Estudante ou professor
Soldador ou ferreiro
Vendedor ou sapateiro
Fazendeiro ou agricultor
Na horta ou no lameiro
No teatro ou no barreiro
No cinema ou no areeiro
Mostra a tua indignação
Assina derradeira petição
Para encerrar esta nação.
Ó Pina isto está bom é prá múmia.
“A múmia”
Esta crise mundial
É uma crise moral
Primeiro foi virtual
Depois passou a real
Nasce na imoralidade
Fruto da humanidade
Que desde tenra idade
Procura a eternidade
Já no Egipto ancestral
Com as jóias viajavam
Assim longe chegavam
Neste tempo actual
Levam o ouro no saco
São jogados num buraco.
Francisco José - Canta Guitarra Toca Baixinho
http://www.youtube.com/watch?v=DjuvAU0dnv8
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