Também a CDU foi pela solução do “pára-quedismo”. Seguindo o PS (ou vice-versa) apresentou um candidato “pára-quedista”. Acresce que esse candidato vem para Alcácer “em fuga” à Lei da Limitação de Mandatos, pois já concluiu três mandatos em Santiago de Cacém.
Trata-se, em ambos os casos, de personalidades estranhas ao Concelho, trazidas por tácticas dos aparelhos partidários assentes em calculismos políticos que deixam de lado o sentir das pessoas que trabalham e vivem aqui.
Tanto o PS como a CDU estão a aproveitar-se de pessoas alheias à comunidade local, sem quaisquer raízes aqui e que tentam, à pressa, fazer-se conhecer num curso acelerado de “pára-quedismo”.
Se essa táctica pode encontrar alguma desculpa nos grandes municípios de milhares de eleitores, tal não se justifica neste caso em que o número de eleitores não é muito elevado e em que quase podemos dizer que ainda todos se conhecem.
Ambos os partidos procedem mal e estão dissoconscientes. Seria bem possível encontrar entre os seus militantes e simpatizantes residentes em Alcácer quem fosse um bom candidato à Câmara Municipal.
Fizeram as opções erradas. Esqueceram as ligações às pessoas, à cultura e à memória local. Consideram os alcacerenses como incapazes de governarem o seu município.
Uma consequência será, necessariamente, o aumento da abstenção, Mas os aparelhos partidários não se importam, ignoram os interesses das pessoas, a auto-estima de quem vive em Alcácer, no Torrão, na Comporta, em Santa Susana, em Casebres… Substituíram a relação de proximidade e de pertença por meras conveniências partidárias, jogos internos, tratando o Concelho como se fosse uma empresa ou uma repartição pública, revelando um imenso desconhecimento da realidade e um imenso desrespeito pelas pessoas concretas.
Em tempo de tristeza e desânimo, PS e CDU carregam ainda mais as cores, já muito cinzentas, passando um atestado de menoridade às populações locais. Talvez os resultados eleitorais lhes troquem as voltas!
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