sábado, 22 de maio de 2010

As CRISES/ REVOLUÇÕES do passado poderiam surgir hoje!?

12 comentários:

Anónimo disse...

j.Silva
22.05.2010, 18:54

Não há desculpa senhor ministro.O governo sabe muito bem que em Portugal não há justiça,os impostos estão altissimos,a burocracia é sufocante e reina a corrupção.Por isso não há quem esteja disposto a investir em Portugal.Com a invasão chinesa as poucas fabricas que havia foram destruidas.

Vamos ficando mais e mais enterrados em dívidas ao estrangeiro.Temos um governo empenhado em criar postos de trabalho na china e destruir os poucos que ainda temos. Não pode haver dúvidas de que essa seita do terreiro do paço está a trabalhar num plano maquiavélico para destruir o País.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1576141

José Mestre disse...

Mas este país mudava alguma coisa com outra revolução?
Uma certa esquerda insiste em sonhar com Revoluções. O 25 de Abril é uma espécie de sonho incumprido.
A Direita pragmática não fala em Revoluções. Faz as ditas reformas sem dó nem piedade. Como a formiga, sem barulho e deligente.
E sem nós darmos por isso faz uma grande... revolução! Muda a nossa sociedade radicalmente!
A Direita, não nos enganemos, é hoje o PS! Que o PSD e o CDS nunca se atreveriam a ser tão "reformistas"!

PM disse...

Ó Pina já assinaste a petição ?

“Nova petição”

Os deputados debatem o estado da nação a 15 de Julho e na semana seguinte vão de férias, nada mais errado tendo em conta o actual contexto de crise, em que o mundo muda todas as semanas e consequentemente o país também, daí que fosse mais avisado antecipar este debate, por muitas e variadas razões, senão vejamos.

De meados de Junho a meados de Julho decorre o campeonato do mundo de futebol e o país quase irá encerrar para assistir, por isso por muito que o mundo mude nesse período por cá não se irá sentir muito a mudança, assim as principais mudanças irão ter lugar daqui até lá, logo faria mais sentido debater o estado da nação por estes dias.

Com o próprio campeonato do mundo a decorrer para além da paralisação do país certamente que os senhores deputados irão optar por faltar às sessões para assistir aos desafios o que criará uma grande instabilidade nas sessões que se realizam a partir de meados de Junho, o que também joga a favor dessa antecipação.

Muito mais importante que as anteriores é que com a rapidez da mudança e com a direcção que vemos as coisas levar o melhor é mesmo antecipar o debate, senão arriscamo-nos a que qualquer dia já não consigamos reconhecer o estado em que estamos, correndo o risco de a nação ser apenas uma fraca figura dela própria.

E se tudo isto não bastar então devemos seguir o exemplo do nosso irmão Brasil, onde existe já um conjunto de deputados a tentar aprovar a antecipação das férias para Junho para poderem assistir à copa do mundo, com a vantagem dizem eles, de se poupar muito nos custos de funcionamento, pois com a assembleia fechada não existe funcionamento, são capazes de ter razão.

È por tudo isto que em vez dessa petição ridícula que anda para aí a circular para reduzir o número de deputados, devemos fazer outra para antecipar o debate do estado da nação pois é agora que este se justifica e antecipar também as férias dos deputados para antes do campeonato do mundo pois irá evitar muita perturbação na assembleia e tem por último a vantagem de se poupar uns cobres por este período extra de não funcionamento.

Anónimo disse...

"uma certa esquerda"...
Esta afirmação trás "água no bico".
Pois fique sabendo, meu caro amigo Zé, que por uma certa esquerda até eu fazia uma revolução.
Por aquela que sofreu na pele, a miséria, a fome, e as injustiça de lhe porem as patas em cima, por tudo e por nada.
É claro que não lhe estou a falar na esquerda intlectual, aquela que o senhor conhece.Estou a falar da esquerda rural.

Não me está a ver c/ uma espingarda (de pau é claro), qual Maria da Fonte ;()

Saúde e fraternidade.

Anónimo disse...

God Bless Africa (Nkosi Sikeleli Africa)- Children of Africa

http://www.youtube.com/watch?v=H8iZ8jIqrQo&feature=related

PM disse...

Ó Pina no futuro vai ser à dentada.

“Pinho”

Fabrica e vende móveis de pinho, de carvalho, de bétula, de faia, abre hoje a sua terceira loja no nosso país e tem já planeado avançar com mais duas no médio prazo, é pertença do quarto homem mais rico do mundo que resolveu e muito bem investir por estas paragens, terá sido pelos nossos lindos olhos.

Terá sido pelos nossos lindos olhos e não só, pois não é de olhos fechados que se chega a quarto mais, é seguramente com muito trabalho, estratégia, planeamento e integração de toda a cadeia, desde a produção ao consumidor final, mas não só, é preciso saber aproveitar as oportunidades do nosso mundo globalizado.

E no aproveitar é que está o ganho, para já aproveitou desde logo uma página inteira de reportagem num dos semanários de maior tiragem nacional, onde ficamos a saber que terá aproveitado da melhor forma a debilidade do nosso mercado de trabalho, pois conseguiu ter cinquenta e picos candidatos para cada lugar.

Com esta taxa de procura poderia pensar-se que as remunerações seriam atractivas, mas não, fica a saber-se pela mesma reportagem que são de seiscentos euro líquidos já com todos os subsídios e que para meios horários quase chegam aos trezentos, nas mesmas circunstâncias, é saber aproveitar bem estes tempos de crise.

Consegue ainda que um quarto destes trabalhadores, ia dizer empregados mas não, só assinam por quatro meses e depois logo se vê, possuam habilitações superiores, o que diz bem do que é saber aproveitar o momento, para além de ter sabido aproveitar da melhor forma a posição geográfica escolhida.

Não escolheu a China porque a intenção é produzir e vender na Europa, e o custos logísticos desde tão longe e para mercadorias de alguma dimensão não seriam tão atractivos, mas também não escolheu o centro do continente onde os custos laborais já pesam, escolheu-nos a nós não pelos lindos olhos, mas pelas nossas vistas curtas.

Não há que criticar quem assim decidiu em função das variáveis do mercado, são tudo opções que eu também tomaria nas mesmas circunstâncias, o que temos que ponderar é se queremos prosseguir nesta via, de aos seiscentos euros ainda ter que retirar trinta por cento, como já por aí apregoam, façam as contas e depois digam-me se não dão toda a razão ao Pinho quando afirmou, invistam no nosso país que os custos salariais são baixos.

Anónimo disse...

A NOVA POBREZA - Manuel António Pina

Os novos pobres

A crise quando chega toca a todos, e eu já não sei se hei-de ter pena dos milhares de homens e mulheres que, por esse país, fora, todos os dias ficam sem emprego se dos infelizes gestores do BCP que, por iniciativa de alguns accionistas, poderão vir a ter o seu ganha-pão drasticamente reduzido em 50%, ou mesmo a ver extintos os por assim dizer postos de trabalho.
A triste notícia vem no DN: o presidente do Conselho Geral e de Supervisão daquele banco arrisca-se a deixar de cobrar 90 000 euros por cada reunião a que se digna estar presente e passar a receber só 45 000; por sua vez, o vice-presidente, que ganha 290 000 anuais, poderá ter que contentar-se com 145 000; e os nove vogais verão o seu salário de miséria (150 000 euros, fora as alcavalas) reduzido a 25% do do presidente. Ou seja, o BCP prepara-se para gerar 11 novos pobres, atirando ainda para o desemprego com um número indeterminado de membros do seu distinto Conselho Superior. Aconselha a prudência que o Banco Alimentar contra a Fome comece a reforçar os "stocks" de caviar e Veuve Clicquot, pois esta gente está habituada a comer bem.

Anónimo disse...

Lula da Silva é o presidente de que o Brasil precisava e de quem o mundo também necessita. Conseguiu credibilizar a economia brasileira, das poucas que não sofreu com a crise e move-se na diplomacia internacional de forma notável, sempre em prol da paz. Quem nos dera a nós, portugueses, termos um político assim.

PM disse...

Ó Pina a grande revolução de hoje é a do ouro negro.

“Em busca do ouro perdido”

São elevadas as expectativas, levantou esta manhã de Figo Maduro o Falcon 50, transportava a bordo uma comitiva de alguns, poucos empresários que os tempos não estão para mais, liderada por Indiana Zé, destino terras de Vera Cruz, com incursões previstas e não previstas por outros territórios, nada o pode desviar da sua missão.

A aventura prometia, logo à chegada o nosso Indiana num golpe de mestre consegue iludir toda a comitiva e respectiva segurança, lançando-se como é seu hábito pelos mais recônditos sítios, sem mapa, mas com um objectivo bem preciso em mente, conseguir trazer para o seu povo a arca sagrada que o tornará imbatível na resolução dos problemas da economia.

Logo na primeira esquina vê-se confrontado com três especuladores e dois membros poderosíssimos de outras tantas conceituadas agencias de rating, mas sem se deixar desfeitear saca do seu chicote e logo os especuladores metem o rabinho entre as pernas, quanto aos raters a receita aplicada teve que ser mais forte, um florete quinhentista desembainhado, três estocadas e assunto arrumado, bravo.

A arca, cheiro dela nem vê-lo, não desiste à primeira, nem à segunda, nem à terceira e já perto do palácio presidencial, local onde supostamente estaria a próxima pista vê-se acometido por um conjunto de bandalhos a soldo da oposição, coisa pouca, para quem manuseia com mestria um par de katanas do período xing, minutos depois todos por terra e lá descobre atrás dum vaso ameríndio a tal pista, o mapa que faltava.

Num repente aproveita para deixar sobre a secretária presidencial uma proposta para fornecimento de sete mil magalhães de quarta geração, oito mil torres eólicas de alto rendimento, dois estádios de futebol para 2014 e ainda um estádio olímpico para 2016, tudo na esperança de poder assim relançar a economia e enxotar de vez a crise que nos assola.

Consulta rápida ao mapa que aponta 4.500 km direcção NO, cidade de Caracas aí vou eu, embarca novamente no aeroporto do Galeão com o destino traçado, à sua espera desta feita apenas gente amiga, não há armadilhas nem truques, pois entretanto a sua fama já alastrara a todo o continente.

É muito bem recebido pelo chefe local, que promete pagar o quanto antes a última entrega de magalhães e deu uma ajuda preciosa a decifrar o mapa, pois a arca mais não era que a representação simbólica do poço de petróleo cuja exploração conjunta havia sido assinada ia para dois anos ainda sem proveitos, mas desta vez ficou a promessa firme de que finalmente iríamos poder começar a usufruir do ouro negro perdido.

José Mestre disse...

Cara Amiga

Ah! Não pense que vai sem resposta;)
O que eu quis dizer é que não é enchendo a boca com revoluções que se muda alguma coisa! É Fazendo!
Quanto á esquerda de que me fala… sim conheço a esquerda intelectual. E outras. Gosto, sobretudo, das que se misturam!
O meu velhote quando vinha do trabalhar na lavra costumava chegar a casa e ouvir a Rádio Moscovo. Contava-me ele. Como me contou daquela vez em que ele e mais três desobedeceram ao manageiro que os obrigava a trabalhar para além da hora e depois… ficaram uma semana sem paga!
Não vivi o tempo dessa esquerda que sofreu na pele, mas sei o suficiente para lhe tentar honrar a memória! Como vê, admiramos as mesmas pessoas!

Não a estou a ver com uma espingarda de pau, mas espero vê-la na manif de amanhã!

Saúde e fraternidade!

Anónimo disse...

Os pregadores da falsa moral

O mundo dos homens assistiu, ao longo da vida, a discursos de muitos pregadores. O pregador, com a sua pregação, pretende divulgar um determinado ideal de vida, fazendo discursos de mudança, com mensagens que podem ir desde a religião, à moral, passando pela política partidária.

Por:Rui Rangel, Juiz Desembargador

Desde Moisés a Jesus Cristo, passando por César, até Mussolini e Hitler, o mundo sempre se deixou galvanizar por estes discursos. Mas há bons e maus pregadores. O bom pregador, não o vendedor da ‘banha da cobra’, nem o ‘fazedor de consciências’, para fins ilícitos ou contra a humanidade, está, em princípio, de boa fé e genuinamente interessado em mudar as coisas para melhor. Ajudando a que todos fiquem bem e preocupado com o mal-estar das pessoas. O mau pregador, aquele que está de barriga cheia e que vive por conta do erário público, exercendo cargos cuja habilitação exigida é a confiança política, só pensa nos seus interesses e na rede de influências em que se move.
Confesso que não gosto de pessoalizar as questões. O que me dá gozo é discutir ideias, projectos e princípios. Mas desta vez não resisto à tentação de transpor a barreira que impus a mim mesmo. E faço-o com a consciência da transgressão.
O que pesam os pregadores que se seguem aos bolsos dos portugueses:
Faria de Oliveira: CGD, 371 000 euros; Vítor Constâncio: Banco de Portugal, 249 448 euros; Carlos Tavares: CMVM, 245 552 euros; Guilherme Costa: RTP, 250 040 euros; Fernando Pinto: TAP, 420 000 euros; Henrique Granadeiro: PT, 365 000 euros; Cardoso dos Reis: CP, 69 110 euros; Luís Pardal: Refer, 66 536 euros; José Manuel Rodrigues: Carris, 58 875 euros. A estes valores acresce carro com motorista, cartão de crédito, telefone, ajudas de custo, subsídios de representação e de compensação, participação na distribuição dos lucros e uma reforma milionária por tempo curto de serviço.
Os valores morais da pregação, para que possam ter autoridade, precisam de exemplos que venham de cima. Como podem alguns destes pregadores pedir aos portugueses mais sacrifícios e afirmar que precisam de mudar de vidinha? Como podem pedir ao Governo que faça contenção nos salários das pessoas que mal têm dinheiro para comer e sustentar os filhos e que têm perdido, de forma grave, poder de compra. Existe na boa pregação uma integridade moral e uma fortaleza inexpugnável que deve ser mantida. A alguns destes pregadores do regime, com uma pregação chocante, falta-lhes autoridade moral para pedir sacrifícios aos outros.

PM disse...

Ó Pina a nossa meta hoje em dia é mais física.

“Metafísica”

Está a decorrer lá pelos Brasis o III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, mais uma daquelas iniciativas de carácter duvidoso que povoam a nossa actual existência e nos deixam às voltas tentando perceber quem somos, de onde vimos, para onde vamos, questões metafísicas às quais o homem não consegue fugir, por muito rápido que corra.

Numa definição de civilização que recolhi às pressas obtive que é o estágio da cultura social e da civilidade de um agrupamento humano caracterizado pelo progresso social, científico, político, económico e artístico. O vocábulo deriva do latim civita que designava cidade e civile (civil) o seu habitante.

Dá que pensar, civilidade, respeito pelas normas de convívio entre todos nós é cada vez mais letra morta, pois à velocidade com que passamos uns pelos outros sem nos darmos conta, leva a que o convívio seja apenas institucional, o necessário, muitas vezes o imposto e por isso na maior parte das vezes resulta no frete da civilidade.

Estágio da cultura social e seu progresso, já viu e viveu melhores dias na nossa civilização, mas actualmente em que tudo é economia, já se deram conta disso, o social não é rentável, logo não encaixa no sistema actual, o que é rentável é o anti-social, é colocar o ancestral no asilo, que por acaso já não se designa assim, mas “golden age residence”, para poder render em consonância.

Progresso científico é o da pílula da felicidade, que promete prazer sem fim, em embalagens de cinquenta unidades, já as outras pílulas as comparticipadas, querem-se cada vez mais genéricas, mais em unidose e com uma comparticipação cada vez menor pois o estado da economia assim o recomenda.

Progresso político é aquilo que se vê, é enorme, todos querem agarrá-lo, pois é a melhor forma de progredir na nossa civilização se não se for bilionário, ou especulador, já a arte está a dar imenso a julgar pelo número de Picassos e Renoirs roubados de museus e colecções famosas, nestes últimos tempos.

Quanto á economia ouvimos todos os dias as notícias do seu percurso errante ora para cima ora para baixo, é tal qual um interruptor, por isso meus amigos divirtam-se muito por aí em mais esse fórum, mas não se esqueçam de nós e publiquem no final o relatório das conclusões relevantes para a nossa civilização, enquanto não fico-me pela análise do Pessoa, “há metafísica bastante em não pensar em nada”.