quarta-feira, 15 de junho de 2011

Um poema de Miguel Jorge

“Já não se vê o azul do azul,
o mar que se imagina
Um tempo que fora assim de uvas,
de frase e vinhos passados na memória
-E quem cuida das vinhas do mar?
O sono se desfaz no fim da linha,
sensual linguagem que mal se pronuncia
Cospem chuvas as uvas,
 verdes migalhas sobre a paisagem
Alguém fecha os olhos da noite,
 as feridas travadas dentro da casca,
 inutilmente expostas".

2 comentários:

Prof Eta disse...

Ó Pina um poema meu.

“Filho da política”

Eu sou um filho da política
Não nasci em berço dourado
Tu que és um filho enjeitado
Não me dirijas a tua crítica

Fica sabendo a pulso trepei
Desde o tempo das jótinhas
Para isto suei as estopinhas
E só depois o topo alcancei

Assim estou apto a governar
Certificado foi confirmado
Por este trepar conturbado

Tenho imenso pr’a vos dar
E muito mais pr’a vos sacar
Não façais olhar desconfiado.

Comporta-Opina disse...

Senhores da administração da Herdade da Comporta(empresa), nasci e vivo aqui á 46 anos e há coisas que não posso aceitar!
Em relacção às ditas cancelas, nunca houve necessidade, pois a população "indigena" sempre soube respeitar o lugar com o qual sempre conviveu. Se há alguém com culpa do "assalto" aos lugares que os senhores supostamente querem "preservar?", são e foram os senhores que ensinaram aos forasteiros na forma de usufruir das praias alternativas...