As renas são coisa de Deus?
Jesus coisa do Homem!
Pai Natal comercial!..
Consumismo e Capitalismo!
Coca cola e Linkiwinkis…
Mais guerra ou menos guerra!
O Homem coisa de Deus?
Quem manda nisto é o Dólar!
Se a crise fosse de Deus?
Nesta justiça de homens!?
Com Irão ou sem Irão…
G20, “ G3”, FMI e fome aqui!?
As Renas coisa de Deus?
O Mundo coisa de loucos!..
E quem lucra são muito poucos!
13 comentários:
Ó Pina depois do Natal vem o Janeiro e por fim o pandeiro.
“O pandeiro”
Anda tudo muito preocupadinho
Com a desgraça do pobrezinho
Por acréscimo do esfomeadinho
Assim estamos no bom caminho
Mas sobra sempre bom dinheiro
Pr’a entregar ao senhor banqueiro
Estabilizar o sistema financeiro
E por fim comprar um pandeiro,
Vou tocar forte o tal pandeiro
No dia trinta e um de Janeiro
E chamar o pessoal a terreiro
A monarquia foi experimentada
A república não deu em nada
Há que iniciar nova caminhada.
Ó Pina paradoxalmente não percebo.
“Paradoxo”
Portugueses estão a gastar mais
E o paradoxo de Zenão explica
Grandes e pequenas são iguais
E à carteira também se aplica
Posso por isso não ter dinheiro
Que é igual a possuir um milhão
É difícil de entender primeiro
Mas tal foi explicado por Zenão
Por tal paradoxo bem entender
Também o governo cá da malta
Pode sem muito dinheiro ter
Fazer boa vida e andar na ribalta
Os demais nunca irão perceber
Por isso um bom paradoxo faz falta.
Ó Pina a diferença está no fruto.
“Casa dos segredos”
O rating do país foi cortado
A Andreia contou os segredos
Aos clientes saltam os medos
Por aquilo que foi revelado
Um doutor muito importante
Numa viagem de negócios
Dedicou-se aos ditos ócios
Foi apanhado em flagrante
Do querido país entretanto
Também ficou conhecido
Que o rating desce tanto
Por negócio mal esclarecido
Resulta do ócio, não é espanto
Provaram o fruto proibido.
Ó Pina chora e ri.
“Sorrisos”
Por favor deixai-me chorar
Quando me invade a alegria
Por escutar a tonal melodia
Das cordas do piano a vibrar
Por favor deixai-me sorrir
Quando observo a inocência
Que me desperta a consciência
Do petiz a saltar, correr e rir
Não vendo as minhas emoções
Mas é possível que as ofereça
Ou as reparta em mil fracções
Bastando que o dia amanheça
Com sorrisos de luz aos milhões
E impeçam que este escureça.
Ó Pina Feliz Natal do fundo do coração.
“Coração aberto”
Aqui estou eu coração aberto
Perguntar-me-ão é possível ?
Tão pouco sei se é impossível
Sei que nunca estive tão perto
É certo que responder não sei
Mas também não vale especular
Apenas poderei experimentar
E desta forma descobrir-me-ei
Agora já sabes com que contas
O meu coração vou tentar abrir
Já sabes não há receitas prontas
E até pode a minha receita falir,
Ultrapassarei todas as afrontas ?
Só saberei se o coração se abrir.
Ó Pina ainda te lembras?
Já muitos se esqueceram.
“Esquecimento”
Estou aqui pr’anunciar
Já nasceu lá em Belém
Fruto que a Senhora tem
E veio pr’a nos salvar
Filho da virgem Maria
Obra do Espírito Santo
José acha-o um espanto
Rejubilai com alegria
Dois mil anos decorrerão
Prevejo vida complicada
Aos propósitos da missão
A malta andará atrapalhada
Será grande a convulsão
Já não se lembrarão de nada.
Ó Pina vai começar a pingar por cá.
“WikiLeaks à portuguesa”
Afinal havia outra cópia
Estava muito bem guardada
Ninguém suspeitava de nada
Já tirámos uma fotocópia
Está no abrigo subterrâneo
Para que não seja roubada
Irá começar a ser divulgada
Durante o próximo triénio
A primeira mensagem secreta
Que saiu para a boca adoçar
Tinha informação indiscreta
Sobre um caso problemático
Dançavam o tango a tropeçar
Foi um escândalo mediático.
Ó Pina faltava o discurso!
“Ladainha de Natal”
Meus caros concidadãos
Neste Natal tão atribulado
Não quero ser mal amado
Vou daqui lavar as mãos
Vejam-me como salvador
À crise vamos fazer peito
Faremos reformas a eito
O futuro será prometedor
O país assim reformado
Passará a ser respeitado
Não mais passaremos mal
Muito emprego será criado
O crescimento consolidado
Salvaremos o estado social.
Ó Pina como está o teu GPS?
“Amazónicos”
Esquecemos o GPS da alma
O nosso dispositivo milenar
Que nos impedia de crashar
Nunca mais tivemos calma
Podemos sempre reaprender
Com os índios da Amazónia
São duma ancestral colónia
E sempre se soube defender
Podíamos com eles caminhar
E o GPS da alma revitalizar
Pois na selva onde vivemos
Em que todos querem ganhar
E o ruído não pára de aumentar
Sem alma renovada morremos.
Ó Pina já sabes a notícia, o Zé foi pr'Angola.
“Resgatados”
Se queres alguém encontrar
Melhor é que fiques parado
Esperas um tempo sentado
Esse alguém há-de passar
Nós que estamos parados
Há espera de uma solução
Basta ficar nesta posição
Pela sorte seremos bafejados
Vão aparecer uns senhores
Com vistoso fato cinzento
Não são da casa de penhores
Trazem grande carregamento
São sim os nossos salvadores
Eu sabia, parado há salvamento.
Ó Pina vai um tirinho?
“Vai um tirinho?”
Este silêncio é insuportável
A menos que seja ignorado
Ou então seja transformado
Em algo de mais saudável
Este silêncio ensurdecedor
Transformamo-lo em metralha
Vamos assustar quem atrapalha
E nos impõe tanta fome e dor
Sei que é melhor as armas calar
Mas se nos andam a roubar
Perdoe-me lá quem de direito
Mais valem uns tirinhos pr’o ar
Do que este silêncio suportar
É tudo uma questão de respeito.
Ó Pina, cravos ao peito.
“RBP”
Rafael Bordalo Pinheiro
Já vos fizera um manguito
Estou de acordo com o dito
Só não me lembrei primeiro
Um é pouco, mais não digo
Que este povo é daninho
Mas também não adivinho
O porquê de tanto castigo
Rafael faz outra cerâmica
Que represente a dinâmica
Do nosso estado de direito
Será uma figura cómica
Doutorado em económica
E muitos cravos ao peito.
Ó Pina 2011 vai ser em cheio.
“Sempre em festa”
A velha crise vamos festejar
No Natal iniciámos celebrações
Com mais de cinco mil milhões
No ano novo vamos continuar
Já escolhemos quentes destinos
Brasil, Punta Cana e Ilha do Sal
Para início de festa não está mal
E não se aflijam meus meninos
Que isto é só pr’a aquecimento
Pois não somos dados ao lamento
Faremos de 2011 um ano à maneira
No Carnaval será só contentamento
A Páscoa passaremos no barlavento
E no Verão iremos até à Madeira.
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