quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Enquanto Portugal se afunda, os ricos não querem pagar a crise!

11 comentários:

PM disse...

Nem os ricos e os pobres também já não podem, rua ambos.

"Rua"

Despedir rápido e barato
E sem motivo atendível
Tal não parecia possível
Mas agora parece um facto

Desejo ver-me livre de ti
Passas na hora pl’a repartição
As tuas contas rápido farão
Já não trabalhas mais aqui

Segues rápido o caminho teu
Perguntas o que terá mudado
Foi um capricho que ocorreu

Ao ilustre comandante mercado
Imposto pelo servo europeu
Logo adoptado por este estado.

PM disse...

Ó Pina bora pr'a lá morar.

"Na lua"

A Nasa vai anunciar vida
Numa lua lá de Saturno
Agora até já nem durmo
Assaltado por uma dúvida

Depressa mando mensagem
Caro amigo aí dessa lua
Conta-me que vida é a tua
Pr’a ver se levam vantagem

Parece uma aposta acertada
Resposta acabada de chegar
Não têm crise nem nada

Passam a vida a descansar
É uma vida tão recatada
Eu vou-me pr’a lá mudar.

PM disse...

Ó Pina vamos fazer um aí na praia.

"Estádios de areia"

A Rússia ficou c’o mundial
Eles não brincam em serviço
Houve um grande reboliço
Pr’a nós um melão, é oficial

Nossos estádios ao abandono
Não conseguimos rentabilizar
Podemos à Rússia emprestar
Devolvem-nos no fim do ano

Pagam em caixas de vodka
Smirnoff, que nós aceitamos
Esta malta não se equívoca

Se o betão não rentabilizamos
Tentamos na próxima época
O dos matraquilhos humanos.

PM disse...

Ó Pina a faena continua.

"N’arena"

Andamos cá para penar
E é disso que tenho pena
Como do animal na arena
Quando o estão a tourear

Mantem toda a nobreza
Durante a lide é altivo
Tu tentas manter-te vivo
Tentas fintar com destreza

O destino mais que a sorte
Que à lide não vais escapar
Como o destino é mais forte

Tentamos a capa desfeitear
Que os ferros são passaporte
Para a nobreza conquistar.

PM disse...

Ó Pina nas nossas contas não falham.

“Merceeiro”

Para aliviar a classe média
Estamos a fazer um plano
Vigorará já no próximo ano
Nem fomos à enciclopédia

Fomos ao livro de mercearia
Vimos umas contas ancestrais
Percebemos como os demais
Que rumo a coisa tomaria

Para a economia revitalizar
Lançamos medida apropriada
Novas taxas vamos aplicar

Desta forma assim aliviada
Classe média pode descansar
Por ter a bolsa menos pesada.

PM disse...

Ó Pina quem te avisa teu amigo é.

“Avisados”

De cimeira em cimeira
Assim vamos vivendo
E outros lá vão dizendo
Que não será a primeira

Nem segunda ou terceira
Vez que aviso lançaram
Pois há sete anos avisaram
Pr’a presente desgraceira

Mas eu que não fui avisado
Tenho lido alguns manuais
Pelos quais fui informado

Os nossos desígnios actuais
E que nos têm afundado
Iniciaram em mil cento e tais.

PM disse...

Ó Pina fomos feitos para levar.

“Levas”

Com os controladores levas
Mas não é cá nestas terras
Cá só leva quem merece
Quando se mete com o PS

Levou também distinta mãe
Do D.Afonso primeiro rei
Grande fundador deste país
Por fazer o que ele não quis

Sem o saberes bem porquê
Levas tu também por tabela
Mas isso não importa já se vê

Vês-te enredado numa novela
Em que és o mau da fita Zé
E levas mais a cada cavadela.

Anónimo disse...

Situação Financeira e Parcerias Público-Privadas

http://www.sic.sapo.pt:80/online/video/informacao/Negocios%20da%20Semana/2010/11/situacao-financeira-e-parcerias-publico-privadas04-11-2010-03750.htm

PM disse...

Ó Pina a contenção é grande.

“A galope”

Na Madeira são laranja
Nos Açores é tudo rosas
No continente são prosas
E todo o mundo esbanja

O Alberto está na retranca
A César o que é de César
O Silva continua a avisar
E o José opina e atamanca

Neste clima de contenção
Temos a dívida a galopar
Alguém nos deitará a mão

E eu até já ouvi comentar
Terão encontrado a solução
Mas não a podem revelar.

PM disse...

Ó Pina hoje é o primeiro dia do resto da nossa vida.

“À lupa”

Vai ser analisado à lupa
O nosso querido Portugal
Na euro reunião semanal
Mais um dia que se ocupa

No final com todo o preceito
Arautos desenrolam o papiro
Tocam cornetins, eu suspiro
O que gastaram dava-me jeito

Da conclusão em voz alta
Dez páginas e o arauto rouco
Não se preocupam c’a malta

É só economia, fico louco
Apenas o Euro ocupa a ribalta
Para nós sobra muito pouco.

PM disse...

Ó Pina não é solução mas ajuda a esquecer.

“Défice”

Do défice somos escravos
Por gastar o que não temos
Acontece quando bebemos
À bruta demasiados tragos

Ficas com uma imensa azia
A cabeça a andar às voltas
Acontece-te se tudo gastas
Ficas com a carteira vazia

O melhor remédio então
Não para a situação resolver
Porque não existe solução

Mas ao menos vais aquecer
Apanhas um enorme pifão
A penúria poderás esquecer.