segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Afinal quem inviabliza e bloqueia? - Parte 2

E CONTINUOU DURANTE 4 ANOS...

Relação “azeda” entre Câmara de Alcácer e Junta da Comporta
(2008-07-09) disponível através de:  http://www.mirasado.pt/noticias.php?results=1&id=004166

“Relação azeda” foi como foi classificado na sessão de Câmara de 3 de Julho o relacionamento entre o Município de Alcácer do Sal e a Junta de Freguesia da Comporta.
Na reunião ordinária do executivo camarário que decorreu no salão nobre dos paços do concelho no passado dia 3, vereadores permanentes da Câmara (PS) e autarca da Junta da Comporta (CDU) “trocaram galhardetes” sobre a forma como os problemas desta freguesia têm sido tratados.
(…) Ainda sobre o problema que os pescadores da Carrasqueira estão a enfrentar, interviu Maria José Coelho Martins (CDU), presidente da Junta de Freguesia da Comporta, para manifestar o seu apoio às “gentes do mar”.
A autarca recuperou depois afirmações proferidas na ordem do dia pelo vice-presidente, João Massano (PS), e a discussão subiu de tom. Maria José Martins “apontou o dedo” ao executivo camarário e afirmou que a junta está a “fazer coisas que são competência da Câmara” e que “os pedidos da junta de freguesia não têm sido respondidos pela Câmara de Alcácer”. A autarca sublinhou que o município devia tapar os buracos das ruas da freguesia, melhorar a iluminação e proceder mais frequentemente à recolha de lixo.
A compra de um tractor para limpeza de fossas que o município alegadamente não ajudou a adquirir, o auditório da Comporta criticado pelo executivo mas que tem boas condições, o pólo da biblioteca que foi encerrado e depois reaberto e que na opinião da autarca apenas precisa de um novo chão, o transporte escolar que a junta deixou de fornecer por afirmar não ter condições para tal, foram outros tópicos abordados por Maria José Martins.
As declarações de Maria José Martins foram subscritas por Custódio Alferes, também da Junta de Freguesia da Comporta, cujo contributo veio aquecer ainda mais os ânimos, a pontos do edil Pedro Paredes ter ameaçado “expulsar” o munícipe do salão nobre e dar a sessão terminada por ali.
Custódio Alferes refutou as criticas do executivo que afirmou na reunião que a Junta da Comporta se tinha recusado pura e simplesmente a continuar a transportar crianças para a escola, dizendo que muitas vezes ele ou a secretária da junta deixavam o que estavam a fazer para poderem efectuar o transporte das crianças, uma vez que a autarquia não dispõe de um motorista credenciado para o efeito. O munícipe afirmou ainda que os apoios da Câmara à junta da Comporta têm sido “zero” e acusou o executivo de “má vontade” para com aquela freguesia.
Susana Matias, secretária da Junta de Freguesia da Comporta, tomou também a palavra para reforçar que o pólo da biblioteca da Comporta é bom, apenas necessita de um novo chão e afirmou que o auditório da freguesia é igualmente bom, frisando ainda que o projector do mesmo se encontrava a funcionar por empréstimo no auditório de Alcácer, ainda não foi devolvido e quando supostamente foi solicitado pela junta, o acesso ao mesmo foi-lhes negado.
Quanto à Comporta, Pedro Paredes disse que a Câmara não tem estado parada e a título de exemplo disse que trataram do resto dos arruamentos da Carrasqueira e num anel de casas que foi construído na Comporta fizeram “tudo o resto”.
Se você continuar a afirmar que nada foi feito na freguesia da Comporta, vou chamar-lhe mentirosa politicamente”, disse o vice-presidente, João Massano, à presidente da junta da Comporta, referindo como exemplo a realização de duas intervenções de 750 mil euros na Comporta. Quanto à questão do tractor que havia sido suscitada, João Massano referiu que tinha dito à Junta para indicar a forma como o município a podia apoiar, nem que fosse através de um empréstimo pela junta, cujo valor seria depois ressarcido pela Câmara, o que supostamente foi rejeitado pela junta.
Isabel Vicente, vereadora da Cultura (PS), afirmou que o auditório não tem condições para acolher espectáculos, o que consta inclusivamente de um relatório do Ministério da Cultura. Quanto ao projector, a vereadora diz não ter tido conhecimento de quaisquer solicitações do mesmo. Relativamente ao chão da biblioteca, não vai ser arranjado por agora.
O vereador Helder Serafim (PS) interviu também para afirmar que a recolha de lixo na Comporta é às segundas, quartas e sextas-feiras e aos domingos, sendo essa recolha feita pelo novo veículo que transporta mais quatro toneladas que o anterior, o que é suficiente, na sua opinião, frisando ainda que a Câmara não tem mais meios. Quanto aos buracos nas estradas, Helder Serafim disse que têm estado à espera que a Herdade da Comporta tenha a iniciativa, até porque “é o principal interessado”, mas como há quatro zonas que precisam de intervenção, vai tapar os buracos, embora acredite que daqui a um mês tudo vai estar igual, uma vez que o pavimento não é asfalto. O vereador informou que vai ser candidatada à CCDR a construção da ETAR da Comporta e quanto ao transporte escolar, disse que a Junta tinha dois anos para se adaptar às novas disposições da legislação, pelo que a autarquia ainda tinha condições para continuar a efectuar o transporte das crianças.

À parte da “troca de palavras azedas” entre Câmara e Junta da Comporta,(...)"

Parece-nos que tudo isto foi esquecido, que querem fazer mais do mesmo.
E os outros, que defendem que se deve fazer diferente, para a Comporta não continuar numa "guerra" com a Câmara é que são bloqueadores e não se preocupam com a Comporta!?
Uma coisa é certa, assim não podemos continuar. E no que depender de nós, não vamos deixar perpectuar esta forma de trabalho nem compactuar com ela.
Vamos lutar pela Comporta acima de quaisquer interesses pessoais ou partidários.
Nós sim, somos pela Comporta e pelo seu povo.

5 comentários:

Anónimo disse...

Realmente a Zézinha só está a pensar nela e nos interesses do partido.
E o resto?
Vamos continuar sem ver nada feito na Comporta?
Os partidos, as guerras e as amizades agora têm de deixar de existir.

J.Paixão e amigos disse...

Apelo a todas as pessoas de bom senso, que leiam e reflictam sobre estes posts.
A este tipo de comportamentos podemos chamar de "virulentos"! A freguesia não ganha nada, quando se faz representar por executivos pouco coordiais e pouco diplomáticos!
Pelo bem da Comporta e das suas populações temos de respeitar as instituições e trabalhar com elas.
Não podemos virar costas à Câmara nem às forças vivas do Concelho.
Isto é o perfil decente dos representantes de uma Junta de Freguesia?
25 de Abril sempre! Mas com diálogo e sem intenções maquiavélicas.
Viva a freguesia de Comporta!

PM disse...

"A culpa é de todos em geral, mas não é de ninguém em particular" e nós é que vamos todos acabar por perecer.

“Atalhar caminho”

No momento em que escrevo estas palavras já não consigo detectar no nosso planeta sinais de qualquer ser humano vivo, e temo em breve ir juntar-me a todos os demais, mas este meu último acto quero realizá-lo na convicção de poder ajudar alguma civilização que possa um dia visitar a Terra e venha a encontrar esta mensagem.

Nós terminámos desta forma pois a pouco e pouco fomo-nos alheando um dos outros enquanto seres iguais e criámos formas de divergir, de nos tornarmos de mais em mais diferentes e distantes, de criar clivagens a todos os níveis até se atingir o fim que desde há algum tempo se adivinhava.

Foram várias as formas que encontrámos para nos conseguirmos dividir cada vez mais, desde os títulos às classes, do dinheiro ao poder, dos cultos às crenças, da cor da pele à diferença de idade, das tribos às regiões, enfim tudo serviu para que não nos olhássemos mais como semelhantes, mas como dissemelhantes e até como fardos uns dos outros.

Passamos depois a adorar as coisas que dominávamos e possuíamos, mas era uma adoração efémera pois logo queríamos possuir outras coisas e desta sensação de domínio das coisas, passámos sem nos darmos conta, a ser dominados por essas mesmas coisas, o que nos afastou ainda mais uns dos outros.

Por fim já fazíamos parte não de uma sociedade, mas de uma economicidade, em que éramos tratados como meios de produção, como números para as empresas para as quais trabalhávamos e para o estado que nos cobrava impostos, até limiares que começaram a tornar-se incomportáveis, tal era a ânsia de resultados imediatos.

E para culminar toda esta forma de degradação acelerada eis que surge uma gripe desconhecida, para a qual logo se produziu a respectiva vacina, mas como não era suficiente para todos logo os poderosos do topo da pirâmide resolveram criar uma lei para vacinar primeiro os imprescindíveis, onde eles próprios estavam incluídos.

Mas o vírus avançou de forma tão terrível e devastadora que se esqueceram que qualquer pirâmide sem a sua base não é sustentável e quando tentaram emendar a mão já era demasiado tarde e toda a pirâmide se desmoronou, levando à extinção da nossa raça, pois os que sobreviveram por via da vacina, só depois se deram conta de que não conseguiam sobreviver sem os outros.

E eu que tive a infelicidade de ter vivido estes minutos para além de todos os outros e de ter assistido a todo este horror espero pelo menos ter contribuído com este meu último escrito para salvar alguma outra civilização que ao lê-lo esteja ainda a tempo de atalhar caminho.

Bloco Esquerda Grândola disse...

Ser "pela nossa freguesia" não fechar os olhos a tudo nem compactuar com tudo. Ser pela nossa terra é fazer barulho e protestar cada vez que for preciso, acusem-nos daquilo que nos acusarem. No outro tempo, ser por Portugal era ir para a guerra e até isso teve que acabar, deixemo-nos de tretas. Vamos agora ficar de mãos atadas porque almas iluminadas dizem que se não estamos de acordo, empatamos?
Isso... já foi... há muito tempo. E é exactamente por isso que o Bloco existe: para fazer a diferença, não hajam confusões.
Bom feriado a quem o tem.

Anónimo disse...

As portas que abril abriu

Ary dos Santos

"Agora, niguém mais cerra as portas que Abril abriu", mas foram bem encostadas

http://www.youtube.com/watch?v=lMotMW-kr1M&feature=related