domingo, 10 de janeiro de 2010

Embarcação tradicional: " Galeão do Sado "


Galeão “Reconverte-se” ao Sal




“Cerca de 1920, aparece em Setúbal o galeão a vapor na arte do cerco americano e os anteriores galeões, a remos e vela, são convertidos para carga, sobretudo fluvial, depois de modificado o convés e a armação. O casco não sofreu alteração e, com a sua forma alongada de entradas e saídas de águas finas, deu embarcações andejas e bolineiras muito diferentes dos iates e laitaus.

A armação foi modificada passando a área da enorme vela bastarda a ser repartida por uma vela carangueja e um estai, desaparecendo a pesada e longa verga do bastardo. Tornou-se, assim, possível reduzir a tripulação a dois homens ou, no limite, a um casal. Ficou com a armação de cuter, com um mastro vertical, sem gurupez, amurando a vela de estai na roda de proa. A vela grande tem duas ou três ordens de rizes e ferra para a carangueja arreada no convés. O casco era de popa ogivada com leme por fora e a proa quase vertical. O convés era corrido, com duas grandes escotilhas para a carga pela ré do mastro, uma mais pequena para vante do mastro, e dois albois, um para o rancho da proa e outro para a câmara da popa.

“Os primeiros galeões de carga resultaram, assim, da reconversão dos galeões da pesca, inicialmente os mais pequenos, menos rentáveis na pesca. Posteriormente e até 1954, construíram-se muitos galeões de casco semelhante aos primitivos, mas maiores.”

Comprimento fora a fora (comp. total) 13 a 18 metros
Boca (largura máxima) 3,7 a 4,3 metros
Pontal (altura do casco) 0,9 a 1,2 metros

Excerto do texto de Henrique Cabeçadas “Embarcações Tradicionais Sado”

5 comentários:

Anónimo disse...

O menino que consertou o mundo

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios para minorá-los. Passava dias no seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajuda-lo a trabalhar.
Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse distrair-lhe a atenção. Até que se deparou com o mapa do mundo. Com o auxílio de uma tesoura, recortou-o em vários pedaços e, junto com o rolo de fita adesiva, entregou a seu filho:
- Vou-te dar o mundo para consertar. Vê se consegues. Fá-lo sozinho.
Pensou que, assim, se livrava do garoto, pois ele não conhecia a geografia do planeta e certamente levaria dias para montar o quebra-cabeças. Uma hora depois porém, ouviu a voz do filho:
- Pai, já fiz tudo. Consegui terminar !
Para a surpresa do pai, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino tinha sido capaz?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia uma figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e descobri que tinha consertado o mundo.

Anónimo disse...

«Poesia em Vinyl» com Valter Hugo Mãe

O autor de o apocalipse dos trabalhadores é o primeiro convidado de «Poesia em Vinyl», projecto organizado por Raquel Marinho e Luís Filipe Cristóvão. Anote: sessão inaugural dia 14 de Janeiro, no restaurante Vinyl (Travessa da Galé, 36, em Alcântara, junto da antiga FIL), a partir das 21h30. Valter Hugo Mãe falará dos seus poemas, com leituras de Fernando Alves e música de JP Simões. A entrada é livre.

«A Poesia em Vinyl é um projecto que pretende divulgar novos poetas e novos músicos, num mesmo evento, a decorrer uma vez por mês, até ao fim do ano de 2010. O evento realiza-se no restaurante/bar Vinyl, situado no edifício da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Os poetas convidados nasceram todos depois de 1970 e têm vários livros disponíveis no mercado. A ideia é dar-lhes um espaço onde possam falar sobre si próprios e a sua poesia, seguido de uma leitura de alguns dos seus poemas. Vai também ser convidada uma figura pública para, no final desta apresentação, e antes de dar a palavra ao público, ler um poema do poeta da noite. Uma vez que o Poesia em Vinyl vai decorrer num restaurante, os poetas são também convidados a escolher uma entrada, ou uma sobremesa, ou um petisco de que gostem. A conversa da noite começará, assim, à volta dessa escolha gastronómica do poeta, que é uma forma de começar a quebrar eventuais gelos de início de noite.»

Anónimo disse...

Novo romance de Valter Hugo Mãe editado pela Objectiva


O autor de O Nosso Reino (Temas e Debates), O Remorso de Baltazar Serapião e O Apocalipse dos Trabalhadores (ambos na Quidnovi) regressa com um novo romance em Fevereiro com o selo da Objectiva. Em Julho, Valter Hugo Mãe adiantava nas páginas da LER (nº 82). «Estou a meio do livro. Trata-se do senhor Silva que tem 84 anos e acaba de perder a esposa com quem passou mais de 50 anos de vida em comum. A narrativa pretende fazer um exercício de justificação para a vida depois de uma perda desta dimensão. A morte da companhia é uma fractura terrível mas o ser humano segura-se à vida mesmo sem perguntar o que é que ainda falta. Trata-se de um texto muito forte com passagens muito duras mas também com páginas de uma certa casmurrice, senilidade e ternura. [...] No livro digo que a velhice é suportável porque vamos perdendo a consciência das coisas. O que parece uma asneira para os mais novos é um mecanismo de sobrevivência dos mais velhos para manter o corpo vivo, apreciando alguns raios de sol depois de uma tragédia tão grande. Tenho a certeza que não vou chegar a velho, por isso escrevo o pensamento de um homem mais velho do que eu. Vi chegar a minha calvície aos 19 anos, aí percebi a precocidade da discrepância entre idade real e idade aparente.»

Anónimo disse...

valter hugo mãe em entrevista que vale a pena ...

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"Completei o estágio enquanto advogado, e percebi definitivamente que aquele não era o meu mundo. Portugal é um país de "senhores doutores". Quando estamos perante um "senhor doutor" parece que todos os outros seres humanos se anulam. Entendi que o meu mundo não era de "senhores doutores", é um mundo de gente real, com problemas a sério. Tive de fugir a sete pés."

http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_mae_a_poesia_obrigame_a_viver.html

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"Num certo sentido sou. Tenho muitos motivos de alegria, mas não tenho dúvida de que a natureza da arte advém da insatisfação. Digo muitas vezes que um artista satisfeito não existe ou é estúpido. A satisfação é momentânea."

http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_mae_o_problema_agora_e_nao_cristalizar.html

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"O grande desafio do artista será enlouquecer de tal modo alguém perante uma obra de arte que esse alguém se torne fanático pela obra como uma mãe é fanática pelos seus filhos. É utópico e absolutamente delirante, não há nenhuma obra de arte que mereça o amor que merece um filho."

http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_mae_ciclicamente_fico_farto_de_mim.html

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"Mais pila menos pila, qual é a diferença? Toda a gente tem uma pila, os homens obviamente. É uma tristeza absoluta, no século XXI, um pila ser assim uma coisa inédita. Só eu é que tenho?"

http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_mae_deus_tem_de_ser_um_bocadito_azelha.html

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Anónimo disse...

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http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_
mae_a_poesia_obrigame_a_viver.html
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http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_
mae_o_problema_agora_e_nao_cristalizar.html
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http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_
mae_ciclicamente_fico_farto_de_mim.html
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http://jpn.icicom.up.pt/2008/01/14/valter_hugo_
mae_deus_tem_de_ser_um_bocadito_azelha.html
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