Vimos por este meio apresentar o nosso descontentamento perante a falta de oportunidades que o Concelho apresenta aos jovens.
Não é necessário despender grandes investimentos, nem monetários nem temporais, para compreender que a capacidade do concelho para apresentar estabilidade aos jovens é inexistente. Também não é necessário ser muito inteligente para compreender porquê, mas mesmo assim nós ajudamos.
Vamos falar aqui da Comporta, que é do que temos melhor conhecimento de causa, embora acreditemos que se estende ao resto do Concelho.
Começamos por insistir no ponto que mais nos preocupa, a desertificação da aldeia em prol de um turismo sazonal. Convidamos o Senhor Presidente a visitar a Comporta num dia de semana (ou mesmo sem ser) fora da época de Verão, e depois venha-nos explicar porque é que não se vê ninguém.
Mas se não tiver disponibilidade para tal, nós explicamos.
EMPREGO? Onde está? O comércio local, onde a hotelaria se releva, sustenta-se principalmente no turismo. Os comerciantes mal têm recursos para poderem sobreviver ao enorme Inverno. Os empregos que eles podem oferecer é na altura do Verão, depois disso mal têm para manter o negócio. Que emprego é que a Comporta pode mais oferecer? Na Carrasqueira temos a pesca, mas também esta por vezes se torna complicada. Oportunidades para os jovens? Não há! Nem para os mais jovens, nem para os menos jovens, independentemente das habilitações literárias.
HABITAÇÃO? Nem pensar! Os terrenos são vergonhosamente vendidos à licitação mais alta. Para a Câmara é fantástico, porque ganha uns trocos. Para quem tem dinheiro, também! É um investimento para aqueles que depois os vão vender por um bom dinheiro. Para quem não tem? Também, pede-se um empréstimo, e depois recupera-se o dinheiro e ganha-se mais algum para comprar uma boa casa noutro sítio qualquer.
Quantas pessoas compraram terrenos e estão realmente a usufruir deles? A Câmara não vê isso? Não precisam de cá vir, basta fazerem uma breve pesquisa na internet para verem que as pessoas ou estão a vender os terrenos ou as casas.
E quem quer realmente cá ficar? Quem trabalha no Concelho, quem quer contribuir para o desenvolvimento? Não pode! Porque a Câmara não tem o menor interesse em ver realmente quem precisa de casa, quem quer realmente morar cá... Será assim tão difícil? Não haverá forma de entregar os terrenos de forma honesta a quem precisa deles? Grândola consegue fazê-lo no Carvalhal... E é aqui tão perto, e as pessoas têm outro tipo de oportunidades e ficam mesmo lá!
SAÚDE? Ir para a porta do consultório às 5 da manhã? Nem vale a pena continuar...
E poderíamos continuar com a lista, porque a continuar assim, qualquer dia não vai ter eleitores. O Concelho vai viver na sombra de um turismo elitista que só interessa em questão de euros... e não sabemos muito bem a quem...
Agora que dizem que vão sair terrenos, veja bem o que lhes vai fazer... Pense no povo e não no dinheiro...
Com muito mais assuntos, com os melhores cumprimentos,
Comporta Opina
3 comentários:
Ó Pina diz-me quais são as tuas opções, dir-te-ei quem é o teu líder.
“A voz do dono”
Quem não se lembra da velhinha etiqueta discográfica “His master’s voice”, ainda do tempo dos discos de grafonola, que era representada pela imagem de um cão sentado perto da campânula do dito instrumento musical, cuja tecnologia de reprodução não era ainda muito apurada e por vezes reproduzia algumas notas dissonantes.
Mas quase sempre é necessário que surjam notas dissonantes para que depois se possa alcançar a evolução e a harmonia musical, coisa que hoje em dia pouco se pratica pois fica-se quase sempre pelo politicamente correcto, talvez por incapacidade ou receio de ir contra a voz do dono e arcar com as consequências que tal possa acarretar.
É uma forma estranha de actuar, mas muito comum, ainda temos bem presente a recente votação na nossa Assembleia da República em que apenas foram concedidas algumas excepções, mas todos os resultados foram condicionados pela disciplina de voto imposta pelas diversas corporações presentes no hemiciclo, qual resposta de presente à voz do dono, perdão, do líder.
Para além de estranha é uma forma castradora de actuar pois não havendo dissonância, a música sai sempre igual e harmoniosa, mas não permite descobrir caminhos de evolução que só o politicamente incorrecto permitiria discutir e desbravar, assim parece andarmos num vai e vem constante entre o nada e o coisa nenhuma, a julgar pelos avanços reformistas da anterior legislatura que estão agora quase todos a fazer marcha a ré.
Diz um conhecido artista nosso contemporâneo que um artista satisfeito não existe ou é estúpido, seguindo esta linha de raciocínio eu diria também que um político satisfeito não existe ou é estúpido e isto sentido lato, em que todos somos actores políticos e não nos podemos conformar com aquilo que observamos ao nosso redor, se nos conformamos é porque somos estúpidos ou o nosso dono, perdão, o nosso líder, não nos permite exercitar melhor a nossa capacidade de observação.
O que nos resta então, resta-nos escolher entre o dono, perdão, entre o líder que nos proporciona o melhor conforto, em troca claro está da castração do nosso sentido de observação e da possibilidade de intervenção e de mudança de tudo aquilo que nos rodeia, ou sermos cães vadios e portanto não termos que atender à voz do dono.
Via mais ele com um só olho do que nós com todos ...
As obras e os favores concedidos
Que, do rectângulo à beira mar,
Por valores nunca antes tentados,
Passaram ainda além dos milhões,
Em cartas e envelopes disfarçados
Mais do que prometia a corrupção humana,
E entre contas remotas edificaram
Novas mansões, que tanto desfrutaram;
E também as cunhas gananciosas
Daqueles boys que foram somando
A lábia e o discurso indecoroso
De junta a hemiciclo foram habitando,
E que por promessas imaginosas
Se vão da lei da Vida alheando
Gritando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
"Sonhos de um Presidente Tonto"
"Sindicatos irão passar a fazer elogíos a Executivos camarários!!"
O título anterior, poderia até fazer parte de uma rábula dos gatos fedorentos, mas não,ele é apenas um sonho de um visionário, desajustado e imaturo que nos governa o munícipio!
O episódio passou-se numa reunião do sindicato com o Presidente da Câmara no dia 30 de Novembro.
Questionado pelo sindicato porque não cedia transporte aos trabalhadores para a sua deslocação a plenários, Pedro Paredes respondeu:
"-Não haverá cedência de transportes para os trabalhadores irem aos plenários e logo de seguida virem "INSULTAR" o Executivo da CMAS!"
Qualquer pessoa de bom-senso que oiça uma coisa destas das duas uma, ou é levado a pensar que Pedro é uma das personagens da "Alice no País das Maravilhas!", ou então, este personagem Pedro, se não existisse, tinha que ser inventado!
Certo é que para mal dos nossos pecados, ele existe mesmo!
Convém então, esmiuçar a "ingenuidade de raciocínio" de Pedro:
Numa lógica espatafúrdia de conhecimento, Pedro acha que os sindicatos existem para fazerem elogios ao seu executivo e não críticas construtivas que sirvam para zelar pelos direitos dos trabalhadores!
Fenomenal, mas merecendo uma resposta básica adequada:
-Pedro, elogios terias se respeitasses os direitos dos que trabalham,se fosses um gajo democrata, honesto e cumpridor das leis! Coisa que não és, e não te esforças por ser!
Além disso, DAAA! Pedro, TU és o "PATRÂO!"...P-A-T-R-Â-O!,tás a topar? Não, então diz lá à gente qual é a tua dificuldade em entender?!
Vives em Marte, ou és um Allien, vindo de um planeta todo cor-de-rosa?!
Talvez, vivas apenas nesse teu planeta cor-de-rosa e não sirvas mesmo para governar ninguém!
Se calhar, não passas de um menino carlinhos mimado, a fazer birra batendo o pé quando és contrariado, criticado, ou quando um outro menino te tira a bola fazendo-te sentir um reles ESCARAVELHO do tipo:
"-Mãezinha, mãezinha, eles dizem "mal" do menino, também não lhes hei-de dar o autocarro, tomem lá!"
Vê se cresces Pedro e deixa de nos brindar com incoerências, com vinganças e com demagogias!
Vê se arranja um assessor à altura, que não te deixe ao menos dizer baboseiras, para parecer que não és assim tão reles!
TCHAU BIMBO!
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