quinta-feira, 16 de junho de 2011

Os Pescadores " porque é das minhas memórias..."

"...Só os vapores fizeram, em 1922, vinte mil contos, números redondos, em peixe
graúdo, e os cercos cinco a seis mil contos de réis em sardinha. Em Setúbal partem
todos os dias os barcos para o mar. O movimento redobra. Setúbal e Olhão são os dois
grandes portos de pesca. Sardinha – sardinha – sardinha... Esta península da Outra
Banda, limitada por duas baías, devia ser um paraíso, pelo seu excepcional clima e pela
sua luz admirável, e bastante, só ela, para, terra e mar, alimentar duas ou três vezes a
população de Lisboa, se terra e mar fossem convenientemente cultivados. Mas nós só
temos um sistema bem organizado – o da destruição..."

in:Excerto do livro de Raul Brandão, Os Pescadores.

6 comentários:

Prof Eta disse...

Ó Pina isto vai aquecer.

“Quinto dos infernos”

Une a saúde à segurança social
Une a defesa ao contra-ataque
Desarranjo intestinal ao traque
Trabalho deves unir ao carnaval

Não necessita ser unida a cultura
Economia e finanças fazem união
O ambiente deves unir à poluição
Os nabos unes com a agricultura

Feita a contabilidade até à exaustão
Seis ministros são quanto bastará
E na verdade o povo nem notará

Resultado da brilhante governação
Ocupado nestes tempos modernos
Andará, lá pró quinto dos infernos.

Prof Eta disse...

Ó Pina a mudança começa em ti.

“Muda-te”

Maioria para a mudança!
Tem data e hora marcada
Pior é se não muda nada
Quem irá encher a pança?

Serão os da governança?
E mais os da retaguarda?
Melhor gritar, ó da guarda!
Não se viu já esta dança?

Eles entrarão com pujança?
De espingarda municiada?
Ou a pólvora está molhada?

Gastou-se toda a esperança!
Muda-te para outra esplanada
Se não queres levar porrada.

Prof Eta disse...

Ó Pina se quiseres também te ajudam.

“O império contra-ataca”

Prenderam a Jesus Cristo
Lá para os lados de Atenas
Ou um descendente apenas?
Nunca tinha visto estas cenas

Os soldados do imperador
Tinham uns cascos do baril
Usavam filtros no trombil
Distribuíam a mais de mil

Usava um casaco vermelho
Que envolvia cada joelho
Arrearam-lhe com jeitinho

Para quando se vir ao espelho
Ter intacto o seu corpinho
E ajudaram-no no caminho.

Prof Eta disse...

Ó Pina diverte-te.

“Os palhaços”

Resolver a crise financeira
Crescimento a seguir vem
E o estado social também
Acabar com a bandalheira

Preparar a nossa juventude
Estancar os esbanjamentos
Anular os constrangimentos
Que a justiça também mude

Tornar toda a malta saudável
Correr com todos os bandidos
Parece uma lista louvável

O pior é que estamos falidos
Quem será o responsável
Por mater-nos divertidos?

Prof Eta disse...

Ó Pina paz às nossas almas.

“Triste sina”

Aterrarão amanhã outra vez
Com o governo reúnem os três
Eles que não tomaram posse
Verão o que é bom pr’a tosse

Pró catarro e rouquidão também
Outro personagem também vem
Todo de negro e capuz, é a morte
Parece ter acabado a nossa sorte

Esta é uma missão espiritual
Vêm dar-nos a extrema-unção
Nunca supus, é o fim afinal

Estão cá pr’a salvar nossas almas
Já que o resto não tem salvação
Aqui vai uma salva de palmas.

Anónimo disse...

Espanha pede ajuda à União Europeia por causa dos pepinos;

já Portugal pediu ajuda à União Europeia por causa duns nabos...