Boa situação financeira em Alcácer do Sal incute responsabilidades
A boa situação financeira por que a Câmara Municipal de Alcácer do Sal passa vai incutir várias responsabilidades para o mandato autárquico que se segue, nomeadamente no que diz respeito à proliferação de projetos e obras que dinamizem o concelho e ajudem as famílias mais carenciadas. Torres Couto, candidato do PS à autarquia, admite que “deveria ter sido feito mais” e aponta para “o desemprego e a desertificação” como os maiores problemas do concelho, ao passo que Vítor Proença, da CDU, adianta a intenção de “não mexer nas taxas já aprovadas para 2014”.
“Tudo o que seja benéfico para a população vai manter-se inalterado”, afirma Vítor Proença, referindo-se à redução aprovada pelo atual executivo relativamente ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e à taxa de Derrama para pequenas e médias empresas. O candidato da CDU adivinha novas medidas de austeridade apresentadas pela administração central a partir do início do próximo mês de outubro, razão pela qual deseja baixar o nível de quoficiente de avaliação patrimonial em Alcácer do Sal “que prejudica muitas famílias”.
Ana Penas, candidata do Bloco de Esquerda à autarquia, culpa os passados executivos CDU e PS que nos últimos 38 anos “não souberam dinamizar a economia e contrariar as principais problemáticas do concelho”. Acerca do IMI, Ana Penas critica as especulações imobiliárias provenientes de empreendimentos turísticos que se tornaram “num autêntico bluff como na Barrosinha” e fizeram aumentar brutalmente o valor dos terrenos em Alcácer do Sal, prejudicando assim as famílias que pagam mais IMI e rendas.
Neste ponto das taxas municipais, Teresa Noronha, do CDS PP, deseja aliar a descida do imposto à fixação de jovens no concelho “através da redução do IMI para quem arrendar casas a jovens casais”. Por seu lado, Pedro Goucha, candidato do PSD à edilidade aponta para a necessidade de atrair mais pessoas a Alcácer do Sal, sendo através dos baixos impostos ou do impulso à revitalização da zona industrial e do turismo nas várias vertentes.
O crescimento do turismo em Alcácer do Sal é apontado pelos candidatos como uma potencialidade para os próximos quatro anos, sendo através do recurso a entidades turísticas do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo ou a partir duma campanha de comunicação das ofertas do concelho noutros pontos do país. Pedro Goucha avança com a ideia de construção de uma escola profissional de turismo para a formação de jovens locais neste setor, com o intuito de “o investimento privado ver neste estabelecimento um posto de recrutamento, diminuindo assim o desemprego em Alcácer do Sal”.
Vítor Proença explica a necessidade de reajustar a quantidade de camas turísticas em Alcácer do Sal à procura existente. “Há 46 mil camas turísticas num concelho que não possui um grande chamariz aos turistas”, frisa o candidato da CDU, adiantando que Alcácer do Sal tem as potencialidades que não foram aproveitadas e que levaram a que o concelho se tornasse no menos ativo de todos no Alentejo Litoral. “O turismo do descanso e de evasão carateriza perfeitamente o concelho e tem de ser potenciado ao máximo no próximo mandato”.
Para o candidato socialista, Alcácer do Sal possui uma oferta policêntrica no turismo, gozando de praias magníficas, a natureza que carateriza o interior e o rio Sado que atravessa o concelho mas que não vê as suas potencialidades aproveitadas. Já Ana Penas relaciona o crescimento do turismo à proliferação de postos de trabalho, porém não considera serem bem vindos empreendimentos turísticos compostos por palácios que não oferecem nada de bom à população.
Teresa Noronha entende que alguns locais que estão abandonados no concelho, como algumas escolas, devem ser aproveitados para ser criado um centro de ciência viva, “o que traz muitas escolas de todo o distrito ao mesmo tempo que contribui para uma melhor oferta educativa local”. Relacionada com a oferta turista, a certificação de produtos endógenos do concelho, como o pinhão ou o arroz é uma forma de potenciar a agricultura e a imagem de Alcácer do Sal além limites concelhios. A candidata do CDS PP afirma existir “um entrave ao desenvolvimento local que vai ser encontrado no próximo mandato”.
A criação de emprego, apesar de não ser diretamente relacionada com os poderes da autarquia, passam também pela responsabilidade dos candidatos para os próximos anos, sendo que “o crescimento da zona industrial de Alcácer deve crescer para norte”, avança Torres Couto, ao passo que Vítor Proença deseja rapidez no licenciamento das atividades económicas que se queiram instalar no concelho “já que os empresários têm um cronómetro imposto pelo banco para avançar com o negócio”. Já Ana Penas critica a existência de “empresas fantasma na zona industrial que apenas impedem a instalação de novas mais dinâmicas” e Pedro Goucha defende novas acessibilidades para a zona industrial.
“É preciso criar uma via verde para os licenciamentos de negócios na autarquia, principalmente para aqueles que oferecem boas condições de trabalho e garantam a sua permanência”, afirma Torres Couto, para quem o gabinete de apoio ao empreendedorismo na autarquia tem de ser rápido, agressivo, estimulante e seletivo. O emprego está diretamente relacionado com a recuperação do comércio local que “há uns anos albergava três ou quatro funcionários por loja mas hoje luta pela sobrevivência”, avança Ana Penas, que culpa os passados executivos PS e CDU pelo sucedido no comércio.
“Quando existem quatro supermercados em Alcácer do Sal que possui 14 mil pessoas, o comércio local enfrenta uma brutal concorrência que acaba por ser injusta”, frisa a candidata do PS, acrescentando que a autarquia devia ter antecipado o estrangulamento do comércio local. O atraso no programa de Requalificação Urbana de Alcácer do Sal (Ruas) tem sido contestado pelos comerciantes devido ao afastamento da população à zona ribeirinha, o que para o candidato do PSD “consiste numa tarefa muito difícil para o próximo mandato, uma vez que a população desabituou-se de frequentar a zona ribeirinha”.
Vítor Proença, por seu lado, considera ser necessária uma reavaliação do projeto mas não nos seus fundamentos, “apenas em alguns pontos que não foram bem estudados e tornam-se inconvenientes”. Para Torres Couto, os atrasos deveram-se à falta de cadastro municipal sobre as antigas estruturas municipais, o que se tornou um grande incómodo para o empreiteiro, mas não retira as partes da responsabilidade do executivo PS que lançou a obra. Já Ana Penas acusa a câmara municipal de entregar a gestão da água à empresa Águas de Portugal por 50 anos quando esta está prestes a ser privatizada, “o que vai consistir num grande ataque ao uso público da água”.
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Rogério Matos - 24-09-2013 17:25 |
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Resumo do debate dos candidatos à Câmara de Alcácer em 23 de Setembro.
in: Setúbal na Rede
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Programa do BE à Junta de Freguesia de Comporta: O FUTURO SOMOS NÓS!
PELA TERRA E PELOS FILHOS!
Por detrás de cada partido existe todo um conjunto de pessoas dedicadas que trabalham e lutam por aquilo em que acreditam. As metas nem sempre são fáceis de alcançar, contudo, o facto de acreditarmos naquilo que fazemos é uma ajuda valiosa.
Acreditamos que com a participação de todos é possível tornar a Comporta num local melhor e, para tal, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance.
OBRAS DE INTERESSE SOCIOECONÓMICO
*Criação de um parque de campismo
*Requalificação do espaço do mercado /caravanas e construção de casas de banho definitivas
*Passadiço até a praia para peões e bicicletas
*Criação de lotes de habitação social em todos os loteamentos de iniciativa municipal
*Criação de um mercado de venda de produtos locais
*Melhoria da sinalização de trânsito, Bandas sonoras, passadeiras
*Nos acessos à aldeia sinalização e sinalética de indicação das áreas de interesse
*Aquisição de contentor de abrigo para apoio ao posto de saúde
*Providenciar transporte para deslocação de crianças e idosos em diversas ocasiões (deslocação à praia, centro de saúde, passeios…)
AMBIENTE
*Construção da ETAR
*Eliminação de resíduos sólidos
*Ordenamento dos espaços públicos (jardins, ruas, parques de estacionamento, parque de merendas)
*Melhoria da iluminação pública, bem como substituição dos cabos aéreos de telefone e electricidade por cabos subterrâneos.
*Campanhas de sensibilização para questões de manutenção da limpeza da aldeia.
*Incentivar e apoiar os moradores para a limpeza e manutenção exterior das moradias.
CULTURA/EDUCAÇÃO/DESPORTO
*Criação de um folheto informativo sobre a freguesia
*Requalificação dos locais de interesse público
*Apoio ao associativismo
*Apoio ao desporto, nomeadamente desportos aquáticos/náuticos
*Reactivação do Festival do Arroz, integrando o comércio local
*Rentabilização do auditório da Comporta
*Criação de colónias de férias
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Uma legitima opinião de um distinto senhor natural do Concelho.
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terça-feira, 20 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
Cabeças de Listas pelo BLOCO de ESQUERDA no concelho de Alcácer do Sal:
ANA PENAS é a cabeça de lista à Câmara Municipal
CARLOS CORDEIRO é o cabeça de lista à Assembleia Municipal
CARLOS CORDEIRO é o cabeça de lista à Assembleia Municipal
terça-feira, 6 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
A propósito de "Brincar aos pobrezinhos"...
E com ele trouxe a enchente de mosquitos e a invasão de pseudo-tias e pseudo-tios que ainda conseguem incomodar mais do que a “bichesa”...
O que nos incomoda realmente? A má-educação, a arrogância, a forma como nos olham, a forma como não respeitam a ordem de atendimento (nos cafés, na farmácia, no supermercado), a forma como não respondem e como respondem quando o fazem.
(Publicado em 2010 pelo Comporta-Opina), mas tão actual como nessa época.
Vamos definir estes sujeitos que brotam na NOSSA terra por estes tempos:
- Vestem todos da mesma forma;
- Têm a mania da superioridade, o que demonstram a ignorar as pessoas pelas quais passam, sendo por vezes mal-educados;
- Entram nas lojas e são incapazes de responder a um cumprimento, ignorando por completo quem lá está, assim como os lojistas;
- Vão para a praia e, depois do parque pago já se encontrar cheio, aguardam uma eternidade com o motor do carro ligado e de vidros fechados, com o ar condicionado (vulgo A/c) a “bombar”, à espera para terem o prazer de pagar 4 míseros euros a andarem menos uns metros;
- Pavoneiam-se nos seus carros a 10Km/h, para poderem observar bem a dinâmica da terra e das suas gentes.
O que nos incomoda realmente? A má-educação, a arrogância, a forma como nos olham, a forma como não respeitam a ordem de atendimento (nos cafés, na farmácia, no supermercado), a forma como não respondem e como respondem quando o fazem.
(Publicado em 2010 pelo Comporta-Opina), mas tão actual como nessa época.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Candidato da CDU ao municipio de Alcácer.
O actual presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Vítor Proença, vai ser o cabeça de lista da CDU à autarquia de Alcácer do Sal nas eleições autárquicas deste ano.
A candidatura de Vítor Proença, 56 anos, gestor na área da comunicação, foi aprovada, “por unanimidade”, pela Comissão Concelhia de Alcácer do Sal do PCP, informou a estrutura partidária em comunicado.
A cumprir o seu terceiro e último mandato, Vítor Proença não se pode recandidatar em Santiago do Cacém, devido à lei da limitação de mandatos.
A apresentação pública do candidato será realizada no próximo dia 24 de Março (domingo), às 15h00, na Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer.
Vítor Proença, militante do PCP há 37 anos, dirige a Câmara de Santiago do Cacém desde 2002, depois de ter sido vereador entre 1998 e 2001.
Este é o segundo nome confirmado na corrida à Câmara de Alcácer do Sal, depois de Pedro Paredes, actual presidente do município, ter anunciado a sua recandidatura, como independente e sem o apoio do PS, que convidou Torres Couto para ser o candidato à Câmara.
A candidatura de Vítor Proença, 56 anos, gestor na área da comunicação, foi aprovada, “por unanimidade”, pela Comissão Concelhia de Alcácer do Sal do PCP, informou a estrutura partidária em comunicado.
A cumprir o seu terceiro e último mandato, Vítor Proença não se pode recandidatar em Santiago do Cacém, devido à lei da limitação de mandatos.
A apresentação pública do candidato será realizada no próximo dia 24 de Março (domingo), às 15h00, na Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer.
Vítor Proença, militante do PCP há 37 anos, dirige a Câmara de Santiago do Cacém desde 2002, depois de ter sido vereador entre 1998 e 2001.
Este é o segundo nome confirmado na corrida à Câmara de Alcácer do Sal, depois de Pedro Paredes, actual presidente do município, ter anunciado a sua recandidatura, como independente e sem o apoio do PS, que convidou Torres Couto para ser o candidato à Câmara.
domingo, 10 de março de 2013
Investigadores de todo o mundo em Setúbal para trocar experiências sobre baleias e golfinhos
Mais de 400 investigadores e estudantes de todo o mundo vão estar em Setúbal para conhecer o "estado da arte" de mamíferos marinhos como as baleias e os golfinhos, uma iniciativa que quer também sensibilizar o público para a importância de proteger estes animais.
Cada conferência anual da Sociedade Europeia dos Cetáceos realiza-se num país e, este ano, entre Portugal e Itália, Setúbal foi a cidade escolhida para receber, de 08 a 10 de Abril, um encontro que vai apostar numa abordagem interdisciplinar destas espécies, abrangendo a bioacústica, o comportamento e a genética.
Cristina Brito, biológa da Escola de Mar, uma das organizadoras da 27.ª conferência da Sociedade Europeia dos Cetáceos, disse hoje à agência Lusa que o objectivo é "dar a conhecer o estado da arte" destas espécies e "reunir investigadores europeus e de todo o mundo.
Os trabalhos dos cientistas e a sensibilização de todos parece estar a dar bons resultados em Portugal e, pelo menos, em Setúbal, os golfinhos do Sado "têm revelado alguma recuperação".
"Têm nascido mais crias, a população tem aumentado ligeiramente e os sinais são de melhoria, pelo menos a médio prazo", salientou a bióloga.
Este ano, a iniciativa "dedica-se aos estudos interdisciplinares sobre mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos ou focas e pretendemos juntar pessoas que trabalhem a biologia e ecologia destes animais, mas que também outras áreas como história ou economia", explicou.
Assim, será tentada "uma abordagem interdisciplinar que vise, a longo termo, a conservação dos cetáceos" e espera-se a apresentação de trabalhos em várias áreas da bioacústica, ao comportamento, passando pela genética.
Os investigadores pretendem também passar os resultados dos seus estudos ao público em geral, uma forma de dar a conhecer as espécies e sensibilizar para a necessidade de proteger estes animais e os seus ecossistemas. Por isso, dia 08 de Abril, às 21:00, vai haver uma sessão aberta a todos, no Forum Luísa Todi, em Setúbal.
Portugal tem situações diferentes relativas às populações de cetáceos, consoante se trata da costa continental ou dos arquipélagos, onde existem mais espécies, decorrem estudos há mais anos e, portanto, existe mais informação.
Na costa continental, "os estudos de uma forma continuada para as populações costeiras são mais recentes e há espécies mais comuns do que outras, como o golfinho comum ou o golfinho roaz", explicou Cristina Brito.
O trabalho desenvolvido pela Escola de Mar leva a apontar para a existência de uma população de cerca de 100 golfinhos roazes, entre o Cabo Espichel e Tróia.
"Pelo menos passam naquela zona, mas não sabemos dizer se têm carácter de residência, se estão na zona costeira da Serra da Arrábida com alguma frequência", disse a especialista.
Quanto aos problemas de conservação destas espécies - salientou -, "têm muito a ver com as interacções humanas".
As ameaças à sua sobrevivência estão relacionadas com a actividade de observação de cetáceos, que acontecem um pouco por todo o mundo e "podem causar impactos nas populações", acrescentou.
As interacções com as artes pesqueiras, a poluição do ecossistema ou a diminuição de presas são outras dificuldades que os cetáceos têm de enfrentar.
Lusa/ SOL
Cada conferência anual da Sociedade Europeia dos Cetáceos realiza-se num país e, este ano, entre Portugal e Itália, Setúbal foi a cidade escolhida para receber, de 08 a 10 de Abril, um encontro que vai apostar numa abordagem interdisciplinar destas espécies, abrangendo a bioacústica, o comportamento e a genética.
Cristina Brito, biológa da Escola de Mar, uma das organizadoras da 27.ª conferência da Sociedade Europeia dos Cetáceos, disse hoje à agência Lusa que o objectivo é "dar a conhecer o estado da arte" destas espécies e "reunir investigadores europeus e de todo o mundo.
Os trabalhos dos cientistas e a sensibilização de todos parece estar a dar bons resultados em Portugal e, pelo menos, em Setúbal, os golfinhos do Sado "têm revelado alguma recuperação".
"Têm nascido mais crias, a população tem aumentado ligeiramente e os sinais são de melhoria, pelo menos a médio prazo", salientou a bióloga.
Este ano, a iniciativa "dedica-se aos estudos interdisciplinares sobre mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos ou focas e pretendemos juntar pessoas que trabalhem a biologia e ecologia destes animais, mas que também outras áreas como história ou economia", explicou.
Assim, será tentada "uma abordagem interdisciplinar que vise, a longo termo, a conservação dos cetáceos" e espera-se a apresentação de trabalhos em várias áreas da bioacústica, ao comportamento, passando pela genética.
Os investigadores pretendem também passar os resultados dos seus estudos ao público em geral, uma forma de dar a conhecer as espécies e sensibilizar para a necessidade de proteger estes animais e os seus ecossistemas. Por isso, dia 08 de Abril, às 21:00, vai haver uma sessão aberta a todos, no Forum Luísa Todi, em Setúbal.
Portugal tem situações diferentes relativas às populações de cetáceos, consoante se trata da costa continental ou dos arquipélagos, onde existem mais espécies, decorrem estudos há mais anos e, portanto, existe mais informação.
Na costa continental, "os estudos de uma forma continuada para as populações costeiras são mais recentes e há espécies mais comuns do que outras, como o golfinho comum ou o golfinho roaz", explicou Cristina Brito.
O trabalho desenvolvido pela Escola de Mar leva a apontar para a existência de uma população de cerca de 100 golfinhos roazes, entre o Cabo Espichel e Tróia.
"Pelo menos passam naquela zona, mas não sabemos dizer se têm carácter de residência, se estão na zona costeira da Serra da Arrábida com alguma frequência", disse a especialista.
Quanto aos problemas de conservação destas espécies - salientou -, "têm muito a ver com as interacções humanas".
As ameaças à sua sobrevivência estão relacionadas com a actividade de observação de cetáceos, que acontecem um pouco por todo o mundo e "podem causar impactos nas populações", acrescentou.
As interacções com as artes pesqueiras, a poluição do ecossistema ou a diminuição de presas são outras dificuldades que os cetáceos têm de enfrentar.
Lusa/ SOL
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Torres Couto entra em Alcácer?
Torres Couto foi convidado para ser o candidato do PS à Câmara de Alcácer do Sal. O ex-líder da UGT, que regressou à política pela distrital de Setúbal, tem a porta aberta para as autárquicas, mas pôs uma condição para aceitar: ser aclamado pelos militantes em eleições directas. Ainda que não se lhe conheça oponente.
«Fui convidado e estou disponível, mas exijo eleições primárias. Não aceito o simples voto favorável da comissão concelhia. Parece-me que os estatutos do PS não proíbem directas só com um candidato», diz Torres Couto ao SOL. Até Março, a situação ficará definida, com a submissão da candidatura à concelhia,
Foi pela mão de Madalena Alves Pereira, a líder da distrital de Setúbal, de quem é amigo de longa data, que o ex-líder da UGT voltou à política activa, nas eleições distritais do PS, em 2012. O seu nome foi falado para outras autarquias: Santiago do Cacém, Grândola e até Setúbal (onde o PS ainda não tem candidato).
«Tinha manifestado a minha disponibilidade para me candidatar a uma câmara do distrito onde vivo há 15 anos – Setúbal», explica Torres Couto.
in: Jornal SOL
in: Jornal SOL
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Comparece.
Dia 9 de Fevereiro no Auditório Municipal de Alcácer do Sal pelas 21.30, com a presença
de Fernando Rosas.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Pedro Paredes e o PS Alcácer...
O presidente da
Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Pedro Paredes, eleito pelo PS, anunciou hoje
que se recandidata ao cargo nas eleições autárquicas deste ano, “com ou sem o
apoio” da concelhia socialista.
“Eu vou ser
candidato. Se vou ser ou não candidato outra vez do PS, que me apoiou nos dois
mandatos anteriores, isso depende da concelhia”, disse à agência Lusa Pedro
Paredes, de 59 anos e arquiteto de profissão.
O autarca está a
cumprir o seu segundo mandato à frente dos destinos do município de Alcácer do
Sal, desta vez já como militante do PS, pois, na primeira vez que se candidatou
e ganhou a câmara, foi eleito nas listas socialistas, mas como
independente.
Agora, para as
eleições autárquicas deste ano, às quais pode concorrer a um terceiro e último
mandato àquele concelho alentejano, Pedro Paredes ainda não sabe se vai ou não
ter o apoio do PS.
Mas, para Pedro
Paredes, a sua candidatura à “corrida” eleitoral autárquica está
decidida.
“Porque é que tomo
esta posição radical de ‘vou com eles ou sem eles’? Porque, como sempre
acontece, em todos os partidos, às vezes as estruturas concelhias têm uma visão
um bocadinho mesquinha, de alguma forma pouco de serviço público, nestas coisas
da escolha dos candidatos”.
in:A Cinco tons(blogue)
domingo, 20 de janeiro de 2013
Fundação Herdade da Comporta, para que nos serves?
Desde 2010 que a Fundação decidiu criar uma equipa para fazer um levantamento exaustivo das necessidades da população das sete aldeias situadas na área geográfica da Herdade da Comporta: Carrasqueira, Possanco/Cambado, Comporta, Torre, Brejos da Carregueira, Carvalhal e Lagoas/Pego. Este levantamento serve de base de trabalho para, em conjunto com a comunidade e em parceria com as entidades locais, construir, a par dos projectos turísticos da Herdade, um futuro verdadeiramente sustentável.
Aquando da aquisição da Atlantic Company (actualmente Herdade da Comporta) em 1955, houve uma preocupação assistencial no âmbito da melhoria das condições de vida das populações. Neste contexto, foram construídas casas para alojar os trabalhadores e suas famílias; foi garantida assistência médica; foram construídas escolas e contratados professores e, no âmbito cultural, eram organizadas as festas das aldeias.
No seguimento deste trabalho, interrompido entre 1975 e 1991, foram "restabelecidas” parcerias de índole social com as Câmaras Municipais de Alcácer do Sal e Grândola nos pelouros da habitação, educação e cultura. Em 2004 foi criada a Fundação Herdade da Comporta.
domingo, 6 de janeiro de 2013
O Perigo do vicio nos casinos.
Nos Jogadores Anónimos (JA) aprende--se que o jogo compulsivo conduz fatalmente a um de três finais: a morte, a loucura ou a prisão. E durante os anos em que jogou diariamente em casinos Helena esteve muito perto de morrer. Atolada em dívidas e incapaz de parar de jogar, tentou suicidar-se à frente dos quatro filhos. Mais tarde, nas reuniões dos JA, conheceu Hélder, que esteve a um passo de ir preso. Aos 30 anos já tinha um bom emprego na função pública – daqueles para toda a vida –, mas os problemas com o jogo levaram-no a desviar milhares de euros do local de trabalho. Foi apanhado, respondeu em tribunal e foi condenado a uma pena de prisão suspensa. José, 70 anos, viveu durante quatro praticamente sem comer nem dormir. Quase enlouqueceu.
Helena está há oito meses sem jogar, Hélder há dois anos e sete meses. José há oito anos. Mas por muito distante que esteja a última ida ao casino, um jogador compulsivo nunca deixa de o ser. A dependência do jogo é uma doença – reconhecida pela Organização Mundial de Saúde – que não tem cura.
Carta 1 – A morte Depois de sair do casino, Maria Helena pegou numa caixa de comprimidos e numa garrafa de whisky e tentou suicidar-se. Acabou inconsciente, no hospital, com os quatro filhos aos pés da cama. Foi a primeira de várias tentativas. A primeira vez que entrou num casino, em Macau, em 1994, a sorte de principiante sorriu-lhe e ganhou um prémio “enorme” numa slot machine. “Nem sabia como é que se jogava, fiquei perplexa a olhar para as moedas a caírem na bandeja”, recorda. Nessa mesma noite investiu o dinheiro todo. E perdeu.
Pouco tempo depois mudou-se para Portugal e arranjou uma casa perto do Casino do Estoril. Uma noite foi assistir a um espectáculo e decidiu voltar a tentar a sorte. Sentou-se a uma máquina e ganhou 100 contos. Mas a adrenalina do prémio foi o princípio do fim. Com o casamento à beira da ruptura, Helena passou a frequentar a sala de jogo todos os dias. “De certa forma, aquilo funcionava como uma espécie de evasão”, conta. No espaço de poucos meses, acabou com os plafonds de três cartões de crédito e o ordenado de economista deixou de chegar para pagar as dívidas ao banco.
“O problema do jogador compulsivo é que nunca há uma forma de parar: quando se ganha quer-se ganhar mais e quando se perde quer-se recuperar o que se perdeu”, diz. Nessa altura, em 1995, Helena decidiu parar de jogar e durante nove meses não entrou no casino. “A ressaca foi brutal. Sentia um vazio gigante”, recorda. O escape eram os chats na internet. “Ficava até às três da manhã a conversar com gente desconhecida.” Nove meses depois as contas estavam reequilibradas. Até que uma amiga regressa de Macau. “Levei-a a passear pela Marginal e quando ela viu o casino [do Estoril] pediu-me para entrarmos. Eu disse que podíamos ir mas que não jogaria.” Claro que jogou. E até ganhou 50 contos. Bastou uma tarde para o pesadelo recomeçar.
Helena chegou a aguentar três horas de pé na sala de jogo à espera que a máquina favorita – aquela em que tinha “mais fé” – vagasse. Chegou a estar de pijama, deitada, e a levantar-se de madrugada só para ir jogar. Acabou com o telefone fixo que tinha em casa para não correr o risco de alguém suspeitar que passava as noites fora. Durante o sono sonhava quase sempre com as slot machines. Nos três anos que se seguiram jogou todas as noites – e nunca mais voltou a ganhar um cêntimo. Numa só ida ao casino chegou a perder 800 euros. Acumulou seis créditos em bancos diferentes e uma dívida de mais de 60 mil euros. “A dada altura perde-se a noção de tudo. Hoje, com os juros e a engenharia financeira que fiz, nem sei bem quanto perdi naqueles anos... talvez 200 mil euros.”
A família começou a desconfiar e um primo que trabalhava no Banco de Portugal decidiu inteirar-se da situação financeira de Helena. “Fui descoberta e o meu filho mais velho encostou-me à parede.” Helena negou tudo. “Como qualquer jogador, tornei-me mestre na arte da manipulação”, refere. Mesmo assim, os filhos obrigaram-na a ir às reuniões dos JA. Há oito meses que começou a recuperação e já foi a mais de 100 reuniões. No grupo, a economista encontrou de tudo. “Pais que chegaram a roubar dinheiro do mealheiro dos filhos, bancários reformados a viver em quartos arrendados, gente que em desespero vendeu aquecedores a óleo na feira por cinco euros. Percebi que afinal não estava sozinha”, conta. O primeiro desafio – deixar de jogar – está, por enquanto, superado. Agora falta pagar as dívidas. O objectivo de Helena é reequilibrar as contas em cinco anos. “Consegui, com a ajuda de uma instituição que apoia famílias endividadas, declarar a minha insolvência pessoal e vou ter de viver nos próximos anos com cerca de 400 euros por mês”, explica.
Carta 2 – O louco A recuperação do vício do jogo, explica o psicólogo Pedro Hubert, especialista neste tipo de dependência, é “particularmente difícil” – porque depois de parar o jogador compulsivo tem de enfrentar as consequências financeiras do vício que manteve. “E que podem durar vidas inteiras”, diz. José, 70 anos, deixou de jogar há oito e ainda continua a pagar dívidas. No espaço de apenas cinco anos deixou mais de 80 mil euros no casino. Durante esse tempo valeu tudo: enganar fornecedores, clientes, coleccionar créditos. “Toda a minha vida e todas as minhas energias eram canalizadas para a sala de jogo”, admite. O vício começou tarde. José começou a jogar já depois dos 50 anos, na sequência de um divórcio. “Sei que sou uma pessoa emocionalmente complicada e jogar – a relação ganhar-perder – funcionava como uma espécie de anestesia para os problemas que estava a atravessar”, recorda.
Todas as noites acabavam da mesma maneira. Sem dinheiro no bolso e a braços com crises de choro, ansiedade e insónias. “Travava uma luta interior imensa. Saía do casino, castigava-me, dava murros no volante do carro, prometia que não voltava a entrar ali, mas no dia seguinte estava lá outra vez.” Durante quatro anos José praticamente não dormiu e era raro comer uma refeição quente. Até que numa noite a sorte lhe sorriu: ganhou 6 mil euros de uma só vez. Meteu metade do dinheiro ao bolso, para fazer obras em casa, e investiu o resto nas máquinas. Perdeu logo os 3 mil euros e nas noites seguintes gastou a quantia que tinha guardado. “As obras em casa avançaram e eu fiquei sem dinheiro para as pagar.”
Entretanto, a empresa que José geria só não se afundou por milagre. “Conheci um jogador anónimo que me arrastou para uma reunião”, conta. No começo não levou aquilo muito a sério. “Mas passado um tempo entreguei-me ao programa. Só aí é que percebi verdadeiramente o estrago que tinha causado na minha vida.” Passados oito anos, José continua a ir às reuniões. “Porque sei que tenho uma doença para toda a vida”, justifica. E passado tanto tempo não deixa de pensar no jogo. “Ainda me apetece, é uma coisa que vai estar sempre no meu imaginário. Gosto de jogar. Mas sei que basta uma só vez para descambar tudo de novo. O melhor é estar afastado, porque sei que as minhas apostas são violentas. Não consigo estabelecer uma boa relação com o jogo”, admite.
Carta 3 – A Justiça Hélder, 37 anos, ainda está a tentar recomeçar. Arranjou emprego há quatro meses e mudou radicalmente de vida. O fundo do poço de cada jogador é diferente e o de Hélder aconteceu no dia 21 de Agosto de 2009, quando gastou o ordenado de 2 mil euros em apenas meia hora. Foi a gota de água de uma história que durou sete anos e acabou no banco dos réus. Quando Hélder perdeu por completo o controlo das dívidas começou a desviar dinheiro no local de trabalho. “Estava numa posição em que contactava com muito dinheiro e acabei por desviar milhares de euros, que canalizava para o casino. Logo eu, que nunca me imaginei a ser capaz de roubar o que quer que fosse”, recorda. Foi apanhado, julgado e condenado a uma pena de prisão suspensa.
Aos 15 anos, Hélder já gastava a semanada toda nas máquinas dos salões de jogos. E a má relação com o dinheiro manifestou-se muito cedo. “Sempre tive tendência para gastar tudo o que tinha. Em roupa, por exemplo. Sentia uma necessidade muito forte de aprovação por parte dos outros e era uma maneira de elevar o meu amor-próprio”, admite. Aos 18 anos entrou pela primeira vez num casino, no Estoril, e um amigo ganhou 40 contos. “Aparentemente o jogo não me dizia nada, mas recordo-me de sentir raiva por ele ter conseguido ganhar e eu não”, recorda.
Entretanto conseguiu um bom emprego – “daqueles para toda a vida” – na função pública e começou a frequentar o casino. Sempre sozinho. Durante anos, as noites foram álcool, jogo e mulheres. Chegou a estar 12 horas seguidas à frente de uma slot machine. Quase todas as madrugadas acabavam em choro e insónias. “Dizia que não ia voltar, mas no dia a seguir já lá estava outra vez.” Foi assim durante sete anos. “Cheguei a sair do casino e não ter dinheiro nem gasolina no carro. Cheguei a remexer em gavetas em casa à procura de moedas para poder comprar uma lata de atum para matar a fome”, recorda.
Para fazer frente às dívidas, contraiu cinco créditos. “O último, da Cofidis, foi de 15 mil euros e nem um mês durou.” Para um jogador compulsivo, a lógica dos créditos é sempre a mesma. “Pede-se e pensa-se que vai dar para pagar tudo e resolver os problemas, mas o dinheiro acaba invariavelmente no casino.” As cartas do banco começaram a aparecer em casa e a família começou a fazer perguntas. “Consegui esconder tudo muito bem até ao fim. Porque havia duas pessoas dentro de mim: o Hélder que ia trabalhar durante o dia e o Hélder que à noite se isolava no casino. E aí valia tudo.” Muitas vezes quando saía para o casino deixava os cartões em casa, mas nem isso servia para controlar os gastos. “Estava no Casino de Lisboa, ficava sem nada, pegava no carro e ia até casa, em Sintra, para os ir buscar”, conta.
Quando foi descoberto no local de trabalho e no dia em que ficou com a conta a zeros, em Agosto de 2009, Hélder decidiu pedir ajuda e juntou-se aos JA. “No início achei aquilo tudo muito estranho, especialmente a parte espiritual dos 12 passos, mas fui dando o benefício da dúvida.” Só no terceiro mês percebeu que tinha de parar de jogar. “E para conseguir parar precisava de fazer tudo de maneira diferente. Falar mais de mim, estar com os meus companheiros. Abrir o jogo.” Com o passar do tempo foi mudando de vida. Inscreveu-se no ginásio, actualizou o currículo, voltou a estudar, começou a fazer voluntariado, arranjou trabalho. Nunca mais voltou a entrar num casino.
“No primeiro ano foi difícil, mais pela questão de não poder jogar.” Mas o pior veio depois, quando as consequências da vida que levou durante sete anos começaram a chegar. “Custou muito saber que já tinha parado de jogar e ter de enfrentar os meus antigos colegas em tribunal”, diz. Passados dois anos e sete meses de recuperação, Hélder diz que tudo mudou. “Estou mais calmo, mais espiritual, sou capaz de olhar para os outros, coisa que antes não fazia”, explica. E continua a frequentar as reuniões, quatro vezes por semana. O programa dos 12 passos é complementado com a terapia individual com um psicólogo, uma vez por semana. “Tento não pensar naquilo que perdi e vivo um dia de cada vez”, remata.
Há cada vez mais jogadores Metade dos pacientes que entram no consultório de Pedro Hubert, um dos poucos psicólogos portugueses especializados na dependência do jogo, só jogam em casinos online – um sector “em crescimento, perigoso e sem regulação”, diz. Por culpa destes casinos na internet, o número de jogadores está a aumentar em Portugal. Mas há outros factores que explicam este crescimento. “Há mais casinos normais, mais bingos. A oferta hoje é muito superior àquela que havia há alguns anos”, justifica o especialista. E a própria crise poderá levar mais gente aos casinos. “As pessoas estão mais dispostas a arriscar e quem tiver a predisposição para a dependência não consegue parar.” Por outro lado, o jogo funciona como uma componente de escape, alheamento e evasão. Sensações, explica Pedro Hubert, “muito procuradas na sociedade actual”.
Os jogadores de casinos online são diferentes dos jogadores tradicionais. São mais jovens, com ordenados maiores e formação superior. Quanto aos jogadores compulsivos dos casinos tradicionais, as estatísticas mostram que 75% são homens, entre os 30 e os 40 anos, com rendimentos médios. Vivem em centros urbanos ou suburbanos. Por norma, descreve o psicólogo, são pessoas “muitíssimo inteligentes” e com carreiras consolidadas. “Têm, por natureza, um perfil competitivo, são desafiadoras, gostam do poder, da novidade, de sensações fortes”, diz o especialista, sublinhando que estas competências são encaradas como mais-valias do ponto de vista profissional e até social na sociedade actual. “Mas quando canalizadas para o jogo tornam-se destrutivas.”
E afinal porque é que um jogador se torna compulsivo? Pedro Hubert explica que existe em quase todos os jogadores uma predisposição genética. “É raro o jogador que não tenha na família alguém que também tenha jogado ou que tenha tido outro tipo de dependência ou um quadro depressivo”, explica. Depois há a componente neurobiológica e factores culturais. “Está demonstrado que quem vive exposto a ambientes de jogo tem maior tendência para se tornar dependente”, refere o especialista. O vício do jogo é um problema com muitas particularidades. É a dependência com maior taxa de suicídios, por exemplo. “Alia a impulsividade e a vertente da competição a momentos de depressão. Estes factores conjugados com os problemas financeiros e os conflitos familiares são fatais”, justifica Pedro Hubert. E a saída é sempre difícil. “Os grupos de partilha, como os JA, são fundamentais, conjugados com terapia individual e o apoio da família”, remata.
Jogadores interditos No ano passado, 359 jogadores compulsivos pediram à Inspecção de Jogos para serem integrados na lista de interdição de acesso aos casinos. O pedido tem de ser feito pelo próprio jogador e é comunicado às concessionárias dos casinos. Caso um casino não cumpra a ordem, é punido com uma multa que pode ir até 1200 euros por entrada permitida. Desde 2008, segundo dados do Turismo de Portugal, foram instaurados aos casinos 17 processos por incumprimento. O jogador também é punido, com uma multa que varia entre os 300 e os 1300 euros. Na prática, a interdição nem sempre funciona. “Pela simples razão de que é impossível controlar todas as pessoas que entram nos casinos”...
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