quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Para termos ideia de como funcionou o nosso executivo

Encontrámos na internet um “artigo” interessante, que a nosso ver espelha o sentido de responsabilidade de que (des)governa a Comporta.


“Data: 13/11/2007

Solicitou a Junta de Freguesia da Comporta parecer jurídico a esta Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional sobre a seguinte questão:
A autarquia tem desde Janeiro de 2007 um membro do executivo a exercer funções a meio tempo, a receber o valor mensal de € 581,02.
Aquando da passagem do membro do executivo para a situação de meio tempo, já se encontrava desempregado e a receber subsídio de desemprego.
A autarquia questiona a legalidade da situação daquele membro, visto receber simultaneamente subsídio de desemprego, e um valor mensal pelas funções de eleito a meio tempo.”

De notar que está datado a Novembro de 2007, e que refere que o membro do executivo lá está desde Janeiro de 2007, o que pelas nossas contas são 11 meses. Na prática, a Junta primeiro colocou lá a pessoa a receber… E um tempo depois, mais precisamente 6972,24€ depois  lembraram-se de perguntar a alguém se era legal.
A resposta é publicada a Janeiro de 2008, pelo que passou um ano a receber subsídio de desemprego acumulado com o valor mensal por parte da Junta. Não é ilegal, mas éticamente é incorrecto.


A resposta da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional:

“Importa concluir:
• A nosso ver, e salvo melhor opinião, a situação concreta não se encontra expressamente prevista na legislação, contudo, atendendo ao espírito do DL 220/2006, parece-nos, que deverá ser entendida como uma situação em que o trabalhador desempregado, apesar da situação em que se encontra, não está em carência económica a ponto de receber uma prestação por parte do Estado, para assegurar de alguma forma a sua subsistência.
• Assim, e acrescentando o estatuído na alínea d), do nº 1, do artigo 77º, deste DL 220/2006, concluímos que enquanto o trabalhador desempregado se encontrar a desempenhar funções de manifesto interesse público não deve acumular a remuneração de secretário de autarquia local com o subsídio de desemprego.”

Assim, andou durante tempo indeterminado a acumular 2 tipos de rendimento por parte do estado. Quem paga? Nós, os contribuintes. Nós enquanto descontamos para o estado para pagar esse tipo de coisas, e nós enquanto descontamos para a Segurança Social para ajudar quem realmente precisa e não que quer acumular… (É por isso que as finanças da Segurança Social se encontram no estado em que estão).
De forma impressionante, não basta termos de pagar por um trabalho com o qual estamos descontentes, como acabamos por descobrir que o pagámos duas vezes…

De forma impressionante, o que interessa primeiro é ter o dinheiro no bolso, depois é que se vai ver se é legal…

De forma impressionante, nunca ninguém questionou isto…

E de forma impressionante, se funcionou assim com esta questão, podemos ter uma ideia de como costuma funcionar… E é isto com que teremos de viver mais 4 anos? Não, pelo menos enquanto cá estivermos, não vamos deixar!!!

7 comentários:

Anónimo disse...

Eu mamo, tu ... porta-te como deve ser!

Temos entre nós alguns que adoram de cultivar o dito popular “olhai para o que eu digo, não olheis para o que faço!”.
Aqui o escriba conhece uma senhora que está sempre com esse floreado.
E há dias, juro-vos, tive de contar, não até dez, mas até cinquenta para não lhe ir às trombas!

A "madame" dá aulas no ensino público mas nunca deixou de trabalhar para a empresa da qual se despediu. Nunca pediu acumulação e recebe por baixo da mesa na privada!
E quando não arranjou colocação, venha o respectivo subsídio de desemprego ...

Casada com um médico, vê o excelso marido trabalhar num hospital público, dar aulas numa escola de saúde privada, dar consultas em dois consultórios e ainda a despachar num hospital e numa clínica privada.

E só não dá ela própria consultas, porque as frequentes viagens que faz ao estrangeiro para acompanhar o marido a congressos médicos não lhe deram ainda o traquejo quanto baste!
Mas mete atestado médico para ir passear ao estrangeiro sem que lhe doa a consciência.

A coisa deve ser genética, já que o pai conseguiu transformar uns perlimpimpins comunitários numa piscina.
Esta sua fina consciência social é burilada com uma costela conservadora que a leva a votar nem que o candidato seja um quadrúpede. Ao caso, no PSD. Mas, também conheço quem assim aja com o PS. Não é, pois, por aí.

E ia-lhe eu às trombas porquê?
Não é que o animal, na tal ocasião, me vociferava por causa da empregada doméstica ter pedido que lhe fizesse os descontos de lei para a Segurança Social?
Pode?

http://notassoltasideiastontas.blogspot.com/2009/01/eu-mamo-tu-porta-te-como-deve-ser.html

Anónimo disse...

Se a senhora em questão recebia subsídio de desemprego foi porque naturalmente tinha efectuado descontos para tal e do que li parece que situação não está contemplada na lei.
O pior mesmo é esse tal de rendimento minimo que só favorece a pouca vontade de trabalhar de alguns, esses sim é que estão a fazer com que a segurança social daqui por mais um tempinho vá pelo cano.

Anónimo disse...

Sr.Leitor e sobre o resto, não se pernúncia? Não é só o subsidio de desemprego...

Anónimo disse...

Inacreditavel. Fazem as coisas e das duas uma: ou se fazem de parvos para ver se as coisas passam impunes, ou são mesmo ignorantes.
Ãs duas hipoteses são assustadoras.
Ou nao olham a meios para conseguir o que querem. Ou estao lá há 4 anos e continuam sem ter a minima ideia do que fazem.
Na sua loucura, se calhar, ate acham que tudo é normal.

PM disse...

A Cecília tem o maior dos poderes.

Os outros só têm o poder de empatar.

A Cecília tem o poder de desempatar.

Parabéns e usa-o be!m Cecília.

Anónimo disse...

O vosso executivo não sabe voar iô,

“I believe I can fly”

No ano ido de mil novecentos e noventa e três, estava eu ainda um pouco no início da minha carreira profissional, eis que surge um desafio para aqueles de nós que o aceitámos, no seio da empresa de então, era nem mais nem menos que o de participar no Challengers Trophy do grupo Egor, creio que nesse ano terá sido em Monção, como podem calcular o entusiasmo foi grande naquele grupo de cerca de sessenta e tal pessoas que resolveram aceitar o desafio.

Logo de início constituímos equipas entre nós, de seis elementos cada, creio que por sorteio e delineámos o nosso esquema de treino planeado para os fins de semana na Serra da Arrábida, pois a empresa era em Palmela e a maioria das pessoas era de Setúbal e Lisboa.

Dos fins de semana de treino que planeamos então, faziam parte várias modalidades, a saber, corrida em corta-mato, provas de orientação por carta com pontos marcados, canoagem em mar, percursos de bicicleta de montanha e rappel.

Lembro-me bem da prova de orientação pois decorreu na zona da Aldeia Grande num fim de semana bastante nublado, traçamos os pontos na carta e lá cumprimos os objectivos, mas já no final da mesma embora estivesse equipado com um impermeável do tipo Kispo acabei, eu e os outros, como se costuma dizer ensopados que nem uns pintos.

Lembro-me também de termos feito corrida em corta-mato na zona da Comenda, feito canoagem da praia da Figueirinha, a água sempre gelada, e a prova de rappel essa nunca poderei esquecê-la, vieram uns rapazes e raparigas do Clube de Montanhismo de Lisboa, montaram o equipamento, cordas e arneses numa escarpa donde se avista a Tróia e …

só sei que estava eu enfiado naquele emaranhado de cintas, com a corda nas mãos e depois disseram-me “agora prendes o mosquetão aqui e fazes assim”, era para me sentar e ir libertando corda, mas qual quê as pernas tremiam que nem varas verdes e não passava da posição vertical, em pé na ponta da escarpa, “é muito fácil só tens que te sentar e empurrar com os pés contra a escarpa enquanto desces”, a frequência do varejar das pernas aumentava …

por fim estava a voar sobre a espuma das ondas numa escarpa da Arrábida a cerca de duzentos metros de altura e já não tremia nada, descíamos cerca de trinta metros para uma saliência na rocha onde estavam dois elementos do CML que nos ajudavam a desenvencilhar do arnês e depois subíamos por um carreirinho na rocha até ao ponto inicial, sei que quase todos descemos, com excepção de um ou dois e eu pedi para repetir a dose tal não era a sensação de poder voar.

Anónimo disse...

Convém manter o Zé bem distraído
Enquanto ele se entrega à diversão,
Não pode ver por quantos é comido
E nem se importa que o comam, ou não.