quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Na mesma paisagem há diferença entre ricos e pobres.

Portugal é, de longe, o país da União Europeia onde os ricos são os mais ricos e os mais pobres são os mais pobres", declarou João José Fernandes, responsável do conselho directivo da Oikos - Cooperação e Desenvolvimento.

As cem maiores fortunas portuguesas representam 17 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e 20 por cento dos mais ricos controlam 45,9 por cento do rendimento nacional.

Para João José Fernandes, estes dados mostram que Portugal necessita de uma política redistributiva e de "encarar de frente o problema da desigualdade".
O manifesto que será apresentado amanhã em Lisboa surgiu pela necessidade de denunciar a "apatia da sociedade portuguesa face ao problema da pobreza".
"Todo o discurso político, da comunicação social e da sociedade civil é em relação ao crescimento económico e à redução do défice público. Desta forma só se abrange 80 por cento dos mais ricos, esquecendo dos 20 por cento dos mais pobres", comentou João José Fernandes.
As estatísticas indicam que um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza.
"Mas a realidade da pobreza é pior. Porque pobreza não é meramente falta de dinheiro, é também falta de acesso às necessidades que conferem dignidade na vida portuguesa”.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, cerca de 20 por cento da população portuguesa encontrava-se, em 2001, numa situação de risco de pobreza, ou seja, dispunha de um rendimento por indivíduo inferior a 3589 euros (cerca de 300 euros por mês). A taxa de risco de pobreza média da União Europeia situa-se nos 15 por cento.
A Oikos, organização não governamental criada em 1988, assume que a sua missão é “promover a cooperação e a solidariedade para o desenvolvimento humano e sustentável das regiões e países mais desfavorecidos”.

in: Expresso

3 comentários:

PM disse...

“Mãe natureza”


Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu


Este excerto de um poema de António Gedeão podem parecer palavras vãs mas não o são, elas encerram em si a sabedoria milenar de povos humildes e ancestrais que aprenderam a ferro e fogo a respeitar e a estar em harmonia com a mãe natureza.

A mãe natureza é generosa, dá-nos tudo o que necessitamos para viver e ensina-nos tudo aquilo que precisamos saber, mas é necessário respeitá-la e estar em harmonia com ela, para que ela também nos possa respeitar e estar em harmonia connosco, isto já nós tínhamos aprendido.

Foram estes ensinamentos de milénios e um percurso de aprendizagem doloroso que parecem ter sido esquecidos pelo homem actual, pois o respeito e a harmonia parecem não fazer parte das práticas de hoje, estes e outros valores fundamentais, sem os quais a vida tenderá a tornar-se cada vez mais difícil.

É que o homem actual parece ter trocado a humildade que o caracterizava, pela soberba e a ganância e qual rei Midas quer transformar tudo à sua volta em ouro, mas tal como na lenda também na vida real as coisas podem não acabar da melhor forma, pois a mãe natureza assim como nos dá, também nos pode tirar tudo num instante, se como se viu não existir respeito e harmonia.

E quando na passagem do poema se diz “que a natureza sou eu” isto significa que estes valores de respeito e harmonia, entre outros, têm que ser não só do homem para com a natureza, mas também do homem para com o homem, pois é bom também não esquecer que nós somos pó e ao pó regressaremos, pois qual é o filho que não pertence à sua mãe?

Se teimarmos em esquecer tudo aquilo que fomos e aprendemos ao longo de milénios e nos deixarmos conduzir apenas pelo ouro de Midas, seremos novamente obrigados a reaprender tudo do zero mas da forma mais dolorosa, pois esses valores da ética, do respeito e da harmonia são fundamentais à vida e ser-nos-ão de novo ensinados pela mãe natureza.

Anónimo disse...

Rico cão, pobre cão.

Anónimo disse...

Cão sem pulgas, cão com pulgas.