Segunda-feira, 16 de Março de 2009
Sábado na Comporta
16 Março 2009
Sábado de sol, potencial primeiro dia de praia para muita gente. Praia da Comporta, muita gente, crianças, famílias. Dois bares com concessões oficiais, que certamente têm regras e obrigações. São cinco da tarde, começa a sentir-se o ar frio de Março, e apetece comer qualquer coisa. Quem se dirige à “Ilha do Arroz”, encontra a porta fechada à chave, apesar de estar gente lá dentro e empregados. Ninguém vem explicar porquê e quem bate à porta só recebe indiferença. Não há quem se digne vir dar uma palavra... Uma cliente que passa diz apenas: “agora fechou durante um bocado, só vai abrir às seis”.
Do outro lado da passadeira está o “Comporta Café” – e quem bateu com o nariz na porta da “Ilha do Arroz” vai até lá. Uma empregada simpática esclarece: “agora não vai dar, temos uns grupos grandes para receber, vamos fechar durante mais ou menos uma hora para limpar a casa”.
Sábado, 14 de Março, 17:00 horas, praia da Comporta: os dois espaços de restauração licenciados para servir aquela praia comportam-se com o livre arbítrio de quem não tem de dar satisfações nem oferecer um serviço. Pura e simplesmente, fazem o que lhes dá na gana. No Verão do ano passado, por diversas vezes, deixaram os frequentadores da praia à mingua, alugando em simultâneo os seus espaços para casamentos e/ou eventos privados.
Pelos vistos, este ano continuam a fazer da concessão um salvo-conduto para o regabofe.
Alguém – olha, lá está, a ASAE... – quer tomar conta da ocorrência e ver a legislação debaixo da qual aqueles dois espaços foram privilegiados com uma concessão numa das mais bonitas (e frequentadas) praias do Alentejo?
de: Pedro Rolo Duarte
7 comentários:
Sou um habitante da Comporta e sou o primeiro a reconhecer que há um oportunismo por parte das pessoas que tem a concessão dos restaurantes. A realidade não é só esta. Há uma discriminação , que passa por rejeitar pessoas com um "ar" mais humilde. Nas festas nocturnas o abuso ainda é maior; ao ponto de haver clientes sovados por empregados e patrão( Comporta-Café ). Já para não falar do uso indevido dos espaços públicos ( estacionamentos proibidos, dunas "protegidas", música altissima de dia e de noite etc...etc... é ver para crêr!..
E quanto aos concessionários não são da Comporta.
Imagine que entra num café, senta-se numa mesa e pede um café. Então, antes de atender o seu pedido, o empregado avisa-a...para estar sentada numa mesa tem que consumir mais que um café...
Não Imagine. Aconteceu na Praia da Comporta.
Ontem à noite no Comporta a minha filha foi convidada(em tom intimidatório) a sair daquele espaço, que é público pela "proprietária"(ANA).
Carlos Cordeiro
É por isso que aquele barraco se chama comporta cafe? Tens de beber muito café...barato e bem servido...
Ó Pina não sei que te diga, bem pior que a Comporta vai a nossa Europa.
“Ciganos que paguem a crise”
Alguém alguma vez disse “... aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos ...” e tenho algumas dúvidas de que alguma vez aprendamos, pelo menos a julgar pelos exemplos recentes que nos entram pela casa dentro, todos os dias à hora dos telejornais.
O caso mais recente chega-nos agora de França, que tem como símbolo original, é bom não esquecer, “liberdade, igualdade, fraternidade ou morte”, bom pelo menos para alguns, porque para uns quantos, julgo saber que são setecentos de uns quinze mil, e pelo menos para já a coisa é bem diferente, pois segundo o Sr. Presidente estão a mais nestes tempos de crise e têm que ser repatriados.
Repatriados curiosamente para duas outras pátrias, a Roménia e a Bulgária que também já fazem parte do espaço europeu e que em conjunto advogam a livre circulação de pessoas e bens, mas então provavelmente os ciganos não serão pessoas, será possível ? então e isso significa que a seguir irão os outros catorze mil trezentos ? não creio que esteja aí a solução para nada Sr. Presidente, nem mesmo para a crise.
Mas a resposta a estas interrogações parece vir agora de Itália que aplaude a medida e resolveu pedir autorização à união europeia para também expulsar alguns ciganos, uma vez que considera que as condições de vida dessas pessoas não são adequadas, mas depois vão expulsá-los para países da união europeia, tal como a França, mas que grande trapalhada senhores italianos e franceses.
Então como estas pessoas são, ao que parece cidadãos da união europeia, mas não têm condições de vida adequadas, isso significa que vamos ter que prever na Europa a criação de uma nação para pessoas com condições de vida inadequadas, talvez um super gueto, ou um colonato, isolado por um muro de betão e arame farpado, está na moda por muito lado, porque não por cá também ?
E se a moda pega a seguir a estes tiques nacionalistas e securitários só falta aparecer por aí um dirigente baixote, de pele morena, franja bem alinhada e descaída sobre o olho esquerdo e com um bigode estreitinho à largura do nariz ... eu sei que a história se repete ciclicamente, mas tenham calma ainda é cedo, isto tudo devem ser só efeitos dos calores da época agravado pela vaga de incêndios e com certeza assim que a temperatura baixar, logo, logo, os dirigentes desta nossa querida Europa cairão de novo na real e rapidamente voltaremos à liberdade, igualdade e fraternidade,... ou a morte de tão nobres ideais.
Penso que todos os leitores deste blogue já viram o vídeo da Herdade da Comporta em http://www.youtube.com/watch?v=TFumEiPoPqk; mas como tudo continua na mesma desde faço um apelo a todos para que divulguem o vídeo a todos os seus amigos; quantos mais conhecerem a realidade da Comporta TALVEZ UM DIA vejamos uma Comporta diferente em beneficio do povo e não de um grupo restrito de pessoas como alguns querem que seja.
Comportaze
Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010, 12:44
Padre francês reza para que Sarkozy tenha ataque cardíaco
Um padre francês numa paróquia de Lille, em França, confessou publicamente que reza diariamente para que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, sofra um ataque cardíaco que o impeça de continuar a expulsar os ciganos do país.
Arthur Hervet, de 71 anos, admitiu a sua estranha oração na missa deste domingo, alegando que não sabe o que mais fazer para travar a expulsão de ciganos de França.
O pároco é bastante popular entre a comunidade cigana, sendo conhecido o apoio que presta aos membros desta etnia.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=465634
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