1. As quantidades de entulhos depositados na saibreira e indicadas no comunicado supra referido assentaram em denúncias locais que afirmavam tratar-se de “…muitos milhares de toneladas, boa parte dos quais se apresentavam soterrados, mas facilmente visíveis, sobretudo em dias de chuva, que os deixavam a descoberto.
1.1. Tendo sido recentemente apresentada documentação pela “Burgausado”, que comprova a remoção de 28 toneladas de entulhos, poder-se-á afirmar que essa dificuldade – a de determinar as quantidades exactas de entulho - foi igualmente sentida por esta Empresa uma vez que afirmou em resposta à Quercus, do dia 27/04/09:
«No local não há entulhos. Há alguns resíduos de tijolo e argamassa, que vieram juntos com cerca de 30.000m3 de terras vegetais que foram lá colocadas, pela empresa, para recuperação paisagística (resíduos esses que não devem chegar a uma tonelada!)…».
1.2. Se o NRLA exagerou na quantidade dos entulhos, não foi seguramente por má fé mas por estarmos convencidos de que o que se dizia era verdade, ao que acrescem as mesmas razões pelas quais a “Burgausado”, em 27/04/2009, afirmou que no local não havia entulhos mas apenas «alguns resíduos de tijolo e argamassa», para pouco depois apresentar documentação comprovativa da remoção de “pelo menos 28 toneladas de entulhos”.
1.3. Aceitamos a argumentação da “Burgausado” e se é por aqui que está a dúvida, reafirmamos formalmente as 28 toneladas de entulhos, o que, convenhamos, não é pouco…
2. O NRLA pretendeu igualmente alertar para os riscos para a Saúde Pública e os impactes graves ao nível da conservação da natureza e do ambiente, caso não fosse a situação rapidamente rectificada.
2.1. Relativamente a este assunto a empresa “Burgausado” terá diligenciado para que se efectuassem análises à água.
2.2. Embora o NRLA desconheça as condições em que foram efectuadas tais análises (profundidades, localizações exactas, parâmetros analisados, técnicas analíticas utilizadas, etc), congratulamo-nos com o facto de as mesmas terem revelado ausência de contaminação, nomeadamente, no momento em que foram realizadas.
3. Quando o NRLA se referiu ao ritmo de exploração e aos problemas de segurança, no seu anterior comunicado, fê-lo com base em denúncias de residentes das imediações e da constatação, no local, de movimentações na Saibreira durante um horário de, aproximadamente, 17 horas.
3.1. Não pretendeu afirmar que, qualquer trabalhador da “Burgausado” teria que assegurar esse horário.
3.2. Outrossim, neste caso, funcionou a nossa boa fé e também aqui aderimos à documentação apresentada, sem no entanto se nos terem desfeito as dúvidas.
4. A falta de vedação em zonas de forte inclinação, como por exemplo, nas zonas de descarga dos entulhos revelavam-se como problemas de segurança e, por este motivo, mereceram igualmente destaque no comunicado.
4.1. Aliás, a execução de tal vedação teve o seu início num dos momentos da deslocação ao local dos representantes da Quercus e do ICNB.
O NRLA congratula-se que, relativamente às questões ambientais, a empresa tenha tomado providências para rectificar as situações existentes, levando mesmo a que se possa admitir exagero nas quantidades de resíduos anteriormente mencionadas, no comunicado de imprensa do Núcleo Regional do Litoral Alentejano da Quercus de 22/04/2009.
Face ao exposto, acreditamos que, não obstante a existência de discrepâncias entre o afirmado inicialmente e os dados que nos foram apresentados, a intervenção do Núcleo Regional do Litoral Alentejano da Quercus contribuiu para uma mais rápida resolução dos problemas existentes, a bem do ambiente.
Santo André, 1 de Outubro de 2009
A Direcção da Quercus do Litoral Alentejano
in: http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=2983
7 comentários:
INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO).
*Carta enviada de uma mãe para outra mãe em São Paulo, após um noticiário na TV:
De mãe para mãe...
'Vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, menor, infractor, das dependências da prisão em São Paulo para outra dependência prisional no interior do Estado de São Paulo.
Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter, para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os média deram a este facto, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG's, etc...
Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero, com ele, fazer coro. No entanto, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.
Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a um vídeo-clube, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores na sua humilde campa rasa, num cemitério da periferia...
Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, pois eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, onde ele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas 'Entidades' que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto, e talvez indicar quais "Os meus direitos".
Para terminar, ainda como mãe, peço "por favor":
Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola o Brasil e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!
“O que esperamos dos autarcas a cada novo mandato”
Mais Rigor na gestão da coisa e dos dinheiros públicos que lhes são entregues em nome da confiança que nos inspiram, pois foram escolhidos por todos nós para precisamente fazer bom uso de todas as suas faculdades tendo em vista a aplicação criteriosa desses mesmos recursos que provêm duma percentagem do esforço de todos nós que trabalhamos e que consumimos.
Mais Obra, pois menos obra seria um contra-senso seria um recuo naquilo que esperamos ver em termos de recursos bem empregues na evolução das infra-estruturas públicas, na execução de contratos de incentivo e parcerias público privadas, com vista ao incentivo que todas as forças vivas têm que ter para que ponham ao serviço das mais variadas causas todas as suas energias criativas.
Mais Cultura, pois menos cultura seria um contra-senso seria um recuo naquilo que esperamos ter para uso fruto do nosso espírito e que todos merecemos e devemos até ser incentivados a consumir mercê de uma oferta vasta e gradual para que o estado anímico de todo um Povo e o seu enriquecimento cultural possam ser uma mais valia na visão do presente e do redesenhar de futuros, em suma um alargar de horizontes sempre desejável.
Mais Desporto, pois menos desporto seria um contra-senso seria um recuo naquilo que esperamos ser, seres mais saudáveis, menos obesos e com menos doenças, sendo que como se sabe a obesidade e as doenças cardiovasculares são já hoje consideradas o novo cancro do século XXI, um trabalho de base é aqui de vital importância, de pequenino é que se torce o pepino.
Mais Educação, pois menos educação seria um contra-senso seria um recuo naquilo que esperamos fruir, uma população com maior nível de escolaridade, pois só assim se conseguirá combater o actual estado de estagnação das empresas e mercados, e se por cá não houver saídas então que façamos os nossos cursos e que partamos para outras paragens pois se a oferta é global, a procura é também já e será cada vez mais global.
Mais Tecnologia, pois menos tecnologia seria um contra-senso seria um recuo naquilo que esperamos usufruir, uma evolução que é constante e quem não acompanhar estará cada vez mais arredado dos mundos presentes e futuros, não se podendo de forma alguma conceber no estado actual em que nos encontramos uma desevolução tecnológica pois ela não faria de todo sentido.
Mais Integração, pois Obra, Cultura, Desporto, Educação, Tecnologia, não são mais departamentos estanques mas sim peças de um mesmo puzzle que terá que ser construído a par e passo, tendo em vista o desenvolvimento integrado e tendo sempre em mente não só os custos da sua consecução imediata, mas sim os benefícios futuros resultantes da aplicação de políticas ajustadas e integradas que ditarão quais as sociedades que no futuro serão bem sucedidas.
Mais Transparência, pois não sei se recordam que os recursos administrados provêm duma percentagem do esforço de todos nós que trabalhamos e que consumimos.
Livro a não perder,
Shirin Ebadi foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz em 2003 pelo seu trabalho em prol dos direitos humanos, em particular os direitos das mulheres. Em “A Gaiola de Ouro” encontramos precisamente essa denúncia. A obra ilustra os meandros da história aterradora de três irmãos no pesadelo da revolução iraniana.
Neste livro, com grande abrangência emocional, encontramos a fúria, a crítica, a instabilidade e o apelo. Nota-se, claramente, um conflito de gerações que envolvem os pais – muito entregues ao passado, a tradição e à religião – e os filhos cujas alterações de tempo os fizeram pensar e tentar agir de forma diferente. Pelo meio, o Islão e a sua doutrina avassaladora e um Estado que proibe a liberdade religiosa, violando os direitos mais básicos de liberdade e igualdade.
Aqui, Shirin Ebadi pega na família de Pari para denunciar este escândalo, no entanto, poderia ser uma qualquer outra família que vive, no Irão, sob o regime de Mahmoud Ahmadinejad.
Como nota final, lamenta-se que a comunidade internacional só se preocupe com as questões do nuclear, quando todos os dias são violados os direitos humanos no Irão.
Shirin Ebadi
A Gaiola de Ouro
Esfera dos Livros
Isto faz-me lembrar a triste reportagem no Norte do país quando da coinceneração de resíduos sólidos, ao que as gentes do povo respondiam:
"Não estamos de acordo com a cooooooooo@*'/@# (não sabiam pronunciar a coisa), ponham isso no Alentejo que não há lá ninguém!"
Passou-se há uns anitos em Guimarães... é interessante, não?
Abraço!
Contos Proibidos (o livro mais censurado em Portugal depois do 25 de Abril)
Um livro proscrito, muito procurado mas que nenhuma editora se atreve a reeditá-lo. Não aconselhado aos que ingenuamente ainda acreditam no que dizem e fazem os nossos governantes.
Escrito em 1996 por Rui Mateus, fundador e ex-responsável pelas relações internacionais do PS até 1986. Publicamente ninguém sabe do paradeiro deste antigo dirigente do PS, sequer se ainda é vivo!
Não vou comentar o livro, apenas deixo a minha sugestão para a sua leitura e quem o ler atentamente e entender o real significado dos seus anexos compreenderá a razão porque este livro foi rapidamente retirado do mercado logo após o seu lançamento e é hoje uma raridade que felizmente ainda pode ser vista porque existe este poderosíssimo meio de comunicação que é a Internet.
A análise deste "Contos Proibidos" levar-nos-á a conhecer melhor as entranhas de uma classe política que arruinou o nosso país, e continuará a fazê-lo impunemente enquanto o povo português permitir que estes bandos de malfeitores se alternem sucessivamente no poder.
Rui Mateus - "Contos Proibidos"
Memórias de um PS desconhecido
Onde é que anda a democracia e a liberdade de expressão?
" O eurodeputado social-democrata Mário David exortou hoje o escritor José Saramago a renunciar à cidadania portuguesa por se sentir "envergonhado" com as recentes declarações do Nobel da Literatura sobre a Bíblia.
No sítio pessoal na Internet, o vice-presidente do Partido Popular Europeu (PPE), eleito pelo PSD, escreveu hoje que José Saramago "há uns anos, fez a ameaça de renunciar à cidadania portuguesa. Na altura, pensei quão ignóbil era esta atitude. Hoje, peço-lhe que a concretize... E depressa!""
Quando o senhor recebeu o Nobel, era ridiculo renunciar à cidadania portuguesa.
Agora, como não defende os valores do partido, já não merece ser português.
Pelo menos o Salazar era directo e assumia o seu autoritarismo. Voltámos à censura e à estupidez!
Estamos entregues aos bichos...
Saramago: Já Chega!
Mário David: Sempre !
José Saramago, há uns anos, fez a ameaça de renunciar à cidadania portuguesa. Na altura, pensei quão ignóbil era esta atitude. Hoje, peço-lhe que a concretize... E depressa! Tenho vergonha de o ter como compatriota! Ou julga que, a coberto da liberdade de expressão, se lhe aceitam todas as imbecilidades e impropérios?
Se a outorga do Prémio Nobel o deslumbrou, não lhe confere a autoridade para vilipendiar povos e confissões religiosas, valores que certamente desconhece mas que definem as pessoas de bom carácter.
http://www.mariodavid.eu/saramago-ja-chega#
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