As pessoas não sabem a diferença entre dizer mal e dizer o que está mal. E é isso que as faz falar mal deste blog... Dizem que dizemos mal das pessoas, o que não é verdade! Apontamos problemas da terra, do poder autárquico, mas nunca de ninguém em particular. Dizemos o que toda a gente vê, o que nos afecta a todos, mas o que alguns têm receio de deitar cá para fora, embora incomode a todos… E é essa ignorância que me chateia!
Falar mal é apontar o dedo a este ou aquele. É dizer que esta pessoa fez isto ou aquilo... E isso não é o que está neste blog. Este espaço não aponta o dedo a A ou B. Não fala da vida de ninguém em particular, mas das problemáticas terra em geral. Aparte qualquer conotação política, independentemente da perspectiva que olharmos as coisas, há coisas que não estão bem, que nunca estiveram bem, e que talvez precisem que alguém as aponte. O facto de defender um partido não implica que tudo o que eu diga seja mal dito, haverão certamente pessoas a concordar comigo e que me criticam só porque sim… E é essa ignorância que me irrita…
As pessoas precisam de ter a humildade suficiente para ouvir os outros. Independentemente do partido que ganhe, vou deixar aqui uma pergunta, “quem já deixou de olhar para dentro dos ideais partidários ou (pior) pessoais para fazer um levantamento das necessidades reais das pessoas?” Deixo aqui o desafio, a quem quer que ganhe: “ouvir o povo”. E digo isto para que reflictam e pensem agora, antes do poder subir à cabeça… Porque o poder autárquico subsiste para servir os ideais do povo e não apenas para tachos… E é essa ignorância que me tira do sério…
Eu ainda quero acreditar nas pessoas!.. Quero acreditar que quem entrar para lá vai ser sério, vai fazer tudo pelo povo e com o povo! Quero acreditar que as pessoas não vão para lá para poderem usufruir dos recursos económicos e logísticos em prol dos interesses pessoais. Quero acreditar que o povo vai tomar a decisão acertada, e vai saber ver as verdades, e vai saber ignorar as falsas promessas ou as tentativas de “compra” de votos em troca de algo desejado, e que vai escolher as pessoas e não a cor, e que me vão provar que eu devo continuar a acreditar nas pessoas…
Mas o que me tira mais do sério, é as pessoas falarem mal e falarem sem saber. Este blog é feito por várias pessoas e criticam quem o faz e quem não o faz (porque as pessoas da lista não têm culpa). Sabem meter comentários críticos e até mesmo a chamar nomes, mas são incapazes de reconhecer que os autores do blog não são quem coloca os comentários e são acusados de tal. Começo a pensar que as pessoas não são assim tão ignorantes, são mesmo é más!!!
Ps: Peço desculpa aos colegas bloggistas por este desabafo pessoal.
7 comentários:
Perguntas de um Operário Letrado
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Sò tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitòria.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias
Quantas perguntas
Bertold Brecht
Morre Lentamente
Quem morre?
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
São 123 minutos apenas, por favor não evitem :
http://www.zeitgeistmovie.com/add_portug.htm
somos nós que estamos em causa.
Se há algo que mudou na maneira de estar dos Comportenses, foi a participação na vida partidária e na envolvência dos problemas das localidades que compõem a freguesia.
Este blog serviu e vai continuar a servir para "apontar o dedo" ao que está mal, porque o que está bem é para louvar e estimar. Se a conotação política a que o blog está agregado, pode muitas vezes ser motivo de confusões, nós não ocultamos que é feito por gente simpatizante do Bloco de Esquerda, embora os comentários quase todos anónimos não serem da responsabilidade dos moderadores.
Uma saudação muito especial ao(s) autor(es) do blog Mais Comporta, que já está há muito a denunciar e a divulgar aspectos importantes da nossa freguesia.
Todas as iniciativas que possam aparecer são bem vindas, para bem da Comporta e de toda a freguesia!..
Ó Pina vê lá se até Sábado esclareces todas as “Dúvidas e Enganos”
Muitas vezes tenho dúvidas e não raras vezes me engano, mas fiquem sabendo que este modo de estar, ou mais modo de acontecer, pois é assim que elas me vão acontecendo no dia a dia, ao contrário daquilo que possam pensar não é assim tão negativo, antes pelo contrário.
É que ao ter dúvidas isso permite que discuta com colaboradores, familiares e amigos e muitas das vezes veja surgir a melhor solução para um dado problema do sítio que até poderia deixar-me surpreendido, coisa que não me acontece, pois eu já pratico este modo de acontecer desde há muito.
Os enganos esses levam a que muitas das vezes, as experiências tenham que voltar a ser repetidas e muitas das vezes trocando algumas premissas, ou mesmo em casos mais extremos exige-nos que mudemos de paradigmas, o que podem crer é um exercício assaz compensador e que leva a uma aprendizagem e evolução que doutra forma não seria possível.
O limiar deste modo de acontecer, acontece quando alguém com quem lidamos durante algum tempo vem ter connosco e em face de um determinado problema, mesmo sem que nenhum dos dois tenha dito algo, ambos sabemos qual a solução e a colocamos de imediato em prática, pode ser de início um pouco complicado de entender, mas já por diversas vezes me aconteceu, podem crer.
É pois muito salutar que tenhamos dúvidas e que nos enganemos pois isso permite criar em nós um portfólio de situações e conhecimento sedimentados com base na mais sólida das aprendizagens, do aprender acontecendo.
Espero pois que no próximo acto eleitoral para as eleições autárquicas, fruto das muitas dúvidas que já vos assaltaram e das inúmeras vezes que também já se enganaram, desta vez tenham bem presente e sedimentado no vosso espírito qual é modo de acontecer que querem ver no nosso Concelho e que façam uso da caneta para que esse modo de acontecer seja uma realidade logo no dia seguinte.
"As carroças do passado não nos levam a lado nenhum"
"Com a rosa azul do presente ficamos todos aqui"
"As estrelas do futuro já nos estão a inspirar"
Fim
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
Mário de Sá Carneiro
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