A pobreza é normalmente associada aos países em vias de desenvolvimento nos quais a subnutrição, a fome e a falta de água limpa e potável são desafios quotidianos. Contudo, a Europa também é afectada pela pobreza e pela exclusão social, onde apesar de estes problemas poderem não ser tão gritantes, são ainda assim inaceitáveis. A pobreza e a exclusão de um indivíduo implicam o empobrecimento de toda a sociedade. A Europa só pode ser forte se utilizar ao máximo o potencial de cada um dos seus cidadãos.
Não há nenhuma solução milagrosa para acabar com a pobreza e com a exclusão social mas uma coisa é certa: não podemos vencer esta batalha sem si. É tempo de renovarmos o nosso compromisso para com a solidariedade, justiça social e maior inclusão. Chegou o momento do Ano Europeu Contra a Pobreza e a Exclusão Social.
Um valor fundamental da União Europeia é a solidariedade, particularmente importante em tempos de crise. A palavra “União” diz tudo – enfrentamos juntos a crise económica e é esta solidariedade que nos protege a todos.
Aqui ficam algumas das coisas que iremos fazer juntos:
Encorajar a participação e o compromisso político de todos os segmentos da sociedade para participarem na luta contra a pobreza e a exclusão social, desde o nível europeu ao nível local, no sector público e no privado;
Motivar todos os cidadãos europeus a participarem na luta contra a pobreza e a exclusão social;
Dar voz às preocupações e necessidades de todos quanto atravessam situações de pobreza e de exclusão social;
Dar a mão a organizações da sociedade civil e a ONG na área da luta contra a pobreza e a exclusão social;
Ajudar a derrubar os estereótipos e a estigmatização da pobreza e da exclusão social;
Reforçar a solidariedade entre gerações e garantir o desenvolvimento sustentável.
in: Comissão Europeia
1 comentário:
Ó Pina, era bom que assim fosse mas não acredito. Bom inferno 2010!
“Inferno 2010”
Bastou-me um saltar rápido entre algumas páginas e sites na WWW para perceber que o próximo ano vai ser não só muito melhor que o último, como também vai ser o ano de todas a esperanças e mudanças, pelo menos a julgar pelos apelos e determinações das mais variadas instituições europeias e internacionais.
A nível económico já se sabe a crise está prestes a acabar, se é que não acabou já, assim o dizem os nossos responsáveis e dizem também os das instituições internacionais, como o presidente do BCE a apelar à contenção das despesas com vista à redução dos défices dos países da zona euro já no próximo ano impondo como data limite o ano de 2011.
O próximo ano foi já também designado pela ONU como o Ano Internacional da Juventude, com o objectivo de encorajar o diálogo e compreensão entre gerações e promover os ideais de paz, respeito pelos direitos humanos, liberdade e solidariedade, seguramente mais um ideário de boas intenções para o novo ano que se avizinha.
É também o ano escolhido pela Unesco como o Ano Internacional da Biodiversidade, sendo o ano de todas as expectativas e comemorações, através delas pretende-se realçar a importância vital para o bem-estar humano e sua sobrevivência, pena é que o ser humano esteja mais preocupado com o lucro fácil e imediato em que a biodiversidade será bem vinda se não atrapalhar este objectivo.
Foi também designado como o Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social, mais um rol de boas intenções que me soam a chavões já antes repetidos até à exaustão, ou será que é mesmo desta ? Antes fosse, mas não me parece que seja tarefa para um ano, nem para uma década e muito menos com as notícias contrárias que cada vez mais nos chegam ao conhecimento.
Estes foram só alguns dos desígnios que já vi atribuídos ao ano de 2010, como vos disse numa volta rápida e não exaustiva pela informação global que nos é oferecida, pelo que sou levado a pensar que muitos outros estejam determinados ou na forja para tornar o próximo ano um inferno um pouco melhor que o anterior.
Pois se antigamente era comum dizer-se que de boas intenções estava o inferno cheio, hoje em dia à velocidade a que as boas intenções de todos os tipos e para todos os gostos são anunciadas, cada novo ano é um inferno que encerra em si mesmo todo uma imensidão de boas intenções que povoam a nossa vida quotidiana, mas que na realidade em pouco ou nada a alteram, o que até tem o seu sentido pois viver é um inferno, o céu vem depois.
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