Os elementos do PS, 20 minutos depois ainda não tinham aparecido.
A deputada do Bloco de Esquerda manteve-se na plateia. Após um tempo razoável de espera, a Presidente chamou a Cecília à mesa para iniciar a sessão.
A Cecília disse que, perante o sucedido na última reunião, em que ela disse que tinha dúvidas em relação à eleição do executivo e pediu um adiamento até chegarem os pareceres das entidades com competência na materia, e esse adiamento foi negado, não iria integrar a mesa. Explicou que não tinha ainda nenhum parecer conclusivo, porque todos tinham dúvidas e precisavam de tempo; e que aparentemente os membros da CDU seriam os únicos sem dúvidas. Assim, não justificava iniciar a reunião.
Perante isto a sessão não chegou a ser aberta.
Depois a palhaçada foi a do costume, com pessoas da plateia a acusarem os outros de obstrução e falta de democracia... Falta de democracia? "Realmente é verdade, nesta assembleia não há lugar para a democracia", mas a culpa não é certamente da oposição(BE).
Acusaram a Cecília de não estar a aceitar a eleição do executivo, quando ela própria tinha votado e viabilizado a votação. "Votaste em mim" - disse a Susana Picanço, carregada de arrogância e desdém. Aí a Cecília explicou que manteve a palavra dela, que tinha conversado com a Srª Presidente e com o Sr. José de Passos(actual Presidente da Junta de Stª Maria), eles tinham falado em propô-la para integrar o executivo, explicou que a Srª ficou de lhe telefonar a confirmar. A Srª Presidente não só, não telefonou, como teve a coragem de dizer que aquilo era mentira. A bloquista só lhe respondeu que ela acabara de descer ainda mais baixo na sua consideração.
A Presidente ainda argumentou que a deputada do bloco tinha em algum momento falado com um membro da CDU sobre a eleição de um elemento PS para a mesa de Assembleia, por isso tinha acontecido assim... Srª Presidente, afinal ficou de ligar ou não? Primeiro diz que não e depois justifica o motivo de não ter ligado. Mas a contradição já se tornou parte do que lhe conhecemos, e cada vez o vai demonstrando mais.
Pelo que podemos descurtinar, a Cecília sempre tentou negociar e fazer o melhor pelo povo. A CDU é que faltou à palavra.
Quem lá esteve sabe que os comunistas provocaram, chamaram nomes, tentaram entrar em confllito... Chegaram ao ponto de empurrar e chamar "ignorantes de merda"...
No fim ficaram todos lá para dentro a discutir sozinhos... Parece que nem com eles próprios se entendem, como podem conseguir trabalhar com os outros?
Nós continuamos à espera que tudo se resolva... Que a Comporta comece a ser governada e que comecem a pensar no povo. Mas, tudo dentro da lei!
Esperamos também que o respeito exista nas cabeças dos elementos CDU(PCP), que sejam civilizados e não recorram ao insulto e ao confronto.
O Bloco de Esquerda vai manter as suas posições dentro da legalidade e com uma postura DEMOCRATICA!
Viva a Freguesia da COMPORTA!
Viva a voz do POVO?
Viva a DEMOCRACIA!
O Bloco de Esquerda
Esperamos também que o respeito exista nas cabeças dos elementos CDU(PCP), que sejam civilizados e não recorram ao insulto e ao confronto.
O Bloco de Esquerda vai manter as suas posições dentro da legalidade e com uma postura DEMOCRATICA!
Viva a Freguesia da COMPORTA!
Viva a voz do POVO?
Viva a DEMOCRACIA!
O Bloco de Esquerda
6 comentários:
Pelas notícias que aqui chegam... a situação seria cómica se não fosse triste!
Aqui do monte só podemos dizer: Força!
Que o Bloco não ceda ao autoritarismo dos mesmos do costume!
voces do bloco, são todos uns opurtonistas querem tirar o lugar a cdu, vão mas é para as vossas casas!!!!
militante da cdu
E vocês da CDU são todos uns arrogantes,uns anti-democraticos uns mentirosos, uns calculistas.......... e o resto não vale a pena dizer porque já toda a gente viu. o vosso mal é que sempre estiveram habituados ao poder sem dividir nada com ninguem mas o reinado está a acabar e não conseguem lidar bem com isso. Pois temos pena mas ainda bem que apareceu alguem capaz de vos fazer frente com dignidade,moral e a cima de tudo com honestidade.
militante dos partidos honestos.
Não resido na Comporta. Estou pasma com o que por lá se diz e faz. E por isso, gostava de deixar esta questão:
Sabem o que quer dizer a palavra DEMOCRACIA?
...Então porque a usam tão mal?
"Governo do Povo".
Não se esqueçam e pensem.
Prosa de Dezembro
por Baptista Bastos - 30/12/2009
Fecho o ano, remato a frase e concluo: esta gente não gosta da gente. No entanto, construímos as casas deles, montamos-lhes as electricidades, as águas correntes, limpamos as suas sujidades, areamos os seus metais, brunimos as suas roupas, ensinamos os seus filhos, escrevemos os jornais e os livros que deviam ler. Esta gente dirige os nossos destinos, orienta os nossos dias, determina os nossos ordenados, impõe o nosso comportamento, comanda o nosso presente, molda o nosso futuro. Nunca sabemos do que está a falar, porque não fala seriamente e baralha a sua estranha cumplicidade com a crueldade e o crime. Esta gente perdeu o contacto com a humanidade e despediu a bondade dos seus propósitos.
Nenhum de nós é inocente. Pertencemos ao bragal de uma civilização que cumpriu a vocação do conquistador: matou, estropiou, escravizou, mas fez do mato a cama onde dormiu com as mulheres que alimentavam as fantasias dos nossos sonhos. Uma combinação perfeita de poesia e maldade. Ortega chamou-lhe o homem e a sua circunstância. Não atenuou a culpa, mas deu que pensar.
Não nos cansámos, depois da Índia. Simplesmente, não somos propensos a continuidades. Enchemos as arcas daquela gente, tornámo-la poderosa, acedemos aos seus mandos e tocámos a guitarra de um melancólico fadário. Recalcitrámos quando nos negaram uma fatia do bolo. Havíamos cedido de mais, por indolência e por medo. O medo conviveu sempre connosco. E ainda nos não desenvencilhámos das suas tenazes. A sombra pesada e altíssima de todas as Inquisições não esmoreceu. O medo foi concebido como uma fortaleza que resguarda, protege e defende o protocolo exclusivo da Casa, da Casta e do Sangue, expressão vital de todas as iniquidades.
Tenho pensado nisto tudo, nos últimos tempos. Os últimos tempos foram favoráveis aos inventários. É uma elaboração inevitável que, ocasionalmente, nos permite aproximar da verdade. Reafirmou-se-me a ideia de que tudo gira à volta de sentimentos e emoções. E de que aquela gente não venceu nenhuma batalha: limitou-se a receber. Este agrupamento hermético organizou-se como uma família agradável que entre si sempre se ajudou e amparou. Seja de onde for a sua procedência, estão intermitentemente no poder, uns e outros, os mesmos.
Tudo parece perdido porque tudo parece inamovível. Contudo, ante esta empresa de demolição moral e de domínio absoluto, é preciso resistir. É preciso compreender que nós somos imprescindíveis. Examinamo-los: são sombrios e tristes, desamparados de gramática e arrogantes na sua obstinada maneira de manter um socialismo ou uma social-democracia degenerados e de má-fé. Sumiu-se, nesta aflitiva e aflita mediocridade, a qualidade áurea de um projecto que nos inspirou.
Fecho o ano, remato a prosa e desejo-vos tudo o que há de melhor.
Ó Pina vamos dizer adeus à crise com o tradicional foguetório.
“Paraíso 2009”
Felizmente vamos despedir-nos deste malfadado ano de 2009, já não era sem tempo, todos estávamos já desejosos de ver a crise pelas costas, esta crise que afectou muitos de nós, mas que para uma boa maioria foi apenas virtual, terá sido mesmo artificial a julgar pelos resultados financeiros nos principais mercados.
O principais índices bolsistas registaram as maiores subidas da última década tendo mesmo o da bolsa portuguesa, o PSI 20, subido 33,5 por cento em 2009, o maior ganho anual em 12 anos, ficando entre as maiores subidas da Europa, nós que habitualmente nos ficamos pelos últimos lugares no que respeita a indicadores sociais, pelo menos em capitalização bolsista levamos de vencidos os nossos parceiros.
As vendas de carros de luxo por essa Europa fora também obtiveram neste último ano incrementos significativos, tendo mesmo uma das marcas de topo deste segmento conseguido o maior aumento percentual precisamente no nosso país, mais uma vez aqui conseguimos um bom desempenho, a superar mais uma vez neste indicador os nossos parceiros europeus.
Também uma boa parte das matérias primas transaccionadas viram os seus preços subir acima dos valores da última década e nomeadamente o barril de petróleo, matéria-prima que condiciona tudo o resto, foi transaccionado a 78,50 dólares neste final de 2009, contas feitas subiu 82% num só ano, o melhor desempenho dos últimos 11 anos, também aqui um facto assinalável em ano de crise.
A reboque desta pretensa crise houve também algumas instituições financeiras que viram entrar-lhes nos cofres alguns milhões à borla, talvez como prémio pela má gestão que praticaram e também muitas empresas à boleia puderam emagrecer os seus quadros e engordar os seus cofres com verbas vindas de uma muito conveniente lay-off, podendo agora encetar a retoma sem ter que dar quaisquer contrapartidas.
A julgar por estes resultados a crise apenas tocou aqueles que tiveram o azar de ter sido dispensados por muitas destas empresas e que agora o Estado irá ter que tomar a seu cargo, ou seja todos nós e bem vamos ter que suportar, porque para os demais como se viu, tenha sido pelos seus méritos ou deméritos, o ano que agora finda trouxe ganhos assinaláveis e muito acima da média dos últimos anos, o que fez de 2009 um verdadeiro paraíso.
Enviar um comentário