terça-feira, 23 de março de 2010

-Vendam do meu vinho seus salôios!

"O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria."


- William Shakespeare

1 comentário:

PM disse...

Ó Pina bebam desse vinho vão ver que vos ajuda a perdoar.

“O caminho”

A propósito de relatos recentes sobre as falhas de homens da Igreja em questões tão sensíveis quanto as da sexualidade, somos levados a questionar-nos “lato sensu”, sobre as falhas dos homens nos mais diversos campos da sua actuação e uma pergunta se nos coloca “Será este o caminho de Deus ?”.

Não pondo em causa o criador que nos fez à sua imagem e semelhança e seguramente com a melhor das intenções, mas tendo por base a análise das inúmeras falhas que todos cometemos e com os resultados muitas vezes deploráveis que todos constatamos, eu diria que certamente houve desvios à intenção original.

Se não como se explica que ande meio mundo a tentar enganar o outro meio, que sejamos o único ser da criação que mata o seu semelhante sem ser por motivos da mais básica sobrevivência, que sejamos capazes de vender a alma ao diabo por cinco mil réis, capazes de matar, destruir e subjugar pela obtenção de milhões.

Parece que ao homem tudo é permitido em nome de um deus menor, representado pela sua mais vil invenção, o dinheiro, que representa o poder, o poder mesmo de destruir o seu semelhante e quem sabe mesmo se a própria humanidade, em nome da especulação desenfreada e da obtenção de bens que nunca serão suficientes.

O homem terá seguramente que repensar o seu caminho, mais que não seja porque depois de destruir tudo à sua volta de nada lhe servirá a imensa riqueza acumulada com esta visão redutora da sua existência, que acabará forçosamente por conduzi-lo à auto-destruição, e que ninguém pense julgar o outro pois o único caminho é o perdão.

“Será este o caminho de Deus ?”, é este, o caminho do perdão e a rasteira que ele nos colocou foi ter-nos criado assim tão imperfeitos e não à sua imagem e semelhança, para nos colocar perante o desafio supremo do perdão e assim desfeitear o nosso lado agressor que acabaria por nos auto-destruir se a tempo e horas não reencontrássemos o caminho.