sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

No Setubalense: Bloco de Esquerda acusa CDU de bloquear funcionamento da Assembleia

Os deputados do Bloco de Esquerda, candidatos à Assembleia de Freguesia da Comporta alegam que a actual presidente da Junta, Maria José Coelho, eleita pela CDU, está a causar um impasse naquele órgão, persistindo naquilo que dizem ser uma “ilegalidade” na constituição do executivo. Para esclarecer este assunto, junto da população, o BE realiza uma conferência de imprensa, no dia 16 de Dezembro, pelas 21 horas no Auditório da Comporta.
O motivo inerente à conferência de imprensa que o Bloco de Esquerda vai realizar, na Comporta, pretende “esclarecer a população em relação aos acontecimentos políticos que têm tido lugar nesta freguesia”, indicam os deputados bloquistas, em comunicado.
O BE relata, na mesma nota de imprensa, que, a 27 de Outubro, a reeleita presidente da Junta de Freguesia da Comporta, apresentou uma proposta para a constituição do executivo da Junta, sem a discutir com os restantes eleitos. “Esqueceu-se, porém, que nas eleições de 11 de Outubro, a população da Freguesia da Comporta não entregou a maioria absoluta à CDU, uma vez que foram eleitos quatro membros do PS, quatro membros da CDU e um membro do BE”, expõe a deputada Cecília Oliveira.
Nesta perspectiva o BE defende que, “um executivo composto por todas as forças politicas eleitas, será sempre mais representativo, dos interesses da freguesia e terá um peso mais significativo junto da Câmara Municipal de forma a que não fiquemos mais quatro anos de costas voltadas, perspectiva
 esta que a CDU recusa”.
Segundo a lei das autarquias locais (lei nº169/99 de 18 de Setembro), Maria José Coelho “deveria ter iniciado a votação consultando os membros da Assembleia, no sentido de saber se a eleição seria uninominal ou por lista; coisa que não fez. Ainda segundo a mesma lei, quando a sua proposta de constituição do executivo foi reprovada, Maria José deveria ter apresentado tantas propostas quanto as necessárias para se chegar a um consenso; coisa que não fez”, alega o BE.
Tal como na reunião de dia 9 de Novembro, apesar da não aprovação da acta da reunião anterior e da recusa do PS em participar em qualquer acto eleitoral, como forma de protesto, “pelos procedimentos anti-democráticos continuados, a Presidente da Junta persistiu na mesma ilegalidade”, continua o comunicado.
Na reunião do dia 20 de Novembro, a Presidente continuou a persistir na mesma atitude, indicam os bloquistas, apesar das actas reprovadas pela maioria dos eleitos.
“Deste modo, a CDU infringiu as mais elementares regras de democracia, e deverá reconhecer e assumir as consequências desses actos”, acrescentam, indicando que a posição do bloco de Esquerda, nas sessões de 9 e 20 de Novembro, “significa a recusa em embarcar em soluções que, alicerçadas numa qualquer mera confiança pessoal resultem na velha unanimidade do voto de braço no ar tão cara à CDU e nos últimos tempos ao próprio PS”.
O Bloco de Esquerda caracteriza ainda o comportamento da CDU como “vergonhoso”, tendo procurado “impor uma equipa à revelia dos resultados eleitorais”.

in: http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=420&id=14336&idSeccao=3240&Action=noticia

2 comentários:

rui disse...

Eu ouvi dizer que a CDU diz que ja tem executivo e que ja estão a trabalhar. Disseram-me que até mandaram cartas para alguns sitios a avisar.
Para haver executivo não era preciso estarem as actas aprovadas?
Eles nao estao a trabalhar ilegalmente?
Ninguem faz nada?
Nao precebo nada disto, alguem me pode explicar?
O bloco e o PS deixam isto estar a acontecer, têm tanta culpa como elesm

Anónimo disse...

eu acho que o Rui têm razão mas tambem já nada me admira pois vivemos num país de corrupcão, quando é assim em sitios pequenos imaginem lá em cima como é.Mas o pior é que ninguem faz nada nesse sentido e quando quer fazer só encontra ostacúlos.